quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

DE repente faZ meio ano

Surreal.

Sinto-o absurdamente surreal, este tempo todo que passou, 

vazio, 

sensaborão.

Dois mil e vinte está a ser um ano estranho, 

um tanto ou quanto desarmante,

pouco estimulante, 

displicente. 

Apanhou-nos desprevenidos. 

Abraçou-nos, traiçoeiramente. 

Passa, sem darmos por ele. No entanto, está, efectivamente, a passar. E não voltará atrás. Por mais que não esqueçamos o que se viveu antes de ele nos trocar as voltas. Por mais que o que existiu, há seis meses, se mantenha mais vivo na nossa mente do que o pouco que aconteceu desde o início deste ano extremamente desafiante. O tempo passa, 

sem sentido, 

sem rumo, 

sem brilho,

sem motivação,

oco,

vão.


A verdade é que o ano vai quase a meio e não sinto que [eu] vá a lado algum.


dez de Junho de dois mil e vinte

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