quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ao jeito da caderneta de cromos #3 (especial*)

 
Desde pequenita que adoro banda desenhada.
Comecei pelos Estrunfes. Logo a seguir foi o Astérix. E depois veio o Tintin.
Seguiram-se muitas outras.
 
Ia guardando religiosamente cada livro depois de o ter lido. Por isso mesmo, tinha uma colecção razoável.
Há uns bons anos atrás, eram as minhas sobrinhas pequenitas, apercebi-me, numa ida a França, que a maioria das minhas bandas desenhadas já não se encontrava no sítio que lhe era destinado. Naquela estante branca do corredor, frente à porta da sala, onde cabia de tudo um pouco. Perguntei pelos livros à minha mãe. Lá me contou que as pequenitas tinham andado a brincar com eles e se tinham encarregado de lhes tratar da saúde. Disse aquilo a rir-se, com a maior das levezas; como se tal acontecimento não tivesse importância alguma. Fiquei tão chateada na altura. Gostava muito daqueles livros. Dos livros em si. Das histórias que guardavam. Das memórias que me traziam. Tinham marcado uma fase da minha vida. Tinham sido a minha companhia durante tantas tardes em que, sentadita no sofá à beira da minha avó, ia lendo enquanto ela fazia mais um par de meias arco-íris.
Sobreviveu uma ou outra banda desenhada. Aquelas que menos chamaram a atenção das minhas sobrinhas. E que, só por isso, foram poupadas.




Entre elas, esta, do Gaston Lagaffe.
Foi a escolhida para ficar na fotografia porque estamos na tal semana 'especial'.



* semana daquela espécie de aniversário. (só porque determinada pessoa ficou cheiinha de inveja por eu ter tido a brilhante ideia de prolongar a comemoração do primeiro aniversário da Bolachita por uma semana inteirinha)

8 comentários:

  1. Gostei de saber que gostas e ler...

    ResponderEliminar
  2. Também li o Gaston todo em francês. E o Iznogoud. E o Spirou (Marsupilami incluído). E depois o Moebius, e o Blueberry do Giraud (outro nome do mesmo autor), e o Hugo Pratt, e o Tardi, e os Passageiros do Vento do Bourgeon e e e ...

    As tuas sobrinhas foram umas grandes malandras. Não se faz.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. IZNOGOUD!!!!!!! A-DO-RO!!!
      Estou a ver que também és fã de banda desenhada. E fazes tu muito bem, Miú Segunda :)

      A culpa não foi delas. Eram pequenitas e não sabiam o que estavam a fazer.

      Eliminar
  3. Ohhhhh Mam´zelle! Adoro o Lagaffe! Há dias, no Amadora BD, vi a versão portuguesa mas não parece ser a mesma coisa, vá lá saber porquê!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também gosto muito. As traduções nunca são a mesma coisa, sem dúvida.

      Eliminar
  4. Esse não tenho, e, logo em capa dura. Vai ser riquinha assim lá para a tua rua.
    Nem sei como uma pessoa que teve (ahaha) estrufes, asterix e tintin, conseguiu evoluir para Gaston.

    *especial- Na tua semana, um dos dias tem 48 horas. Foleirito dia esse.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Para mim, BD que é BD tem de ter capa dura. Caso contrário não tem a mesma piada.
      Ai não sabes? A sério? Qual evoluir qual quê, pá. O Lagaffe é a excepção que confirma a regra, ó otário. Até me admira não teres chegado lá. É o que eu digo, estás a perder qualidades. Enfim.

      Descanso semanal. Nunca ouviste falar? ;)

      Eliminar