quarta-feira, 16 de agosto de 2017

E é isto #26

há uns dias, vim cá escrever um texto. Deixei-o nos rascunhos, como que a marinar, tal e qual já fiz com tantos outros.

Há pouco, antes de começar a escrever estas linhas, fui lê-lo de novo. E, mal acabei de o ler, mandei-o às urtigas, que é como quem diz, carreguei no botãozinho do Delete e o assunto ficou devidamente arrumado. Percebi logo que não fazia sentido publicá-lo, muito menos sentido faria mantê-lo nos rascunhos, junto com os outros cento e cinquenta e sete que ainda lá estão.

Apesar de irónicas e excessivamente bem dispostas, havia muita lamúria subjacente naquelas palavras. Muito paleio de pobre desgraçada podia ser lido nas entrelinhas por qualquer leitor mais atento. E eu não nasci para isto. A verdade é essa.
Nunca fui de lamentar as agruras da minha vidinha. Nunca tive jeito para a autocomiseração. E isso não pode mudar. Simplesmente porque eu não quero que mude. 


Enquanto vou tendo plena consciência disso, nem tudo está perdido.
Creio eu.
Sem qualquer tipo de certeza.