E pronto, a árvore de natal já está montada.
Este ano, tive de adquirir uma árvore mais pequena.
Sim, foi por causa da Bolachita.
Sim, eu sei que o natal é das crianças.
Sim, eu sei que não devemos deixar de fazer a árvore tal e qual como fazíamos antes de ter uma mini-terrorista* em casa.
Sim, eu sei que há mães que adoram ver as crias a retirarem os enfeites da árvore e não se importam de passar a vida a voltar a colocá-los no sítio.
Sim, eu sei que, para essas mães, é um motivo de orgulho os seus piquenos terem a habilidade de destruir a árvore em poucos minutos (segundos?).
Sim, eu sei que é muito giro - e fica super bem - fazer e mostrar vídeos dos putos a arrancarem as bolas da árvore e depois irem à sua vidinha como se nada fosse, deixando as bolas no meio do chão para a mamãe apanhar e voltar a colocar na árvore.
Sim, eu sei disso tudo. olha lá, e se enfiasses a porcaria do selo pela garganta abaixo e sufocasses de vez? Aprrrrrrrrrrrre.
Mas, eu, como mãe desnaturada que sou, não tenho pachorra para essas caganices.
Eu cá não faço questão de que a Bolachita tenha o prazer de desfazer o que eu faço.
Eu cá não sou de ficar a contemplá-la, babada, enquanto fico com a sala de pantanas.
Por isso mesmo, preferi, este ano, usar outra árvore mais pequena. Assim, pude colocá-la a um nível mais alto, onde a Bolachita não consegue chegar.
Não tenho, por conseguinte, a possibilidade de mostrar o quanto a minha filha pode ser habilidosa na destruição da decoração. Mas consigo, no entanto, ter a árvore intacta até ao final desta época dita festiva.
E, para mim, mãe desnaturada assumida, isso não tem preço.
* usei, propositadamente, uma hipérbole. brincadeirinha. não me crucifiquem levianamente. estamos em época natalícia, não se esqueçam disso. paz e amor, certo? e calma. muito calma.