quarta-feira, 23 de junho de 2021

Primeira dose:

 


ontem.


Passaram vinte e três horas e meia e, até agora [je touche du bois], zero sintomas.


Maltinha, ide vacinar-vos,

por amor do mundo,

do sol

e da lua,

de todas as estrelas do céu,

das flores

e das árvores, 

dos passarinhos

e dos coelhinhos

 e de tudo e mais alguma coisa. 

Agradecida.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Que tal esclarecerem-me, hein? #18

Como saber se alguém nos desligou a chamada na cara; sem ter de dar a cara?

Ou seja, sem perguntar des-cara-damente ao cara se teve o despautério de cometer tal falta de respeito. Não vai com a minha cara? Tudo bem. Dizem que tenho cara de poucos amigos, realmente. E está na cara. 

Mas, cara-ças...

É que não sou de mandar à cara estas coisas. Agora, é caso para uma pessoa mais vulnerável ficar de cara à banda.


O certo é que ainda nem consegui en-cara-r devidamente o sucedido.

A sério, cara-go?

Que cara-de-pau!

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Meia dúzia de anos

Foi o tempo que passou desde o baptizado da Bolachita.

Quase seis anos depois, tratei - finalmente - de lhe criar um álbum, cheio de recordações daquele dia.



É estranho. Olhar para aquelas fotos todas; é-me estranho. 

Aquelas memórias são tão vagas. Parece que tudo aconteceu numa outra vida. 

Uma vida que não esta.

Minto.

Parece que não fui eu que a vivi, aquela parte da minha vida. 

Pelo menos, não a pessoa que sou e está a escrever, agora.

Acho que é isso.


No entanto, sou a mesma. Tal e qual. A mesma.

Estranho?

Eu sei,

foi o que eu disse.


terça-feira, 8 de junho de 2021

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Dá-mE luZ

Há noites escuras

e dias sem sol.

Há manhãs sombrias;

há tardes frias.

Há horas obscuras

que tardam em passar,

em que fôlegos, 

vazios,

procuram ar.

Há vidas sem rumo

que só querem sossegar.


E há a minha boca

na tua,

a tentar

sugar

o teu alento

e, com ajuda do vento,

voltar

a respirar.