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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Que tal esclarecerem-me, hein? #17


Vamos lá abordar um tema fracturante da nossa actualidade. Vamos?
Aqui vai ele:
os saldos.
Melhor dizendo, os trapos actualmente em saldos.


Quem por aqui passa há tempo suficiente para entender o que este casebre gasta, sabe pertinentemente que não sou gaja ligada às tendências, às fashion weeks, à roupa em geral. Sabe também que me estou redondamente a marimbar para todos os temas relacionados com moda. Pese embora, tenha de me vestir como toda a gente. Por isso mesmo, tento fazê-lo decentemente. À minha maneira. Regendo-me única e exclusivamente pela minha noção de decência. Óbvio. E isso tem muito que se lhe diga. Não o será, no entanto, dito aqui. Muito menos agora.


Vamos deixar-nos de disparates. E passar ao cerne da questão. Vamos?
A verdade das verdades é que tenho um tico de nostalgia dos tempos antigos. Daquele tempo em que a malta não só passava por aqui como - alguma dela, a destemida - comentava.
Vão-me dizer (ou dir-me-iam, se comentassem, seus estafermos) que a blogosfera está pela hora da morte. Que ninguém comenta porque ninguém lê e mimimi tralala. Pois que isso é uma bela de uma mentira esfarrapada (uma desculpa é outra coisa, ok?). Acredito que os blogues não estejam com o fulgor que outrora lhes conhecemos. Há menos blogues activos. Não duvido. Mas a malta continua a cuscar aqueles que, por magia ou macumba, se vão mantendo vivos. Explico. É muito simples. Eu cá, por exemplo, tenho muito mais visualizações, hoje em dia, do que no tempo em que a minha caixa de comentários raramente ficava vazia. E esta, hein? Estranho? Nada disso. A malta é que, continuando cusca, tornou-se preguiçosa. Constatação matemática. Só isso.

E eu, para este ano de dois mil e vinte, gostaria de ver pelo menos um dos meus posts com um número jeitoso de comentários. Haverá melhor desejo do que este? Assim, de repente, não me parece.
Pensei, então - e já para despachar a coisa antes do fim de Janeiro, não vá eu me esquecer de tão bonito desejo - pegar num tema estimulante e interessantíssimo como este. Trapos. Para ver se a malta arrebita e, consequência lógica, comenta. Ideia de génio? Eu, vagamente suspeita, creio que sim.

Pois bem. Para facilitar a coisa, vou lançar uma pergunta. Assim, só mesmo para vos simplificar a vida. Ou seja, não precisam pensar muito. A malta lê, identifica a pergunta e, naturalmente, tem o ímpeto de responder. Pronto. Fácil e básico.

O esquema é o seguinte. Fui aos saldos. Peguei em dois vestidos diferentes, mas com semelhanças. De duas lojas diferentes. Com preços bastante próximos. Vesti-os. Um de cada vez. Tirei umas fotos para se perceber como ficam no corpo. No meu corpo. Não tenho amigas voluntárias para fazer estas figuras. Aliás, não tenho amigas. Ponto.


E, agora, preparem-se que vou enquadrar a cena:

Ai... maltinha do meu coração. Nem imaginam no dilema dilacerante em que estou metida. Trouxe estes dois vestidinhos básicos dos saldos. E não faço a mais pequena ideia de qual dos dois devo guardar. Não faz qualquer tipo de sentido guardar os dois. Pois são bastante parecidos. E não quero gastar dinheiro desnecessário em trapos. Temos de poupar. Todos. Juntos. Porque o que está in é poupar e reciclar e dar e destralhar e eu não quero fugir deste brilhante lema de vida.



Agora, lanço a pergunta (espero não ter perdido ninguém pelo caminho que foi todo este meu engenhoso raciocínio):

Ai... maltinha do meu coraçãozinho... qual roupita devo eu guardar?
 




Fico com o vestido nº1 ou com o vestido nº2? 
Ai... que não me aguento de tanta indecisão. 
Me ajuda, vai.
O fim deste torturante dilema está nas tuas mãos.





Se ninguém me ajudar, isto é, se ninguém comentar ali na caixinha bonitinha de comentários, vou ficar eternamente triste e desassossegada.
Pelo menos, que volte(m) aquele(s) anónimo(s) que, durante uns tempos, disse(ram) de tudo para me levar a acreditar que era a pessoa mais feia e mais burra do mundo inteiro. Não, não era só do mundo da blogosfera. Atenção. Era mesmo a mais feia e mais burra do mundo inteiro cá fora. Todo. Todinho. Uii... saudadinhas boas... É que quase, quase, me convenceu.


.-FIM-.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

E é isto #31


Ando rabugenta. 
Sim, confirmo, também poderia dizer que sou rabugenta. Mas, nos últimos dias, esta minha característica tem-se adensado um pouco mais que de costume.
Ele é este tempo de chuva e frio que me irrita sobremaneira*. Ele é a tatuagem que nunca mais é feita*. Ele é a monotonia dos dias. Ele é a vida em geral e a canseira da mesma em particular.
Ele é a grande borrada que fiz ao meu cabelo. 
Yep. Vamos lá a factos concretos. Vamos lá deixar de ser gaja-chata-que-se-queixa-de-tudo-por-nada. Vamos lá ter ovários para enfrentar a triste realidade. E dizer, a bem da verdade e com todas as letras, que esta parte do cabelo é que me está a lixar profundamente o juízo. Porque, se pensarmos bem com a cabeça toda, o estupor do tempo há-de melhorar (ai de ti, Manel, que não te ponhas fino); a tatuagem, mais mês, menos mês, lá terá de ser feita; os dias e a porra da vida lá terão de dar uma reviravolta. Agora, esta parvoíce, que se me meteu na cabeça e de lá não saiu enquanto não fiz merda da grossa, não tem solução à vista. É esperar calmamente que este cabelo ranhoso se digne crescer e esquecer o assunto de vez.

Ora vamos lá ver se a malta se lembra do desejo que partilhei AQUI no blogue, há uns tempos. 
Já clicaram no link*? Já foram lá ver? Sim. Têm de lá ir. Vá. Não custa assim tanto.
Estão de volta? Perceberam a cena? Querem mais pormenores? Sádicos que vós sois.

O cerne da questão é que, como confessei lá atrás, sempre quis ser ruiva. Nunca avancei com a ideia porque sempre achei uma tontice pintar o cabelo (com tinta permanente, que já usei daquelas que vão saindo com cinco a sete lavagens. a porra é que não dá para ficar ruiva com essas tintas, tendo em conta que a minha cor natural é castanho escuro) sem ter necessidade disso. 
Explico. A tinta permanente é para cobrir os cabelos brancos. Ponto. Aquilo lixa um pouco o cabelo todo, não me venham com tretas. Mas é um mal menor, comparando com os primeiros sinais do aproximar da velhice que são os cabelos brancos. Até aí, tudo na boa e na paz dos anjos. Ora eu, não padecendo, ainda, desse mal do passar do tempo (padeço de outros, claro está), achei por bem só realizar essa minha vontade capilar quando me surgissem os ditos.
O certo é que, com quarenta anos (sim, sim... passados três meses, ainda me custa dizer), ainda não tenho nem um à vista. Não me posso queixar, verdade seja dita. No entanto, aquela vontade de ter um cabelo à Julianne Morre nunca me saiu da mioleira.
E, pronto, o que tinha de acontecer aconteceu. Há dias, não resisti. E, logo a seguir, me arrependi.
Essa história que vem estampada na caixa - segundo a qual aquela mistela não só pinta como cuida do cabelo - é uma bela de uma treta pegada. Uma vergonha monumental, diga-se de passagem. Fiquei com o cabelo super seco. Cabelo de mulher-de-meia-idade-que-está-farta-de-o-pintar-para-tapar-as-brancas. Estão a visualizar a desgraça? E nem um ruivo em condições ficou. Antes parece um acastanhado mijado. (desculpem o palavreado pouco bonito, mas olhem que o estado do meu cabelo também está muito pouco bonito. estão os dois a condizer, portanto.) Não sei se me faço entender.

E só me apetece bater-me. 
Parar um tico, 
para ganhar forças, 
e voltar a bater-me. 
Uma e outra vez. 
Até à exaustão,
patética e total.


Uma tristeza.







* Este post foi escrito na sexta-feira passada. Entretanto, o tempo já melhorou um pouco. É um facto. Menos uma neura para gerir.

* Aquilo, ali, foi mentirinha de 1 de Abril. Já deviam estar habituados. O certo é que, pelo menos, três pessoas caíram.  Aquelas que, curiosas, se dignaram a fazer perguntas sobre o assunto.

* Não percebo. Ia jurar que tinha escrito, lá mais para o início, um post sobre futilidades, onde expressava a minha pacífica convivência com os meus defeitos fisionómicos. Confessava, porém, que se me pedissem para mudar três coisas - em jeito de três desejos à lâmpada mágica - seria o meu nariz, as minhas orelhas e o meu cabelo. Neste terceiro ponto, justamente, falava da minha vontade, desde há muito, de ter um cabelo forte e ruivo. Pois bem. Procurei, procurei. E não encontrei nada sobre o assunto. Peço, por isso, as mais sinceras desculpas. Não está escrito. Não deixa, no entanto, de ser verdade.