segunda-feira, 13 de abril de 2020

CEGUEIRA aPURAda


Sonhei-te,
duas noites seguidas.
Não te vi o rosto,
nem tinhas corpo.
Mas era a tua voz invulgar,
a estremecer-me outros sentidos.
Era o teu cheiro no ar;
o teu toque, na curva da minha anca;
o teu sabor, na minha boca,
a acariciar os meus lábios
e desassossegar-me a língua.
Eras tu; e eu tua.

6 comentários:

  1. uauuu! que sorte, sonhos sem corona e sem censura :)

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    1. Aqui que ninguém nos ouve, Manel, são sonhos acordados.
      Eu é que controlo o que quero 'sonhar'. ;)

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  2. Eu, Minha?
    Minha, minha?

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    1. Será que quis dizer: “Tu, minha.”?
      Caso contrário, não entendo a intervenção/pergunta.

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    2. Eras tu - Eu, Minha?
      e eu tua - Minha, minha?

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    3. Ah ok. Foi o parágrafo que me confundiu.

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