Não cheguei a descer (ainda).
Mas houve quem subisse.
Há pouco, aquela senhora-que-fez-noventa-anos-no-sábado-passado, bateu-me ao vidro da porta das traseiras que se encontra na cozinha. Tinha acabado de pôr a minha caldeirada, cuidadosamente confeccionada por mim, no prato. E devo ter dito um palavrão qualquer em francês. A senhora não tinha escolhido a melhor hora para vir ter comigo - foi este o pensamento que ditou o dito palavrão.
Lá larguei o prato em cima da banca e fui abrir.
Trazia-me isto:
Diz que foi feito pela nora e que quis partilhar comigo.
Ao perceber que estava para lá de doente - muito para lá mesmo, a malta é que nem imagina - ainda me foi buscar a roupa que tinha lá fora estendida.
- Já está seca, disse-me, antes de me desejar, uma vez mais, as rápidas melhoras.
nota: ainda bem que não tinha lavado nenhuma cuequita-fio-dental desta vez. Caso contrário, sentir-me-ia muito mal, neste momento.
nota: ainda bem que não tinha lavado nenhuma cuequita-fio-dental desta vez. Caso contrário, sentir-me-ia muito mal, neste momento.