sexta-feira, 30 de maio de 2014

Afinal, a culpa é todinha do vento, esse grande matreiro










Pronto. Fica prometido. Foi o último post do ano com fashion-modelitos-e-tal-e-coisa. Palavra de honra.
Também já estou a ficar a modos que para o enjoada com tanto tecido (enfim, nem por isso), tanto frufru, tanto cu e outras coisas mais ao léu, tanta futilidade junta.
Apre...

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(Bolachita, versão fartinha-de-papa-até-ao-cotulo-mas-bem-disposta-na-mesma, com 7 meses e 28 dias)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Miúda de Pêlo na Venta, com muito gosto #9


 
 
 
Calma. É o segredo para quase tudo nesta vida. Sei disso. O meu problema é ter falta dela. Quase sempre.
Uma pessoa não se faz. É o que se costuma dizer. Mas eu cá, se pudesse, fazia-me com um tico mais de calma.  (Pronto. Aproveitava e mudava também o nariz. E, já agora, as orelhas. E umas quantas outras coisas. Mas, principalmente, a falta de calma.) Só um tico. Calma a mais também cansa. Aborrece. Até chateia. Digo eu.

Quem não sai aos seus...


... pois que degenera.



Diz que, a meio deste mês, foi dia da família. Já sabem o quanto ligo a essa treta dos dias de tudo e mais alguma coisa. Mas fica bem relembrar a data para introduzir, melhor dizendo, para dar um propósito ao post que se segue.
 
Não saio aos meus. Cada dia que passa fico mais convencida disso.
 
Em pequena, ficava triste com certas conversas e brincadeiras. Tudo porque a minha irmã nasceu na cozinha da minha Mamie Z, lá na terriola. E, sendo assim, não há como negar que é filha dos meus pais. Mas comigo, nascida numa maternidade lá de França, a conversa é outra. Até porque, na altura, os recém-nascidos não dormiam junto às suas mães nos primeiros dias de vida. Eram levados para uma sala qualquer. Como tiveram o cuidado de me relembrar vezes sem conta.
Conclusão, era habitual brincarem comigo, dizendo que quanto à minha irmã não havia dúvidas, mas no que a mim dizia respeito, podia muito bem ter sido trocada à nascença e não pertencer à família que sempre conhecera como sendo a minha. Diziam isso quando fazia algo diferente do habitual lá em casa, quando dizia algo que não entrava nos padrões, quando gostava de algo diferente, quando reagia à minha maneira e não como seria suposto reagir. Ou diziam-no, simplesmente, para me ver irritada. E, efectivamente, isso irritava-me. Havia alturas em que me magoava, em que me deixava triste. Eu queria pertencer àquela família, porque era minha, porque não conhecia mais nenhuma, porque assim tinha de ser.
 
Hoje em dia, não me faria qualquer diferença. Não me identifico nada com os (supostos) meus ainda vivos. Não me revejo nos feitios, manias, vontades. Não tenho os mesmos objectivos, as mesmas necessidades. Não partilho da mesma forma de ver o mundo e a vida. Não tenho os mesmos gostos, ideias e ideais.
 
Não sou como eles. Nem quero ser.
 
Sou diferente em tudo. Chega a ser impressionante.
Sou diferente porque não ligo ao que os outros acham de mim. Sou diferente porque não faço as coisas a pensar no que os outros vão dizer. Sou diferente porque dizerem mal de mim não me tira o sono. Alias, é para o lado que durmo melhor (não fosse a Bolachita lembrar-se de berrar, nas últimas noites, de duas em duas horas). Sou diferente porque ajo em conformidade com os meus princípios e não para inglês ver. Sou diferente porque o ser bem vista não me aquece nem me arrefece. Sou diferente porque não saio de casa para ver e ser vista, falar e ser falada. Sou diferente porque não me importo com o que os outros têm ou deixam de ter; fazem ou deixam de fazer. Sou diferente porque vivo em função de mim (e agora da Bolachita) e não dos outros. Sou diferente porque estou pouco me lixando para as aparências.  Sou diferente porque prefiro ir descobrir mundo de chinelo no pé a ir mostrar a mala de marca e os sapatos novos (de marca também, s'il vous plaît) ao café da esquina. Sou diferente porque passei a vida a ouvir "tem juízo" e o que me importa a mim é ter valores. Sou diferente porque os padrões me aborrecem e os carros de alta cilindrada também.

Eu, Mam'Zelle degenerada me confesso.
Não saio aos meus porque sou diferente. Sou diferente porque não sou, nem quero ser, como eles.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Plaît-il? ou seja, para ser mais simples: Hein...?


No outro dia*, na sala de espera da maternidade.
Chega uma grávida super sorridente. Senta-se ao lado do marido ou namorado ou companheiro ou lá o que for (deu-lhe um beijo na boca, por isso mesmo julgo que não fosse irmão ou simples amigo, mas nunca se sabe) e diz:
É mesmo menina. Vou poder comprar-lhe tudo cor de rosa, com laços e folhos e brilhos. Que fixe!
 
Quem me vai conhecendo um tico deve imaginar o que pensei cá para comigo. Mas mantive a minha postura, impávida e serena. Até porque não é da minha conta o que as pessoas fazem ou deixam de fazer com os filhos.
 
Depois deste momento de pura felicidade por ter uma menina que vai poder aperaltar lá como bem entender, a moça pega no telemóvel e liga a alguém. A mãe ou o pai**. Nunca cheguei a perceber. A conversa foi a seguinte:
- Olá. Então diga lá, quer ser avô ou avó?
Suponho que, do outro lado da linha, a pessoa em questão tenha ficada perplexa, sem entender a pergunta.
Alguns segundos depois, a moça volta à carga, já meio impaciente:
- Vá! Quer ser avô ou avó?
Acredito que a pessoa do outro lado continuou sem chegar lá...
- É pá, então não responde? Até parece uma pergunta muito difícil! Quer ser A-VÔ ou A-VÓ? Ou seja, quer um neto ou uma neta?
Só lhe faltou acrescentar um "daaaaaaah", no final, tal foi o tom arrogante e altivo que usou.
 
 
Agora pergunta aqui a Mam'Zelle. Ele há gente muito muito (mas mesmo muito) limitada ou sou só eu que tenho pouca paciência para gente burra que nem uma porta armada em espertalhona, tipo carapau de corrida? Estou cá com esta dúvida a remoer. Pronto.



* já lá vão uns meses, confesso. Mais um post que estava esquecido nos muitos rascunhos que por aqui tenho.
** ou a sogra, ou o sogro, também dá. Ou outra pessoa qualquer. Ou o periquito. Ou o ursinho de peluche. Já nem sei, tal é a (falta de) lógica da moça.

Dur dur d'être réveillée!





Estas fotos já foram tiradas há algum tempo. É que, desde que voltámos de França, a Bolachita deixou de dormir na alcofa. Agora dorme na cama de grades. Está quase quase uma mulher...




nota: o título do post foi inspirado na música do Jordy, Dur dur d'être bébé. E, sim, confirma-se, aos 18 anos o puto também veio revelar que os pais gastaram o dinheiro todo que ganhou com o seu único êxito musical... Saul, não estás sozinho nessa tua luta.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sou uma mãe desnaturada #2


Nunca lavei a roupa da Bolachita separada e com um produto especial bebé/criança (como me foi recomendado nas várias sessões de esclarecimento sobre gravidez/recém-nascidos a que assisti, assim como na maternidade). Sempre lavei a roupa dela misturada com a minha, com um produto da roupa normal. Não passo a ferro a roupa dela (como me foi recomendado nas várias sessões de esclarecimento sobre gravidez/recém-nascidos a que assisti, assim como na maternidade). A não ser aquela que fica mesmo enrodilhada* depois de sair da máquina.



* como tão bem dizia a minha avó.

Vossemecês é que ficam a perder... (atenção, este post é com bolinha vermelha - só mesmo para adultos e que não estejam a meio de um trabalho importantíssimo que requeira a máxima concentração - eu avisei!)


(no seguimento deste post. Porque,  vá-se lá entender porquê, ninguém quer saber do Festival de Cannes...)


É que Cannes também é isto, meus senhores:

(2014)


 

e isto:

(2014)

 


e mais isto:

(2013)




e ainda isto:

 (2013)




e também isto:

(2008)

 
 
 
 
e isto:
 

(2008
 
 
 
 
mais isto:
 
 (2005)
 
 
 
 
ainda isto:
 

(1999
 
 
 
 
e, finalmente, isto:
 
(1997)
 
 
 
Bem, que possa interessar as senhoras, só encontrei isto:
 
 (2003)
 
Também acho pouco, muito pouco, mas é o que se arranja.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Porque, pasmem-se, a Mam'Zelle também percebe de roupa de Gala


Nesta altura, os blogues enchem-se de glamour com fotos e mais fotos de VIPs e mais VIPs em passadeiras vermelhas do mais chique que há. Ele foi os Golden Globes, os Óscares, a Gala da RTP, a Gala do MET e, mais recentemente, os "nossos" Globos de ouro e agora o Festival de Cannes*.
(As minhas mais sinceras desculpas, desde já, caso me tenha escapado qualquer coisinha. É que dou tanta importância a estas tretas como dou aos sorteios daquela cena das facturas na RTP, é que é tal e qual).
E é ver blogues e mais blogues a dissertarem sobre a vestimenta daquela gente importante toda e com conhecimento de causa, atenção. Devem ter tirado um curso sobre o tema ou coisa assim. Umas dizem que o que está a dar é o verde alface naquela sua fase em que nos esquecemos dela na prateleira do fundo do frigorífico e já passou de murcha; outras dizem que é o azulão (deve ser um azul com ar de macho, ou coisa do género); outras apostam tudo no vermelho porque não há nada mais elegante do que uma socialite a fazer pandã com a bela da passadeira.
Eu cá não tirei curso, nem pretendo fazer concorrência aos blogues que, efectivamente, dominam o assunto. No entanto, e só porque sim, apeteceu-me dar aqui o meu palpite sobre a matéria.
Podem mandar postas de pescada e outros quantos palpites e bitaites, mencionando todas as cores do arco-íris e mais alguma. Agora, para mim, uma coisa é mais do que certa. As cores que estão efectivamente a dar que falar é o preto-rendado e aquele creme-versão-lisa que, para ser mais tendance, se passou a chamar de nude ou lá o raio.
Ora vejam:
(uma gaja qualquer - Festival de Cannes 2014)

 (outra gaja qualquer - Festival de Cannes 2014)


Palpita-me que não serão os dois ou três gajos - que ainda por aqui passam e que nem costumam ligar a estas coisas** - que dirão o contrário. Seus safados...


 * tal e qual como há dois anos atrás (aqui), continuo sem perceber por que raio as ilustres bloggers nacionais não dão destaque aos outfits do Festival de Cannes. É um boicote à "minha" França, é? Malandrecas, pá.
** bem, há pelo menos um que liga de certeza. Diz que é estilista de lingerie fina daquela com combinações-de-cores-que-nem-lembram-ao-diabo.

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(Bolachita, versão adivinha-lá-quem-tem-as-gengivas-mai'-lindas-do-mundo, com 7 meses e 20 dias)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Coisas minhas e do tempo


Eu cá não sou bipolar (pelo menos isso). O tempo é que é. Malvado cheio de manias, pá.

Aquelas coisas muito giras mas que me metem confusão

A loiça em exposição na cozinha.
 


Não digo que não seja bonito, ter as tigelas, os pratos, os copos e os talheres à vista. Essencialmente quando se tem loiça bonita, colorida e de estilos e modelos variados. É muito giro sim senhor. Dá um toque divertidamente desleixado que me agrada.


 
 
Mas eu cá nunca poderia ter a minha loiça em prateleiras abertas na minha cozinha. E não, não é por não ter loiça gira, que até a tenho. Aqui o problema é outro.
Vamos lá ver uma coisa. Então e o pó? E a gordura? E esses micróbios todos que andam pelo ar? Para mim, utensílios que tocam em comida têm de ser guardados em armários fechados. (Chamem-me maníaca e paranóica da limpeza à vontade. Assim como assim, já me chamaram coisas piores.) Por isso mesmo, ter optado, na casa nova, por uma cozinha sobrelotada de armários. De cima a baixo, em quase todas as paredes (e são paredes com perto de 3 metros de altura). Só uma é que escapa. E só escapa porque, logisticamente falando, era impossível essa parede também levar os seus módulos de arrumação. Eu sei que não é tão estético. Eu sei que a minha cozinha vai parecer/ficar um pouco sobrecarregada. Eu sei. Mas vai ser (enfim, assim o espero) super prática. A graça vai estar nas cores usadas e nos materiais escolhidos. Vamos lá ver como fica. Estou em pulgas para que a cozinha - uma das minhas divisões de eleição - fique pronta.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A minha* Sílvia é uma fixe!


Não gosto quando oiço a campainha, lá em baixo. Muito raramente é mesmo para mim. Tocam em todas as campainhas, para que alguém lhes abra a porta do prédio. Eu cá não tenho jeito nem pachorra para porteira. Nunca abro. Nem quero saber.
Quando acontece perto da hora de almoço, costumo gostar. Já sei que deve ser o carteiro. E se precisa de tocar é que é uma encomenda. E, quando é uma encomenda, volta e meia é uma surpresa. E já não é novidade para ninguém que aqui a Mam'Zelle aprecia uma bela de uma surpresa.
Anteontem não foi excepção. Hora de almoço. Toque da campainha. Vejo o carteiro com o seu capacete enfiado na cabeça no intercomunicador. Confirma-me que é uma encomenda para a Mam'Zelle. Carrego no botão que abre a porta do prédio. Ouço o elevador a subir. Visto à pressa algo mais decente. Abro a porta. Recebo o que é meu de direito, depois de um bom dia e de um sorriso ao carteiro e ao seu capacete. Volto a fechar a porta e abro, cheia de curiosidade, o envelope.
Desta vez, foi a Sílvia. A única pessoa, que conheço fora do mundo pequenino da blogosfera, a saber qual é o meu blogue. Não preciso de dizer mais nada. Se lhe dei este privilégio é porque é uma fixe. 
 
 
Não estava nada à espera desta surpresa. Gostei muito. Mesmo. Da prenda em si - sem dúvida a minha cara - do postal, da mensagem. E, essencialmente, do gesto. Tão bom saber que viste o saco, lembraste-te de mim e não resististe em fazer-me uma surpresa. Obrigada amiga. És mesmo uma fixe!
(mas olha, a minha porta não é "L" de linda, é "I" de irresistível... A tua sorte é o carteiro já me conhecer.)


* salvo seja, coitada. Só tem o azar de ser minha amiga.

Aquelas músicas... (4)


que ouvimos, gostamos, vamos à descoberta do vídeo e passamos a gostar ainda mais. Estão a ver?
Pois bem, para mim, esta é a última em data a conseguir tal feito.
 
 

 
 
 
Já agora. Quando for grande - ou numa próxima reincarnação, vá - quero dançar assim, como a Maddie Ziegler de doze anos.

Le temps des cerises (2)




à nouveau là,
mais j't'adore toi!
 
 


terça-feira, 20 de maio de 2014

Private Joke Blogosférica #13



...

(toma!)

:p

Ainda pensei usar a ideia para a casa nova mas depois achei melhor ficar quieta até porque não sou pessoa de roubar ideias a casa alheia #3



Porque é de manhã, já passou uma noite inteirinha e ainda não estou em mim


Hugo Almeida?... Hu-go Al-mei-da?... REALLY?!!!??!!!!






Por agora, era mesmo só isto. Até porque, como estou cansada de dizer, aqui a Mam'Zelle não pesca nada de futebol. E, pelos vistos, não sou a única. Digo eu...
Não tenho nada de pessoal contra o moço, atenção. Mas também não tenho é memória curta (pois, pois, pois... só relembrando as poucas vezes que me dei ao trabalho de mencionar o Huguinho).



nota: o mundial ainda nem começou e já tenho saudades tuas, Vic.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Então e este? Dá cadeira eléctrica?*


Última filha de Uma Thurman, de seu nome Rosalind Arusha Arkadina Altalune Florence (se souber disto, quem fica roidinha de inveja é a "nossa" Luce). Diz que a tratam por Luna.

 (Bolachita com 1 mês e 10 dias, já lá vão mais de seis meses. E não é que, revendo as fotos, já tenho saudades dela tão pequenina?)
 
 
Agora pergunto: não teria sido mais sensato baptizá-la logo de Luna?
É caso para se dizer: por que raio fazer simples quando se pode fazer complicado. VIPs...




nota: sim, eu sei que a piquena já nasceu há quase dois anos. Mas eu cá só soube da coisa há uns dias. Não, não compro a revista Caras todas as semanas, aliás nunca comprei. Não, também não vou a sites de cusquices-cor-de-rosa. Sim, é um dos meus inúmeros defeitos/lacunas. Sorry. 


* porque não pude deixar de pensar em ti e neste teu post quando me deparei com a bela da notícia.

Ele há coincidências*. Está visto que sim. #1


Alertaram-me para aquilo. Disseram que tinha tudo a ver com isto. E eu achei graça.
 
Nada de virem para aqui enxovalhar uma pessoa e acusá-la de dor de cotovelo. Que eu cá não tenho pachorra para manadas, críticas sem fundamento e frescuras de fundamentalistas. Atentem nas datas dos dois posts em questão antes de me apedrejarem e defenderem com unhas e dentes - ou outro objecto cortante qualquer, que isso do gel e outros nails decor podem ser frágeis, não faço ideia - a papisa da blogosfera. Estamos entendidos, seus pequenos póneis?



* ou então tenho poderes de clarividência e nem sabia. Até que dava um jeitaço. Vou ter de averiguar a coisa.

nota: assim de repente, percebi que estou a dar visibilidade - e à borla, atenção - ao blogue mais visto do país. Sou uma alma generosa, não restam dúvidas.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

32/52


(Bolachita - em modo tenho-bochechas-mais-fofas-do-que-as-tuas, estou-tão-feliz-da-vida-por-causa-disso, que-até-me-babo-toda - com 7 meses e meio)

Há quem mostre as unhas envernizadas #2


... eu cá (depois do pulso esquerdo) mostro o joelho esquerdo.



Aqui fica a rica prenda, em modo souvenir, que trouxe comigo de França.
Sim, estatelei-me no chão. Não, não andava a brincar à cabra cega nem a correr pelo jardim, como o fazem os putos. Admito que este joelho esmurrado faz-me lembrar as típicas quedas de criança. Mas, já não tenho idade para isso. Tinha ido à casa de banho e tropecei num dos muitos caixotes espalhados pelo chão, cheios de tudo o que se vai acumulando num apartamento ao longo de trinta anos. Sim, podem rir à vontade. Apesar da dor, também me ri, pelo estúpido da situação, na altura. Deu até para desanuviar um tico do ambiente pesado que por lá havia.
Eu trouxe este belo dói-dói. A Bolachita trouxe uma constipação daquelas com tosse persistente e narizito a pingar. Vamos lá ver se os ares de Portugal nos curam das nossas maleitas...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Idade da "razão" o cara...ças!


Se nem eu - com trinta e tal anos de idade - toquei, uma vez que fosse, numa treta dessas de iPad's e afins, vou lá iniciar a Bolachita a tais modernices?!


Querem ver que é por causa disto que a Bolachita, com sete meses e meio, ainda não tem nem um dentito para amostra? Será que é a falta da porra do iPad? Bolas para mim, mãe desnaturadíssima.

Vai mas é pastar, ó Académie des Sciences.

The 52 Project - Vamos lá actualizar isto #8


31/52

(Bolachita, versão vais-ter-de-te-esforçar-um-tico-mais-para-levares-com-um-sorriso-meu, com 7 meses e 6 dias)




esclarecimento: ainda consigo fazer aquele tal esforço para levar a minha avante, como se pode ver na foto que se segue, tirada uns segundos depois da anterior.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Já tenho desculpa


Antes, como ainda acontecia aqui, não tinha. Agora, com a chegada da Bolachita, já tenho. Tenho razões de sobra para comprar livros (supostamente) infantis. Adoro. Sou viciada. Poderia ficar horas a fio a olhar para as ilustrações, a forma das letras, as cores, os pormenores, maravilhada.

Sempre que ia a França, tinha de trazer um. Desta vez, trouxe três.

 
Nem imaginam o difícil que foi não trazer mais uma dúzia. O bom da coisa é que, agora, já não olham para mim de lado. Nem fazem uma cara esquisita quando explico que não são para oferecer a filhos de amigos (ou às minhas sobrinhas, quando eram mais pequenas), que são para mim. Tenho a desculpa certa. São para a Bolachita. E assim, num piscar de olhos, passo a ser uma mãe do mais extremoso que há. Fixe.
 



nota: já tenho os três 1Q84. Foram-me oferecidos uns cinco meses depois de ter escrito aquele post. Li o terceiro e metade do primeiro. Não me perguntem por que raio comecei pelo último. Pode ser?

Estamos de volta


Como previa, a semana foi longa, complicada, cansativa. Nem sempre respirei tão fundo quanto devia. Nem sempre é fácil pôr a funcionar o autocontrolo necessário em determinadas situações. Basicamente, a vida não é fácil. Mas isso, já não é novidade para ninguém.
 
Mais uma viagem de avião com a bolachita. Mais uma vez, só nós as duas. Portou-se muito bem na ida, um pouco mais rabugenta na volta. Mas não chorou nem uma única vez. Para lá, os passageiros que estavam à nossa frente, quando se levantaram no final do voo e se aperceberam que tinha ido uma bebé atrás deles, até ficaram espantados por não terem dado por ela. É que, durante o voo todo, ouviram-se vários bebés/crianças a chorar. Como disse a senhora que ia ao meu lado "É que esta mãe sabe usar o truque certo, a mama".
 
 
 
 
E assim se fechou um ciclo. Eu que, desde que vim viver para Portugal (já lá vão quase dezoito anos), sempre fui no mínimo uma a duas vezes por ano a França, não devo lá voltar tão cedo. O apartamento onde vivi dos seis aos dezoito anos - e para o qual voltava, até ao ano passado, assim que tinha férias/disponibilidade - vai ser devolvido no final do mês. Uma parte de mim fica naquelas divisões revestidas a papel de parede florido. Daquele bem antigo. Uma parte de mim fica lá. Eu cá tenho de seguir em frente.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

À malta que por aqui passa









Os próximos dias anunciam-se longos e difíceis. Respirar fundo. Fechar os olhos e respirar fundo. Não me esquecer de respirar fundo.
Volto dentro de uma semana. Até já.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Querem ver que me estragaram o esquema todo, com a merd* da brincadeira?

 
Eu não queria falar neste assunto. Juro que não. Primeiro, porque já meia blogosfera falou no caso. Depois, porque, quem falou, falou muito bem. Finalmente, porque quando se deu a volta ao assunto, não há mais o que acrescentar. Mas, assim, de repente, lembrei-me que tinha uma filha. Lembrei-me também que, por acaso, essa filha é uma bebé com menos de um ano de vida. Juntei um mais um e percebi que este assunto tinha de me tocar pessoalmente, no mais profundo do meu ser. Só por isso e por mais motivo algum, é meu dever falar aqui no caso Mimikas. Não numa perspectiva castradora, de crítica destrutiva, como o fizeram certos blogues de renome. Mas sim na perspectiva de uma mãe que quer o melhor para a filha (Mam'Zelle e Bolachita, respectivamente).


Vamos então ao que interessa.

Eu pr'aqui a imaginar, com toda a convicção do mundo, que a minha Bolachita, quando fosse grande, seria uma mulher de sucesso (não saindo à mãe, mas só neste aspecto). E vai-se a ver, chega um Mimikas e tira-me qualquer esperança que tal aconteça um dia. Tudo isto por causa do nome escolhido. Pelos vistos, um simples nome faz toda a diferença. E que diferença, minha gente. O caso é sério.
Então é o seguinte, segundo o ilustre pai do pequeno Mimikas, qualquer recém-nascido que se preze tem de ter um nome com determinadas características para chegar longe (tipo Austrália ou Conchichina, suponho eu). Pois que aqui a Bolachita terá de se ficar mesmo por Coimbra e arredores, que o seu nome não dá para mais. É triste. É devastador. Mas a realidade é só uma e temos de a aceitar com a paciência e a humildade que tal situação requer.
Vejamos agora os aspectos necessários para se ser um bebé com futuro promissor:
- O nome não pode ter cedilhas nem acentos. Fiquei radiante. E estupefacta. Como é que consegui tal feito? Então não é que o nome da Bolachita não tem nenhuma dessas mariquices? Palmas para mim.
- O nome tem de começar por uma letra que fique lá para o meio do alfabeto, para a criança não ser nem das primeiras nem das últimas a irem ao quadro. Bolas, aqui o meu entusiasmo baixou um tico, tipo soufflé de principiante. O nome da Bolachita começa por uma das primeiras letras do alfabeto. Fosca-se. Preparem as pedras, os calhaus. Mãe como a Mam'Zelle tem de ser linchada por tamanho erro. Mas esperem lá. Vamos pensar melhor que este pormenor até se resolve. Uma coisa é certa, o nome também não começa pela primeira letra do alfabeto. Ou seja, se houver muitas Anas, muitos Antónios, muitas Auroras, muitos Álvaros, muitas Alexandras, muitos Andrés, muitas Armindas, muitos Albanos e por aí fora na turma dela, a Bolachita está safa. Ufa! Querem ver que a coisa até vai lá com um pouco de boa vontade.
- O nome tem de ter só duas sílabas. Porra pr'a isto. E, essencialmente, porra pr'a mim. O nome da Bolachita tem quatro sílabas. O dobro das recomendadas. Chatice. E agora, hein? Isto é que é um caso sério. Pensa, Mam'Zelle... Pensa. Tem de haver solução para isto. E, de repente, fez-se luz nesta minha cabecita oca. Fácil. Super fácil. Basta dar-lhe um petit-nom. Para além de ser super chique, dá para inventar qualquer coisinha só com duas sílabas sem grande esforço. Bola ou Chita. Hum... acho que consigo melhor. Já houve quem se chegasse primeiro e usasse estes fofinhos petit-noms. Chichi. É pá, soa a fralda suja. Chichu. Fica Chichu e não se fala mais nisso. Estou a sair-me bem. Muito bem. Super bem. Diria até mega bem.
- O nome tem de ter a letra K. Caraças. Por esta é que eu não esperava. Trocaram-me as voltas todas. Nem o nome, nem o petit-nom que eu escolhi para a Bolachita tem K. Como é que eu não me fui lembrar de uma coisa destas? K é, em português, a letra mais lógica para ser usada no nome de qualquer recém-nascido (eu não disse que sou uma mãe desnaturada? Confirma-se). E agora? Já que me consegui safar com os itens anteriores, tenho de ultrapassar com sucesso mais este obstáculo para o bem da Bolachita e da sua carreira internacional de sucesso. E que tal alterar um tico o petit-nom? Assim como assim, só lho dei há coisa de trinta e quatro segundos. Dá para alterar na boa. Vamos lá ver. De Chichu passa para Chiku. Ui, calma... assim fica uma palavra homófona de uma marca conceituadíssima para putos. Ainda sou acusada de contrafação. Isso é que não dava jeitinho nenhum. Não vai de uma maneira vai de outra. Kichu. Boa. Está feito. E pensando bem, olhando para a coisa com olhos de ver e com o distanciamento necessário, pergunto-me como é que fui capaz de pôr outro nome à Bolachita. Kichu é do mais giro, internacional, poderoso e respeitável que há.
 
Obrigada, Kapinha. Fico-te a dever uma.
Para todo o sempre, agradecida.

Ainda pensei usar esta ideia para a casa nova mas depois achei melhor ficar quieta até porque não sou pessoa de roubar ideias a casa alheia #2


 
Até porque, na casa nova, não vai haver banheira. Tinha duas, mandei tirá-las. Não sou de ficar ali na água, com sais de banho e outras pinderiquices. Não tenho pachorra. Pronto.

Ah pois é...



Não vou acrescentar nem uma palavrita sequer. Até porque está tudo dito e se for eu a falar ainda ousam insinuar que estou é com inveja do corpinho da moça. Como se a Mam'Zelle precisasse de invejar corpitos alheios. Enfim.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Este mundo pequenino que consegue ser um tico grande


Soube, desde cedo, que tanto se ganha como se perde, neste mundo grande. O meu carácter pessimista realista ensinou-me que se perde sempre mais do que se ganha. Não há nada a fazer. É assim mesmo que ele funciona, o mundo grande. Temos de saber lidar com ele. Temos de aprender - a cada diga que passa - a aceitá-lo como ele é. Ter plena consciência e desfrutar daquilo que nos dá de bom. Aceitar e aprender com aquilo que nos rouba. Ultrapassar (na medida do possível) e seguir em frente. Melhorar.
Ontem, foi dia da mãe. Não sou de ligar a esta coisa dos dias marcados. Já o disse. Quem por aqui passa já o sabe. Aliás, já deve estar farto de o saber.
Ontem, foi o dia da mãe. O primeiro. O primeiro que passei enquanto mãe. O primeiro que passei sem a minha. É assim, mesmo. Não há nada a fazer. Ganha-se e perde-se. E eu, que não ligo nada a estas coisas de dias marcados, tive um dia menos bom, ontem. Com um aperto na garganta. Ou no coração, porque não dizê-lo. A malta, que não é burra, já percebeu que isto da maternidade deu-me cabo do sistema. Lixou-me o esquema. Baralhou-me. São as hormonas. Caraças das hormonas.
Ontem, também foi um pouco o meu dia. O primeiro. Mas ninguém me felicitou por isso. A Bolachita ainda é pequenita demais para me dar um beijinho ou me fazer um desenho especial para comemorar a data. Ninguém me desejou um feliz dia, nem eu tive a quem o desejar, pela primeira vez. Enfim, quando digo ninguém, não estou a ser correcta. Quando digo ninguém, estou a falar do mundo grande. Porque, na realidade, houve uma pessoa que não se esqueceu de mim. Uma pessoa que só conheço do mundo pequenino. Nunca o vi mais gordo (até porque, pelo que vi em fotos, a gordura dele é pouca). Mesmo assim, não se esqueceu de mim, nesse dia da mãe que, agora, também é meu.
Foi um "simples" email. Sem floreados. Sem grandes conversas. Sem paleio desnecessário. Mas foi o suficiente para desfazer, por momentos, aquele nó, aquele aperto que sentia. E os meus olhos sorriram. E fiquei contente por alguém se ter lembrado de mim. Afinal, pensando bem, este mundo pequenino que é a blogosfera também consegue ser um tico grande. Um pequeno gesto inesperado e acontece magia.

Obrigada a ti.

É mais ou menos isto #8





And i'll remember
The love that you gave me
Now that i'm standing on my own
I'll remember
The way that you changed me
I'll remember
 
(Madonna - I'll remember)
 
 
 
Teria feito 102 anos no fim-de-semana, a minha Mamie Z. Sempre comigo, na minha memória cheia de saudades dela. Sempre comigo, em quase tudo o que eu sou. Parabéns, mãe Z're. 
 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O Bananita é um fixe!



E, por agora, mais não digo. Que ele é o maior convencido de todos os tempos que existe à face da terra, arredores e outros mundos desconhecidos. E se disser mais alguma coisa ninguém o atura (se é que alguém o consegue aturar, mesmo sem eu dizer tudo o que ele merecia que eu dissesse depois de me ter feito esta deliciosa surpresa*).
 
 
 
 
Obrigada, Bananita. Muito obrigada.
 
p.s. quanto a certos pormenores da história, a gente depois conversa...
 
nota: eu bem que tirava foto também à tablete de chocolate, mas desapareceu, misteriosamente, num abrir e fechar de boca olhos ;)

* sim, foi mesmo surpresa e sim, teve piada. Recebi o dito "pacote"/"embalagem"/"carta" (aquilo chama-se simplesmente envelope, ok?!) na quarta-feira passada, por isso o teu mail não estragou nada. Podes ficar tranquilo e dormir descansadinho. E não, não precisas agradecer. Ora essa.