sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Não é por haver pessoas mais isto ou mais aquilo do que eu que deixo automaticamente de o ser, isto ou aquilo


Vi uma foto num blogue qualquer. Estavam duas pessoas encostadinhas, bras dessus bras dessous. Uma não era muito bonita. A outra era ainda mais 'não-muito-bonita' do que a primeira. E dei por mim a confirmar, uma vez mais, que não é por a segunda ser ainda menos bonita do que a primeira que esta passa a ser gira.
Pode parecer confuso, admito. Voltem lá a ler que a coisa esclarece.
 
Este exemplo frívolo [ok. o exemplo é estúpido. já disse. pronto. mas, regra geral, a malta fica mais atenta quando se fala em beleza ou falta dela do que se se falasse em inteligência ou burrice, por exemplo. fazer o quê.] só para expressar a minha aversão às comparações. Não gosto delas. Ponto. Usam-se para tudo e mais alguma coisa. Parece que não se pode falar, apresentar uma ideia, desenvolver um raciocínio, chegar a uma conclusão sem utilizar o raio da comparação. A maior parte das vezes, não se justifica. Não mesmo.
Eu cá sempre as achei despropositadas. Sempre as achei uma forma de a malta se valorizar ou justificar ou desculpar ou vitimizar quando não tem argumentos e precisa de meter ao barulho o vizinho, ou o primo, ou o raio que o parta. E, por isso tudo e muito mais, também sempre as achei muito perigosas.


Pronto. Pronto. Vou dar outro exemplo para ver se a malta entende o meu propósito. Vai ser mais radical. Vou já avisando. Depois não se queixem.
 
Não é por haver quem mate a/o companheira/o à facada que quem só lhe dá porrada dia sim, dia não é um anjinho.


Está dito. E só não acrescento mais uma ou outra palavrita, mais um ou outro exemplo para não me passar da boneca. Se é que me entendem.

2 comentários:

  1. Concordo contigo! A tendência em comparar tudo existe de facto, mas desculpar isto ou aquilo só porque alguém já fez pior é.. surreal!

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