Ao telefone.
- Mamã, tenho muitas saudades tuas.
- Eu também, meu amor.
- Então... tu podes vir só um tiquinho a casa do papá para eu te ver?
- Não posso, bebé linda, não se pode sair de casa. Tu sabes disso, não sabes? Nós já falámos.
- Sim, eu sei. Mas estou com saudades de ti.
- ... Olha, tive uma ideia muito fixe! Queres que a gente se veja pelo telefone, enquanto falamos? Já era bem bom, não era?
- Mas... mamã... eu quero ver o teu corpo todo e abraçá-lo.
[quinze de Março de dois mil e vinte,
dois dias depois de estar comigo pela última vez,
cinco dias e meio antes de voltarmos a estar juntas de novo.]
dois dias depois de estar comigo pela última vez,
cinco dias e meio antes de voltarmos a estar juntas de novo.]