quarta-feira, 16 de maio de 2012

Eu sou frigideira*

A minha avó, que era mais que uma mãe para mim, dizia que quando nasce uma panela, nasce sempre um testo para ela. Eu costumava responder-lhe que, para mim, não tinha nascido nenhum testo. Simplesmente, porque eu não era uma panela. Era, sim, uma frigideira (para ela entender a coisa, tinha de dizer “certã”). A minha avó ria. Achava-me tonta ou demasiado nova para entender estas coisas.

Pois que já passei dos trinta e ainda me sinto frigideira. E, pensando bem, sempre me senti assim. E duvido que, algum dia, esta treta mude.


Era mesmo só isto. Hoje, apeteceu-me verbalizar a coisa. Eu sou, definitiva e indiscutivelmente, frigideira.



* Pode ser uma Tefal. Desde sempre, ouço a minha mãe dizer que são as melhores.

6 comentários:

  1. mas a mam'zelle não tem sogra e tal? sogra é mãe de um testo (ou panela), e por isso, isso de ser sertã já não bate certo ;)

    se for uma tefal termospot, então é das boas, sem dúvida!

    ResponderEliminar
  2. Bem, se vivessemos nos contos de fadas que teimamos em contar às criancinhas, o teu reparo seria pertinente, de facto. Agora, no mundo real e em pleno séc. XXI, as coisas não são assim tão lineares. A única coisa parecida com um conto de fadas na minha vida é a bruxa má, vulgo sogra :p

    Se é das boas, sou, com certeza, essa tal de termospot ;)

    ResponderEliminar
  3. Respostas
    1. Também como, mas não é, de todo, o meu prato preferido... :p

      Eliminar
    2. Prato preferido, tem de ser bem confeccionado numa panela com testo :)

      Eliminar
    3. Ahahahahah! Muito bem visto, sim senhor ;)

      Eliminar