terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Making of* #6
A minha assistente pessoal.
Sempre empenhada.
Sempre preocupada.
Sempre atenta.
Sempre invasiva.
* deste post aqui.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
E é isto #24
Já por aqui disse várias vezes (sim, sou uma chata. até porque vou repetir - isso que já por aqui disse - uma vez mais. só uma. vá.), o mês de Dezembro é, para mim, o pior mês do ano. Não gosto dele. Ponto final. Assunto encerrado.
O chato (quase tanto quanto eu, vejam bem a maçada) é o mês de Janeiro andar por lá perto. Não gosto do mês de Janeiro. Tento, por tudo, não pensar nisso. Não dar valor ao quão difícil me é passar este mês. Mas, às vezes, não dá para disfarçar. Não me consigo conter. Sou uma tristeza. Eu sei.
Por volta da hora de almoço, ao escrever um mail, desmanchei-me em lágrimas. Não conseguia parar. Escrevi o mail todo. Enviei o dito cujo. Saí de frente do computador. Mesmo assim, continuei num pranto patético que só visto. Sem previsão à vista de parar tamanha choradeira. Sou uma vergonha. Eu sei.
Devem estar para aí a dizer que também não é um drama assim tão grande, visto Janeiro estar mesmo a acabar. Não estão errados. De todo. Estão certíssimos até.
No entanto, se pensar bem, o mês de Fevereiro também não é dos meus favoritos. Nada mesmo.
E, se pensar ainda melhor, Março, Abril e Maio também não são meses do ano que me encantem por aí além.
Preciso de calor. sim, o calor humano também ajuda, pronto.
Creio que só mesmo o calor me irá salvar.
Vamos acreditar que sim.
Com força. Firmeza. Convicção.
Quatro meses e voltamos a falar sobre o assunto.
Pronto. Era mesmo só.
Petite virée coups de coeur dans mon intérieur #1
[Houve umas misses que, em tempos, mostraram interesse em conhecer mais um pouco da minha casa nova (bem... nova é como quem diz. já cá estou há mais de um ano). Por isso, decidi criar uma espécie de rubrica para o efeito. Aqui está a primeira foto. É da janela da cozinha. Tinha de começar pela cozinha. A minha divisão favorita da casa.]
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
E é isto #23
Bati com o nariz na porta.
Não, não foi no sentido figurado.
No sentido literal, mesmo. Empiricamente falando, digo-vos.
Ai e tal... é uma chatice quando me apetece ir jantar ao restaurante X e, quando lá chego, bato com o nariz na porta porque é dia de folga ou tempo de férias.
Ai e tal... é uma chatice quando me lembro de ir à repartição de finanças à última da hora e bato com o nariz na porta porque, afinal, fecham dois minutos antes do tempo ou então é o meu relógio que anda atrasado e já não dá para tratar dos meus assuntos urgentes.
Ai e tal... é uma chatice quando quero desabafar as minhas mágoas com a minha melhor amiga que trago desde infância e bato com o nariz na porta porque a parvalhona não está em casa.
Ai e tal... é uma chatice muito grande quando bato com o nariz na porta, seja em que situação for.
Poupem-me. Que quase espumo pela boca.
Querem saber o que é uma chatice muito grande?
Querem?
Vão ter de me aturar querer que eu já não me calo.
Vamos lá ver então.
Uma chatice muito grande é ter a filha doente. Uma chatice muito grande é essa filha doente ter ataques de tosse. Uma chatice muito grande é essa filha doente, e com ataques de tosse, ter esses ataques justamente quando está a dormir. Uma chatice muito grande é essa filha doente, com ataques de tosse que aparecem justamente quando está a dormir, acordar por causa disso.
Atentem agora... É que agora é que chega a melhor parte... Sim, sim, ainda há melhor do que o que acabam de ler, sortudos.
Mas, a maior de todas as chatices é a mãe da criança subir as escadas, de dois em dois degraus, não acender a luz para não despertar demasiado a criança e bater com o nariz na porta do quarto. Assim. Tau!
É que, não só é uma chatice muito grande, como dói com'ó caraças. E não só dói com'ó caraças na altura, como continua a doer com'ó caraças - e muito - nos dias a seguir. E não só dói com'ó caraças - e para lá de muito - nos dias a seguir, como se fica com a cana do nariz toda vermelha. E para quem tem um nariz que, por si só, é feio que dói (aqui está um sentido figurado que faz algum sentido, não é como o outro), é uma chatice muito grande acrescentar-lhe uma vermelhidão que passa muito pouco despercebida.
Mas, a maior de todas as chatices é a mãe da criança subir as escadas, de dois em dois degraus, não acender a luz para não despertar demasiado a criança e bater com o nariz na porta do quarto. Assim. Tau!
É que, não só é uma chatice muito grande, como dói com'ó caraças. E não só dói com'ó caraças na altura, como continua a doer com'ó caraças - e muito - nos dias a seguir. E não só dói com'ó caraças - e para lá de muito - nos dias a seguir, como se fica com a cana do nariz toda vermelha. E para quem tem um nariz que, por si só, é feio que dói (aqui está um sentido figurado que faz algum sentido, não é como o outro), é uma chatice muito grande acrescentar-lhe uma vermelhidão que passa muito pouco despercebida.
[Agora, vou ter de respirar um tico antes de continuar, que já não me aguento.]
Querem voltar a usar a grotesca da expressão bater com o nariz na porta?
Querem?
Pois. Bem me parecia.
nota: poderia fazer todo um outro post, tão ou mais (se é que é possível) interessante do que este que acabam de ler, sobre a minha distracção intrínseca. Mas fico-me por aqui. Sim, sou distraída e despistada a um nível que nem é bom falar. Pronto. Já me calei.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Afinal, quando não se tem nenhum doce à mão, mais vale comer uma torrada com manteiga
Eu
bem que tinha resistido à tentação de fazer tal coisa. Resisti anos.
Que esta mania, de se fazerem bolos numa chávena que vai ao micro-ondas
uns minutos, já não é de agora.
Mas,
um belo dia, sem nada de jeito para o lanche a não ser bolachas de
todas as formas e feitios [tenho sempre os armários cheios de bolachas. é
algo que não pode faltar.], lá me lembrei de tentar aquela modernice.
Uma pessoa não quer ir desta para melhor ignorante em certos assuntos. E
este, no fundo, poderia ser um deles. Pensava eu antes de meter as mãos na massa.
Deixando-me de conversas, só tenho a dizer que nunca mais, em tempo algum, volto a fazer tal porcaria coisa.
Não presta para nada. Ponto.
E quem disser o contrário está a mentir com todos os dentes que tem na boca. Ou então ainda não sabe o que é bom. O que, convenhamos, seria uma pena.
E quem disser o contrário está a mentir com todos os dentes que tem na boca. Ou então ainda não sabe o que é bom. O que, convenhamos, seria uma pena.
nota: este post estava há mais de seis meses nos rascunhos. no entanto, a minha opinião acerca deste assunto mantém-se. Vivinha da silva.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #16
De subir os degraus das escadas dois a dois. Sempre.
Seja que tipo de escadas for. De madeira, de cimento, de ferro ou de outro material qualquer. Sejam elas interiores ou exteriores. Todas. Todinhas.
Pronto. Pronto. Já vos estou a imaginar, aí do outro lado, a barafustar contra a minha pessoa. É muito feia, essa atitude. Fiquem desde já sabendo.
Ai e tal... esta gaja diz que não se mete em cenas fit, que não faz qualquer tipo de exercício, que vida saudável é comer o que é bom e o resto é conversa. Mas, afinal, sobre os degraus - de toda e qualquer escada - dois a dois para exercitar as pernocas.
Nada disso, maltinha boa, armada em detective-das-conclusões-precipitadas-e-por-isso-mesmo-todas-erradas.
Se subo os degraus - de qualquer tipo de escadas - dois a dois é, uma vez mais [mais ou menos como acolá], por preguiça poupança de energia. Subindo os degraus dois a dois, e fazendo bem as contas, reduzo o número de degraus a subir para metade. Por isso mesmo, faço menos movimentos, canso-me menos e chego mais rápido onde quero.
E esta hein?
Com esta é que a malta não contava.
Pois.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
De♥coração by Mum'Zelle #1
[Este post já estava a ganhar raízes nos rascunhos há anos. É verdade. Não estou a exagerar não senhor.
Fui lá desencantá-lo agora. É que estou farta de ter aquela pasta cheiinha a abarrotar. Preciso de espaço. Preciso de ar a circular. E não há melhor altura do que o início de um novo ano para pôr mãos à obra e limpar aquilo tudo. Vamos lá ver se consigo. Não me parece que vá ser fácil.]
Ora bem. Como devem ter percebido, aquilo ali em cima é uma obra minha. Feita quando estava grávida. Para a Bolachita. Está pendurada no quarto dela, junto a uma catrefada de outras molduras com fotos e muitas coisas mais.
Digam lá se não tenho jeitinho para trabalhos manuais.
nota: há ali uma engenhoca mais ou menos bem conseguida. alguém percebeu qual é?
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Aqui fica a caldeirada
Porque felicidade (também) é isto* #2
Correr pela calçada de Coimbra fora. (com a pincessa cabeluda na mão.)
[que saudades loucas eu tenho dos dias de calor. aqueles dias quentes mesmo.]
* em resposta ao que referi NESTE post.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Ainda sobre o dia em que se deu o aniversário do ano
Estou eu a lavar os dentes, são umas nove da manhã. Toca-me o telemóvel, ainda revestido da Hello Kitty mais pindérica de todos os tempos. É o meu pai. Há três anos que não me deseja os parabéns. Aliás, que me lembre, nunca desejou. A não ser naquele ano. Fico curiosa por saber quem é que avisou o homem da boa nova.
Há tarde, brinco com a Bolachita. Ficamos à espera que chegue esta delícia. Afinal, não vem. Deve ter ficado presa num trânsito qualquer. Mas parece que, no próximo fim-de-semana, consegue aterrar na cozinha mai'linda do universo que é a minha.
No meio das brincadeiras, liga-me a minha melhor amiga. Ficamos que tempos ao telefone, com a Bolachita impaciente por já não lhe dar a devida atenção. A nossa conversa é interrompida pela campainha. É a teimosia-em-pessoa. Quer ir lanchar fora às dezanove horas. Não lhe dou ouvidos. Volta a atacar para o jantar. Cansada de tentar meter algum juízo na cabeça do rei-da-cisma, lá acabo por concordar. Vamos a uma data de restaurantes. Todos cheios. A Bolachita já sem forças de tanta fraqueza. Lá voltamos nós para casa sem jantar. Aparece um bacalhau à casa. Não como nada daquilo. Canso-me do meu dia de anos, por uns momentos. Foi o tempo de comer o meu pão com tomate. Ainda tive de o partilhar com a Bolachita que, entretanto, já tinha comido spaghetti à la tomate. Mas, pelos vistos, não tinha ficado satisfeita.
A menina-dos-meus-olhos, devidamente revigorada, canta-me os parabéns sem se enganar. Engasga-se um tico quando chega a parte de dizer o nome da menina que leva com uma salva de palmas. Mas lá se lembra a tempo e corre tudo bem.
Divirto-me muito na, já habitual, sessão de fotos. Bebo duas flûtes de champanhe e sinto a cabeça ligeiramente alterada. Converso, no messenger do facebook a partir do meu smartphone (estou a tornar-me numa moça moderna), com um ex-namorado de outra vida. E aproveito o resto da noite no sofá vermelho. Antes de me ir deitar, na madrugada do dia seguinte.
Divirto-me muito na, já habitual, sessão de fotos. Bebo duas flûtes de champanhe e sinto a cabeça ligeiramente alterada. Converso, no messenger do facebook a partir do meu smartphone (estou a tornar-me numa moça moderna), com um ex-namorado de outra vida. E aproveito o resto da noite no sofá vermelho. Antes de me ir deitar, na madrugada do dia seguinte.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
E é isto #22 (especial Ano Novo)
Ontem, à noite, comi lentilhas.
Tenho mantido esta tradição há já algum tempo.
Diz que traz fortuna para o ano que, naquele dia, se inicia.
Eu cá, preferia que me trouxesse paz de espírito.
Será que há algum ingrediente milagroso que se deva comer no primeiro dia de Janeiro para isso? Para se ganhar paz de espírito o resto do ano? Todo?
Isso é que eu queria. Mesmo. Comia o que fosse preciso. A pior comida à face da terra marchava sem sequer reclamar [feito considerável, a parte do não reclamar, devo ressalvar]. Metia-a pela goela abaixo. Todinha. E satisfeita, que é outra.
Porque não há coisa melhor do que a paz de espírito. E a saúde. Mas essa, fiz questão de a pedir nas doze passas que emborquei de uma só vez. Já passava da meia noite. Só saúde. Nada mais. Não pensei em pedir outras coisas boas que por aí há.
Há meia noite ainda estava no carro. Estacionamento que é bom, nem vê-lo. Parar à frente de dois carro. Sair para o frio com o fogo já a estoirar no ar. Maravilhar-me, como sempre. Como se fosse o primeiro fogo de lágrimas que visse na vida. Como se fosse uma criança. Porque sou uma criança. Porque só uma pita com as hormonas aos saltos é que consegue dizer que aquelas rosáceas de fogo no céu não têm valor. Passou à minha beira, nem olhei para ela, mas fiquei com pena da moça. E ainda mais satisfeita comigo mesma, por nunca ter sido uma adolescente birrenta. Talvez o seja agora. Um tico. Birrenta. Mas com manias de adolescente, nunca. Criança. Sempre.
Amor. Nunca penso nisso. Mas teria sido outra das possíveis coisas boas a pedir, com as passas agarradas aos dentes. Nunca penso nisso porque sempre achei dispensável. Nunca precisei, a bem dizer. É que não sou dada a sentimentos, como a malta tão bem sabe. Mas, agora que [supostamente] o tenho, deveria fazer um pedido. Pedir que não me martirize o juízo. Pedir que seja calmo e sereno e forte. E brilhante e mágico e surpreendente, como o é o fogo de lágrimas das passagens de ano.
E louco. Sempre. Louco como eu. Para nunca deixar de me sentir em casa. Para nunca deixar de me sentir bem.
E louco. Sempre. Louco como eu. Para nunca deixar de me sentir em casa. Para nunca deixar de me sentir bem.
Para me conseguir trazer, naturalmente, aquela paz de espírito que tanto anseio.
nota: como tudo o que escrevo - e o que sou - este texto tem um pouco da minha mãe Zremira. escrever é também agradecer-lhe, todos os dias, as palavras inspiradas (e inspiradoras) que me ensinou.
nota: como tudo o que escrevo - e o que sou - este texto tem um pouco da minha mãe Zremira. escrever é também agradecer-lhe, todos os dias, as palavras inspiradas (e inspiradoras) que me ensinou.
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