(Porque, diz quem sabe, rir ainda é o melhor remédio.)
Cansaço. Tanto. Que se acumula nos meus ombros. Um fardo invisível mas tramado, é o que tenho vindo a sentir, nos últimos tempos. E, no contexto actual, não consigo vislumbrar uma solução que mo arranque das costas.
E é angustiante.
Por mais que me considere uma pessoa com alguma força e propensão para rir de (quase) tudo, esta lassidão está-me a descontrolar o sistema. A invadir-me o íntimo.
E é lixado. Ai se é.
[vinte e seis de Junho de dois mil e vinte]
BLUE MONDAY
Aparentemente, este é o dia mais deprimente do ano.
Não o está a ser, de todo, para mim.
É que, apesar de o primeiro mês de dois mil e vinte e um ir a pouco mais de meio, já tive dias muito piores do que hoje.
Foram dias bastante difíceis. Os primeiros doze dias de Janeiro custaram-me. E muito.
Estão - no entanto e felizmente - para trás.
Tenho tido, nestes últimos dias, a casa banhada de luz.
Os raios de sol, como papel de parede.
E a serenidade, como cobertor.
* Não tinha noção de que havia tanto azul na minha casa.