quarta-feira, 8 de junho de 2016

É impressão minha


ou está a virar uma espécie de moda ou lá o raio as mulheres não quererem ter filhos?

Ou isso ou as mulheres em causa tinham todas receio de o afirmar (ou, simplesmente, achavam que não tinham de o gritar aos sete ventos). E bastou que uma delas acordasse para a vida, confessando a coisa para desfazer o mutismo em que as outras se encontravam.

Espero que seja a segunda hipótese a correcta. Sinceramente.








ATENÇÃO: não tenho absolutamente nada contra* mulheres - e homens - que não queiram ter filhos. e, se ficaram com essa ideia, basta voltarem a ler o que escrevi para perceberem que a minha preocupação não é de todo essa. 

* nem a favor, diga-se de passagem. até porque não me parece que seja um dos pontos definidores do carácter de uma pessoa, o facto de querer ou não querer ter descendência.

6 comentários:

  1. Eu acho que as mulheres estão a perceber que ter filhos não é obrigatório. "Antigamente" (até à geração da minha avó) nem se pensava nisso, era parte do curso da vida: namorar, casar, ter filhos. Agora há, felizmente, muito mais espaço para a individualidade e liberdade e deparamo-nos com fluidez onde havia rigidez.

    Eu também não tenho nada contra nem a favor de cada uma das escolhas, sou a favor da felicidade :)

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    1. Com que então as mulheres estão a perceber? Agora? No último mês? É que o ‘antigamente’ da geração das nossas avós (acredito que sejas bem mais nova do que eu, Nádia, mas deixa-me parecer um tico menos velha. oh deixa... :D) não acabou no mês passado, parece-me.
      Apoio a 200% o direito à individualidade e a liberdade de cada um. Não me dou muito bem é com correntes e contra-correntes que, ironicamente, clamando lutar por eles, se opõem por completo a esses mesmos valores de individualidade e liberdade. Só que muito boa gente vai na onda, sente-se cool e nem dá pelo contra-senso em que se meteu. ;)

      Nem mais. Felicidade acima de tudo. A busca individual da mesma, diariamente. :)

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    2. A geração da minha avó não acabou ontem, mas a minha geração está agora na idade de começar a ter filhos, e consequentemente na idade de vocalizar a sua opinião sobre isso. Pela minha parte, fico feliz por viver num tempo e numa sociedade em que me é dada a liberdade para escolher.

      Há certas coisas que me custa a acreditar que se façam ou pensem por moda. A escolha de ter ou não filhos é de uma enorme relevância, e ainda é preciso ter a capacidade para pensar contra as ideias instituídas (ou, mais acertadamente, independentemente das ideias instituídas) para conseguir ter a clareza de ver que ter filhos não é para si... daí não acreditar que seja uma moda.

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    3. Desculpa, Nádia. Talvez não me tenha feito entender. Não ponho em causa que a tua geração esteja agora na idade de ter filhos. Acredito piamente na tua palavra. E não quero de todo pôr isso em dúvida. Mas, que eu saiba (e não podendo deixar de me repetir), esse ‘agora’ que referes não começou de repente. Se estão agora na idade de ter filhos, parece-me que também o estavam há seis meses atrás, há um ano, há dois. A questão, aqui, é ter ficado admirada com o número considerável de pessoas que, nas últimas semanas, tomou a iniciativa de dizer ao mundo que não quer ter filhos. Pela tua parte e não só. Como também referi na minha resposta anterior, sou totalmente pela liberdade de escolha. Esse assunto nem tem discussão possível. E não é o cerne da minha questão.

      Não acreditas que seja uma moda. E eu espero que estejas certa. Não que me aqueça ou me arrefeça as escolhas dos outros no que ao aumento ou não da família diz respeito, repito. Questionar-me-ia da mesma forma se se tratasse de outro assunto sério qualquer. Porque o que me mete mesmo confusão não é a escolha de cada um, consciente e individual, é a falta de discernimento de muito boa gente que prefere pensar pela cabeça dos outros.

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    4. Eu percebi, mas acho mesmo que há certas decisões que não se tomam por moda, principalmente quando ainda é uma escolha que é considerada estranha e que, na minha opinião, requer alguma liberdade de intelecto para ser tomada. O que quis dizer é que parece-me ser uma característica que não assiste às pessoas que pensam pela cabeça dos outros.

      Beijinhos :)

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    5. Também percebi o teu ponto de vista. Não concordo com ele. Acredito que possa haver quem, a partir de agora, assuma essa posição para se demarcar e ‘provar’ o quão livre e intelectualmente avançada é, não o sendo forçosamente (atenção, não digo que todas as mulheres em questão - longe disso - tenham esse objectivo, como é óbvio). Mas, repito, espero sinceramente estar redondamente enganada. Era óptimo sinal. :)

      Beijo!

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