quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Feito!

Como prometido, aqui estou eu para apresentar um relatório detalhado cujo assunto não é nada mais nada menos do que a maior preocupação do momento: a reacção da Bolachita à minha traição natalícia.

Ora bem. Quando chegámos a casa, pedi-lhe para fechar os olhos. Ajudei-a a entrar na sala em segurança. Posicionei-a de forma estratégica, para ela ter uma visão geral da divisão em causa. De facto, para além da árvore, também acrescentei umas luzes aqui e ali. Só para tentar criar aquele toque mais especial e a Bolachita não dar de caras somente com aquela minha amostra de árvore de natal.

Mal lhe dei autorização para abrir os olhos, ficou de boca aberta, a contemplar as luzes a piscar. 

- Então, gostas?

- Não mamã, eu não gosto. Eu adoro! ... Uau! ... Agora, só falta a árvore de natal.



Verdade. Não. Não estou a gracejar. 

Eu que achei, cedo demais, que a aposta estava ganha, que as minhas costas, os meus braços, as minhas pernas e a minha sanidade mental iam ter descanso este ano; acabei por passar de um sorriso cor de vitória a um sorriso amarelo numa fracção de segundos.


- Então... a árvore é esta, gaguejei eu, a medo, apontando para a minha pequerrucha.

- Ah. Ok, mamã. Pensei que querias sempre fazer aquela grande que chega quase até ao tecto. Mas também gosto muito desta.




E pronto. 

Não se falou mais no assunto.

Assunto encerrado.

Encerradíssimo.

Para sempre.

Ufa!

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