terça-feira, 24 de abril de 2018

quarta-feira, 18 de abril de 2018

E é isto #31


Ando rabugenta. 
Sim, confirmo, também poderia dizer que sou rabugenta. Mas, nos últimos dias, esta minha característica tem-se adensado um pouco mais que de costume.
Ele é este tempo de chuva e frio que me irrita sobremaneira*. Ele é a tatuagem que nunca mais é feita*. Ele é a monotonia dos dias. Ele é a vida em geral e a canseira da mesma em particular.
Ele é a grande borrada que fiz ao meu cabelo. 
Yep. Vamos lá a factos concretos. Vamos lá deixar de ser gaja-chata-que-se-queixa-de-tudo-por-nada. Vamos lá ter ovários para enfrentar a triste realidade. E dizer, a bem da verdade e com todas as letras, que esta parte do cabelo é que me está a lixar profundamente o juízo. Porque, se pensarmos bem com a cabeça toda, o estupor do tempo há-de melhorar (ai de ti, Manel, que não te ponhas fino); a tatuagem, mais mês, menos mês, lá terá de ser feita; os dias e a porra da vida lá terão de dar uma reviravolta. Agora, esta parvoíce, que se me meteu na cabeça e de lá não saiu enquanto não fiz merda da grossa, não tem solução à vista. É esperar calmamente que este cabelo ranhoso se digne crescer e esquecer o assunto de vez.

Ora vamos lá ver se a malta se lembra do desejo que partilhei AQUI no blogue, há uns tempos. 
Já clicaram no link*? Já foram lá ver? Sim. Têm de lá ir. Vá. Não custa assim tanto.
Estão de volta? Perceberam a cena? Querem mais pormenores? Sádicos que vós sois.

O cerne da questão é que, como confessei lá atrás, sempre quis ser ruiva. Nunca avancei com a ideia porque sempre achei uma tontice pintar o cabelo (com tinta permanente, que já usei daquelas que vão saindo com cinco a sete lavagens. a porra é que não dá para ficar ruiva com essas tintas, tendo em conta que a minha cor natural é castanho escuro) sem ter necessidade disso. 
Explico. A tinta permanente é para cobrir os cabelos brancos. Ponto. Aquilo lixa um pouco o cabelo todo, não me venham com tretas. Mas é um mal menor, comparando com os primeiros sinais do aproximar da velhice que são os cabelos brancos. Até aí, tudo na boa e na paz dos anjos. Ora eu, não padecendo, ainda, desse mal do passar do tempo (padeço de outros, claro está), achei por bem só realizar essa minha vontade capilar quando me surgissem os ditos.
O certo é que, com quarenta anos (sim, sim... passados três meses, ainda me custa dizer), ainda não tenho nem um à vista. Não me posso queixar, verdade seja dita. No entanto, aquela vontade de ter um cabelo à Julianne Morre nunca me saiu da mioleira.
E, pronto, o que tinha de acontecer aconteceu. Há dias, não resisti. E, logo a seguir, me arrependi.
Essa história que vem estampada na caixa - segundo a qual aquela mistela não só pinta como cuida do cabelo - é uma bela de uma treta pegada. Uma vergonha monumental, diga-se de passagem. Fiquei com o cabelo super seco. Cabelo de mulher-de-meia-idade-que-está-farta-de-o-pintar-para-tapar-as-brancas. Estão a visualizar a desgraça? E nem um ruivo em condições ficou. Antes parece um acastanhado mijado. (desculpem o palavreado pouco bonito, mas olhem que o estado do meu cabelo também está muito pouco bonito. estão os dois a condizer, portanto.) Não sei se me faço entender.

E só me apetece bater-me. 
Parar um tico, 
para ganhar forças, 
e voltar a bater-me. 
Uma e outra vez. 
Até à exaustão,
patética e total.


Uma tristeza.







* Este post foi escrito na sexta-feira passada. Entretanto, o tempo já melhorou um pouco. É um facto. Menos uma neura para gerir.

* Aquilo, ali, foi mentirinha de 1 de Abril. Já deviam estar habituados. O certo é que, pelo menos, três pessoas caíram.  Aquelas que, curiosas, se dignaram a fazer perguntas sobre o assunto.

* Não percebo. Ia jurar que tinha escrito, lá mais para o início, um post sobre futilidades, onde expressava a minha pacífica convivência com os meus defeitos fisionómicos. Confessava, porém, que se me pedissem para mudar três coisas - em jeito de três desejos à lâmpada mágica - seria o meu nariz, as minhas orelhas e o meu cabelo. Neste terceiro ponto, justamente, falava da minha vontade, desde há muito, de ter um cabelo forte e ruivo. Pois bem. Procurei, procurei. E não encontrei nada sobre o assunto. Peço, por isso, as mais sinceras desculpas. Não está escrito. Não deixa, no entanto, de ser verdade.

terça-feira, 17 de abril de 2018

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Beijo(queira) [III/III]



Para finalizar,
basta-me relembrar
que o teu
                                beijo 
                               queira
                                                                  eu ou não,
                                                                  aliciante quimera,
                                                                    é pura ilusão.


quinta-feira, 12 de abril de 2018

Hell yeah!! #81







nota: adaptação livre da expressão francesa "être sage comme une image" que, regra geral, é usada para caracterizar crianças muito bem comportadas.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Beijo(queira) não? [II/III]


Sinto a saliva
da tua língua
vestir de desejo
os meus lábios.

E acalento
em meu íntimo
pressentimentos sábios
que desenhem em meu sono
malabarismos cósmicos.

[...]


terça-feira, 10 de abril de 2018

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Beijo(queira não?) [I/III]

Precioso demais 
para ser desperdiçado
em duas consoantes e três vogais.
Acepipe delicioso
que se rouba
ou se dá
no calor,
candor,
de uma respiração
acelerada.
Sem intenção
não há nada.

 [...]


quinta-feira, 5 de abril de 2018

Meia dúzia, de tempo


Pois é, maltinha. O blogue fez seis anos na segunda-feira.
Para não deixar passar a data em branco, resolvi basear-me no primeiro header que criei - aquele que apareceu na blogosfera no dia 2 de Abril de 2012 e do qual, cá para mim, já ninguém se lembra - e fazer uma nova versão do mesmo. Ficou um pouco deslavado para o meu gosto, confesso. Mas o entusiasmo já não é o que era. Por isso, é dar-me um certo desconto. E pronto.

Digam, portanto, adeus ao antigo menino:




E dêem as boas-vindas ao recém-nascido:

terça-feira, 3 de abril de 2018

domingo, 1 de abril de 2018

Esclarecimentos necessários para o bem comum #25



Só para ficarem a combinar com a minha. 
Yep. Ontem, finalmente, fiz a (primeira) tatuagem.
Ficou tão fixe.
Mesmo.
E não doeu nadinha de nada.
Mesmo.