segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Devo ser uma gaja muitíssimo importante. Só que, distraída, ainda não dei por nada.


Ontem, uma mulher, num carrão preto, parou numa rotunda para me deixar entrar. Ainda lhe fiz sinal, com a mão esquerda, para ela continuar o seu caminho. Mas, nada feito. A senhora queria dar-me passagem. Fez mesmo questão. Até porque ficou ali, quieta, no seu enorme carrão preto e nem pestanejou enquanto não lhe passei à frente. Tipo, abram alas para o Noddy. Só que eu nunca pensei que tivesse tanta importância como aquele bonequito de madeira.


Depois de já ter saído da famosa rotunda, pus-me a pensar. E agradeci a todos os santinhos por, naquele episódio que tinha acontecido uns segundos antes, eu estar a tentar entrar na rotunda e não ir atrás da dita madame com o seu absurdo carrão preto. É que, com o cansaço que venho acumulando, e a falta de reflexos de que me vou apercebendo, era bem capaz de ter ido à traseira daquele indecente carrão preto. E lá vinha mais uma carga de trabalhos. Como se, todos aqueles problemas que tenho neste momento, já não bastassem.



Quem acreditar nessas coisas, pode acender uma velinha por mim. Agradecida.






nota: este mail foi escrito na passada sexta-feira. a cena aconteceu-me na quinta. e - ironia do destino ou azar do c*ralho - no sábado, fui à traseira de um carro, pouco depois de ter saído de uma rotunda. Estraguei a frente toda do carro. Estraguei um pouco a traseira do outro carro. Pelos vistos, todos aqueles problemas que já tinha não bastavam mesmo.
Ninguém chegou a acender uma velinha porque eu teimo em escrever posts para depois os deixar nos rascunhos. A ganhar musgo ou o caneco. Se tivesse publicado este post na sexta, talvez alguém tivesse acendido a maldita vela. Talvez tivesse o meu carro estacionado ali fora, a esta hora. Talvez. Nunca saberei. Só sei que, neste momento, está na oficina e que me vão levar uma nota preta. 
Para não parecer pobre e mal agradecida, vou ter de acrescentar aquelas afirmações que ficam sempre bem. Aqui vai. Que se lixem as notas. Não parti nada. Ainda bem.

14 comentários:

  1. Mam´Zelle, há uma expressao bem portuguesa que diz: foram os anéis mas ficaram os dedos (ou algo assim parecido)
    Sempre o copo meio cheio! Sempre!!!
    Agora toma lá um abracinho para sossegares esses nervos e parares de escrever asneiras.:)

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    1. É parecido, é. ;p
      O problema é quando o copo está praticamente vazio. Aí a coisa complica…
      Muito obrigada pelo abraço, Saritah. Mas a Mam’Zelle não escreve asneiras, aquilo com estrelinhas não conta. ;p

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  2. Lei de Murphy Mam Zelle.....

    Lili

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  3. Ahah (desculpa, mas tem uma certa piada), há alturas em que parece que temos íman para tudo quanto é "azar" (porque, sim, há sempre azares piores do que as porcarias que nos acontecem e nos fazem perder tempo, dinheiro e paciência). Beijinhos e, se te descansa, da minha parte teres publicado antes também não te podia salvar (não vinha aqui há mais de uma semana e também não acendo velas). **

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    1. Olha que eu não consigo achar qualquer piada. E olha que sou moça reinadia. Deve ser por ser a protagonista da coisa. :p
      Eheheh. Isso de não acenderes velas, não te posso levar a mal, sou igual. Agora, estares mais de uma semana inteirinha sem por aqui passar já é outra conversa… ;p Beijinhos

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  4. Podia dizer-te que há quem defenda que a cada momento temos exactamente o que precisamos mas não ajuda. Como também não ajuda armar-me em engraçadinho e dizer que o copo está sempre cheio, nem que seja de ar, pois não? Felizmente o carro arranja-se e tu não andes é distraída porque és realmente muitíssimo importante (que mais não seja para uma certa bolachinha)!

    beijinho Grande,
    FATifer

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    1. Realmente não ajuda. Então essa do copo cheio de ar é do mais parvinho que já ouvi. ;p
      Muito obrigada, FAT. Mas olha que espero bem não ser importante só para a Bolachita. Mesmo ela sendo o mais importante para mim. :)

      Beijo gordo.

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  5. É daquelas coisas que parece-nos que se tivéssemos escrito não teriam acontecido, não é?

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    1. É daquelas coisas que nos levam a questionar o que estará para vir a seguir. E que nos deixam com algum receio…

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  6. Coitada, que azar! Mas a culpa foi tua, tivesses publicado o post e as velinhas tinham dado o seu efeito... :P deixa lá, os carros foram feitos para andar e para bater ;) o importante é ninguém se aleijar!

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    1. Vais me dizer que terias acendido uma velinha por mim. Ohhh tão fofa… ;p Tens toda a razão. Poderia ter sido bem pior. Agora é esperar que chegue a conta e passar a comer só batatas cozidas durante uns mesitos para compensar. :p

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  7. Carro preto, diz-me lá porque razão
    tu feriste meu coração
    lálá lá lálálá

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    1. Há ali um ‘tu’ a mais.
      Nem coisas parvas consegues escrever em condições.
      Tanta estupidez junta.
      É obra.

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