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segunda-feira, 7 de março de 2016

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #14


que não consegue resistir. Por mais que me mentalize e tenha noção da parvoíce que é, não consigo deixar de usar, num determinado contexto, uma expressão que se torna irritante.
Ou seja, sempre que tenho de iniciar uma conversa mais séria - quando teimo em falar de assuntos que talvez fosse preferível calar, tipo guardar só para mim, mas que este feitio ranhoso não deixa - lá me sai o 'Então é assim' ou a versão curta 'É assim'. E repito aquilo umas quantas vezes antes de começar a conversa propriamente dita. O número de vezes que me saem estas palavras da boca é proporcional à dificuldade que tenho em falar aquilo que, na minha cabecita, tem de ser dito. Aquele ritual é como  uma espécie de ajuda para adiar o inadiável. Patético. Eu sei.

Não fosse eu tão gaja-que-não-consegue-calar-o-que-lhe-vai-lá-dentro e não teria de fazer figuras tristes ao repetir estas palavritas da chacha.
Mas sou.
O que se há-de fazer?
Tu, pxiu. Pergunta retórica. Sabes o que é? Por isso mesmo. Calou!

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #13


Que tem uma panca qualquer com molduras.

Não sei bem explicar porquê. O certo é que estou sempre a comprar molduras. Não faço a mínima ideia do que vou lá colocar. Mas, sempre que vejo uma moldura bonita (ou, então, nem tão bonita assim mas baratinha e com potencial), trago-a para casa.
Não consigo resistir. 
Há sempre uma vozinha fofinha na minha cabeça a tentar chamar-me à razão. A tentar levar-me a entender que já tenho muitas e que ainda estão praticamente todas vazias. A ganhar pó. Sem qualquer utilidade ou sentido estético. A vozinha nunca falha.
Mas não adianta.
Não ligo nada a vozinhas, muito menos a vozinhas fofinhas.

Melhor dizendo, não ligo a ninguém. Faço aquilo que me apetece. E isso, parecendo que não, pode ser uma enorme chatice. Como acaba por ser, neste caso em particular também.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #12


que tem a pele muito sensível e que, por isso mesmo, fica toda marcada mal se encosta ao que quer que seja. Atraio todo o tipo de pisaduras (sempre achei piada a esta palavra. acho muito menos piada as nódoas negras em si). 
Escusado será dizer que, nos últimos tempos, as minhas pernas parecem um verdadeiro mapa mundo. 
E, não, não é bonito de se ver.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #11


que tira os sapatos/sandálias/chinelos de dedo/ténis-ou-sapatilhas-a-malta-que-se-desenrasque-que-eu-não-estou-para-alimentar-essa-guerra-de-conceitos e põe os pezitos no tablier do carro, mal chegam os dias de calor. 

Há uns tempos (mais de um ano, creio eu. esse blogue até já fechou), li um post no qual a autora dizia que era uma tremenda falta de maneiras, de bom gosto e de educação fazer tal coisa. Na altura (e ainda hoje, confesso), aquela opinião chocou-me. Eu que sou tão bem educada, um poço de boas maneiras e com um bom gosto de fazer inveja a qualquer uma por aí, não me podia identificar com tal injustiça e discriminação. Para ser totalmente exacta, mais do que me chocar, deixou-me com pena dessa pessoa. Está visto que não sabe o que é bom.
O certo é que nunca mais me esqueci e, sempre que, alegremente, vou a olhar para os meus pés - encostados ao vidro, no meio da paisagem que o carro percorre - tenho um pensamento para todos aqueles que, em nome de um suposto decoro tão diferente do meu, não chegam a saber o que perdem.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #10


que pode comer à vontade que não engorda. Sim, enfardo de tudo um pouco sem ter medo da balança e sem ter de ir trocando o tamanho da roupa porque, de repente, deixa de servir. A ruindade também tem os seus aspectos positivos (tantos), essa é que é essa.

No entanto, se me descuidar e comer menos durante uns dias - almoçar à pressa, saltar o lanche, jantar só uma sopa, por exemplo - perco logo um quilo ou outro. E depois é uma carga de trabalhos para conseguir recuperar esses quilitos que teimaram em fugir.

E, não, não é assim tão porreiro como a malta, à primeira vista, poderia pensar. Não mesmo. Acreditem.
Agora, também não me vou queixar, como é óbvio.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #9


Posso deitar-me à meia-noite ou às três e tal da manhã, acordo sempre mais ou menos à mesma hora. Sete. Sete e meia, mais tardar. E não sou daquela malta que tem pachorra para ficar na cama uma eternidade depois de acordada. A não ser que não esteja sozinha na dita cama, obviamente.



E, sim, hoje estou com umas olheiras piores do que o habitual.
E, não, o problema não foi o galo do vizinho da frente, nem os cães todos de Coimbra, nem o puto da vizinha de baixo. O problema foi ter-me deitado tarde e ter acordado cedo.
A pessoa que tem culpa no cartório saberá perfeitamente identificar-se. E não deveria conseguir dormir durante um mês inteirinho. Só por causa das tosses.(pensavas que eras o único a conseguir rogar pragas. tão enganadinho que ele anda... ;p)

terça-feira, 10 de março de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #8


Que não se importa minimamente de dormir de qualquer um dos lados da cama. Pode tanto ser do lado direito como do esquerdo. Tanto faz. Tem é de ser do lado mais próximo da porta.





nota: não, não é só por birra. é que sou moça para precisar de ir à casa de banho de madrugada. e, assim, a coisa torna-se mais fácil. até porque não sou de acender a luz. espalhava o sono num instantinho. o que não dava grande jeito, convenhamos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #7


que tem um medo danado de estragar as coisas.

Desde muito pequena. Desde sempre.
Ofereciam-me um qualquer brinquedo e eu demorava dias e dias antes de começar a brincar, de facto, com ele. Passava esses dias e dias, primeiro a olhar para ele. Depois, a abrir a caixa com todo o cuidado. Finalmente, a manuseá-lo com alguma apreensão. Sempre com aquele receio de o estragar. Sempre com aquele medo de fazer com que ele deixasse de ser tão bonito, sem defeitos. Tão 'perfeito'. Por vezes, passavam-se meses, antes de eu me aventurar na descoberta. Muitas vezes, o brinquedo já tinha deixado de ter qualquer tipo de interesse para uma criança da minha idade quando, efectivamente, perdia o receio de brincar com ele. Acabava, assim, por não o aproveitar no momento certo.
Com o passar dos anos, deixaram de me dar brinquedos. Passou a ser com outra prenda qualquer. Não é necessário que seja algo muito valioso. É que se fosse, até se poderia entender esta minha mania. Mas não. Basta ser algo que me tenha sido oferecido. Basta que seja algo que passe a ser meu. Por exemplo, sempre demorei dias antes de tirar aquela película transparente do vidro dos relógios ou do ecrã dos telemóveis. Sim, é verdade, também me oferecem relógios e telemóveis. Aliás, para ser mais exacta, nunca comprei nenhum. Nem de um, nem de outro.

Essa dificuldade em aproveitar em pleno o que me é oferecido continua até hoje. Por acaso, tenho um exemplo bem recente. No dia dos meus anos, recebi uma máquina fotográfica toda XPTO. Pelo menos, para mim, assim o é. Já que a minha outra máquina é velhinha velhinha e é do mais básico que possa haver (também ela oferecida). Pois bem, recebi a máquina há mais de três semanas e ainda nem sequer retirei a tampa que tapa a objectiva. Quando a recebi, abri a caixa, com todo o cuidado do mundo. E peguei nela, com algum receio, enquanto agradecia a oferta. Mas, segundos depois, voltei a colocá-la, delicadamente, na sua caixa. Li o manual, assim na diagonal. Até porque não percebo patavina daquilo que lá vem escrito. Mas nada de mexer na máquina. Nada. 
A pessoa, que me ofereceu a dita máquina, está farta de perguntar se já peguei nela, se já me entendo com ela, se já tirei muitas fotos fixes com ela. E, eu, limito-me a responder que não. Não, a todas as perguntas. A pessoa acha estranho. E eu dou a desculpa de que veio sem cartão de memória. Mas pode-se usar/manusear a máquina, mesmo sem cartão, para nos podermos familiarizar com ela, dizem as pessoas. Está bem, mas prefiro ter tudo em ordem antes de me aventurar, respondo eu. 
Andei a adiar a compra do raio do cartão. Anteontem, levaram-me até à Worten, para eu o poder comprar. Está aqui. Mesmo à minha beira, o cartão de memória, ainda na sua embalagem. Intacta. Ao lado, está a caixa com a máquina fotográfica. Intacta.

Hoje de manhã, olhando para o cartão de memória na sua embalagem intacta e para a máquina fotográfica na sua caixa também ela intacta que estão aqui na mesa, à beira do computador, pus-me a pensar. Lembrei-me desta minha mania parva. E pus-me a pensar nas pessoas. Nas pessoas que passaram pela minha vida. Naquelas que já não fazem parte dela. Naquelas que, de uma maneira ou de outra, ainda nela permanecem. Naquelas que chegaram há pouco e que, parece-me, estão prestes a dar de frosques. Pensei nessas pessoas todas. Numas mais. Noutras menos. Pensei mais nas últimas. Numa das últimas em particular, sem dúvida. Percebi que, talvez, sem dar por ela, sempre tive essa mania parva não só com objectos que me eram oferecidos, mas também com pessoas que a vida me vai oferecendo. 
Percebi que, talvez, nunca deixe de ter essa mania com objectos. Agora, de uma coisa tenho eu a certeza. Não a quero ter mais com certas pessoas que a vida me 'ofereceu'. Com as últimas pessoas. Com uma dessas pessoas em particular. sim, és tu. parvo-convencido-susceptível-e-casmurro(nos dois sentidos da palavra)-como-o-raio.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #6


que mais depressa visualizam/identificam uma boca aberta com seis dentes - ou seja, um sorriso meio desdentado - do que um morcego, quando vêem o logotipo (ou lá como aquilo se chama) do Batman.




(eu sei. seu sei. este desenho não tem directamente a ver com o post. mas acho-lhe piada. muito mais do que ao 'logotipo' em questão. só por isso. daqui.)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #5


Por mais que me ponham à vontade e até me incentivem a fazê-lo, não consigo rasgar à maluca* os embrulhos das prendas que me oferecem. É mais forte do que eu. Tenho de tentar descolar, com toda a paciência do mundo (que não tenho, mas que vou buscar, sabe-se lá onde, só mesmo nestas situações), cada pedacito de fita-cola. O objectivo primeiro é estragar o papel o menos possível. Se tiver uma tesoura ou uma faca por perto tanto melhor. Que a coisa fica mais perfeitinha.
A prenda em si, essa, pode esperar. Até porque, em princípio, não foge.


* sim, sou muito atinadinha no que ao desenrolar de presentes diz respeito.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #4


que não come o belo do croissant como, aparentemente, seria suposto. Eu cá vou desenrolando o moço e saboreando cada pedacinho (para mim, esta é a única forma de o comer que faz efectivamente sentido, mas pronto). Também costumo molhá-lo no galão ou no chocolate quente que sempre o acompanha. Pois que nunca é comido sozinho. Não me sabe tão bem. Fazer o quê.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #3


que não gosta de atrasos.
Detesto ter de esperar por alguém tanto quanto terem de esperar por mim. É muitíssimo raro eu chegar atrasada. Mas se por algum motivo isso acontece (desde que tenho a Bolachita é mais frequente, admito. mas também há muito menos oportunidades para me atrasar, essa é que é a verdade) fico super nervosa, ansiosa, stressada, incomodada por não conseguir chegar a horas. Quando sou eu que tenho de ficar à espera, fico rabugenta, aborrecida, irritada. Ou seja, fico pior do que estragada.
Não tenho paciência para qualquer uma destas duas situações. Pronto.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #2


que tem o seu pequeno ritual na hora de dormir.
Deito-me sempre para o lado direito. Depois de algum tempo, viro-me para a esquerda. Não sei precisar ao certo o tempo que demoro. Depende. Uns cinco, dez, quinze minutos. É quando me dá vontade. E, regra geral, adormeço assim. Se estiver com dificuldade em pegar no sono, viro-me mais umas quantas vezes. Mas, em princípio, quando é para adormecer mesmo, estou virada para a esquerda.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Sim, sou desse tipo de pessoas mesmo #1


que gosta de acompanhar qualquer sobremesa de colher com pão.
Escusado será dizer que, quando se vai ao restaurante, tem de se esconder um ou dois pedaços por baixo do guardanapo. É que os empregados, vá se lá saber porquê, teimam em levar o cesto do pão antes de trazerem a carta das sobremesas.