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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Esclarecimentos necessários para o bem comum #30


Se tivesse de me definir, numa palavra, não escolheria, com toda a certeza, a palavra "mulher". Nem tão pouco a palavra "mãe" seria a minha escolha.

Nunca me identifiquei com a maioria das características que são tidas como femininas. Não partilho os supostos gostos/interesses do mulherio. Faço questão de ir à casa de banho sozinha e nunca recorri aos serviços de uma manicure.
Vivi trinta e cinco anos da minha vida antes de conhecer a realidade da maternidade. Quase a minha vida toda, portanto. Seria extremamente redutor, a meu ver, definir-me essencialmente como mãe. Nada contra aquelas pessoas que só perceberam quem realmente são, que só descobriram a razão da sua existência e só se sentiram vivas e completas depois de terem dado à luz. Agora, o certo é que não me revejo minimamente nesse tipo de filosofia.

Se tivesse de me definir, numa só palavra, diria, inequivocamente, que sou uma pensadora. Sou, de facto, essencialmente, um ser pensante.
Atenção. Não uso, nem quero que entendam, este termo no sentido simplista que é, geralmente e uma vez mais, atribuído aos seres de sexo feminino. Sabem, quando se quer caracterizar alguém e se diz "Ai e tal... aquela gaja pensa muito."? Estão a ver aqueles pensamentos, quanto a mim bobos, que, geralmente, mais não são do que o remoer de cenas frívolas e sem interesse profundo? Conseguem destacar alguém do vosso círculo familiar, de amigos ou conhecidos que está sempre a fazer perguntas porque, simplesmente, não sabe lidar com o silêncio? Que, grande parte das vezes, dá logo a seguir uma resposta tão banal quanto a pergunta ou que, simplesmente, nem espera pela resposta porque não interessa nem ao menino Jesus? Não é de nada disso que estou aqui a falar.
Uso o vocábulo 'pensar' no sentido de reflectir, de analisar, de ponderar, de criticar (no seu sentido mais lato). De, constantemente, desconstruir para melhor entender. De Pensar. Ponto.
Ou seja, o que melhor me define é a capacidade de pensar e de jamais, em momento algum, deixar que o façam por mim.
E isso é lixado.
É cansativo.
Extenuante, por vezes, até.

Saber-me-ia para lá de excelentemente bem, de vez em quando, deixar andar. Aproveitar a onda e aceitar o pré-estabelecido como sendo o certo, tal e qual tanta gentinha-feliz-da-vida faz. Interiorizar o politica e socialmente correcto e fazer disso lei absoluta para me reger, dar-me-ia, a mim e à minha cabecita pensadora, umas férias do caraças. Trar-me-ia uma paz interior, própria de gente básica, bastante tentadora. Sedutora, até.
É-me, no entanto, impossível.
Não dá.
Não consigo.

Infortunadamente,
não posso.

E, pensando bem,
não quero.







nota: numa era onde a palavra "feminismo" virou moda estampada em t-shirts e afins, tenho plena consciência do quão 'crucificada' posso ser por algumas considerações que teço. O certo é que grande parte de quem desfila, com a palavra a baloiçar no peito, não tem noção do seu significado. Nem tampouco faz um escaravelho (para não usar outra palavra que, com esta, rima) para apoiar a ideologia que tal conceito abraça, muito pelo contrário.

terça-feira, 23 de junho de 2020

É mais ou menos isto* #11 - especial desconfinamento

 


 
(…)
Si tu savais comme c'est bon
de pouvoir te revoir
de pouvoir te parler
de te toucher.
 
Si tu savais comme c'est bon
de pouvoir te revoir
pouvoir t'enlacer
et t'embrasser.
 
 
 
 
 
 
 
* mais ou menos isto, para a maioria das pessoas. que não eu. entenda-se.
[Quoi que… pensando melhor… há ali uma espécie de abraço que ficou para trás e merecia que se lhe tirasse a prova dos nove, do dez, ou lá como se diz.] 
 
 
O certo é que, mal ouço esta música, só me apetece dançar, mesmo agora não podendo. E isso é que importa.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Dúvida existencial do momento #8


 [daqui]



Será que esse bendito dia, efectivamente, chegará?
Será que a maré, realmente, a meu favor cambiará?
É que, lamentavelmente, a espera por dias melhores já vai dilatada.
E já faltou mais para, irreversivelmente, dar em tresloucada.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

QUARENTenA




Se fizeste anos nos últimos dois meses,
se estás prestes a fazer,
se não pudeste, ou não irás poder, 
com as tuas pessoas celebrar,
para não arriscar,
cumprindo a quarentena,
tentando manter a alma serena,
este mimo, em forma de post, é para ti.

PARABÉNS
a todos.


Agora, um   
FELIZ ANIVERSÁRIO,
em especial, 
a quem faz anos hoje;
quarenta,
hoje.

segunda-feira, 23 de março de 2020

Porque a conjuntura internacional assim o exige...



vou ter de mudar o cabeçalho deste meu casebre.


Amanhã, cá estará ele.
Se, entretanto, eu não estiver assoberbada de afazeres diversos.
Óbvio.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Inspirado no homem que vivia numa caixa de correio




Vivo agarrada a um combiné,
dos antigos,
alojado num balão,
de banda desenhada,
a flutuar,
num verde vivaz
que ironiza,
descaradamente,
com a dilacerante
ausência
de qualquer réstia de
esperança;

em mim.

segunda-feira, 16 de março de 2020

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A fingir que também fui aos Óscares


Tcharã...

.

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Hein? O quê?
Ai o dress code exige vestimenta comprida?
E escondia estas pernitas de alicate?

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Mas que ideia mais tonta. 
pfffffffff.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

O que realmente tem piada, neste post sem grande graça, é que a minha mãe me queria chamar Victória.


Se a Sara Sampaio - com barriguinha que parece de grávida de três meses mas que afinal só estava com gases - pode desfilar para a Victoria's Secret sem que se lhe possa chamar a atenção porque a menina fica complexada; então, qualquer mulher pode reivindicar o mesmo, com toda a legitimidade do mundo. Incluindo eu, que tenho mais uma dúzia e tal de anos em cima do lombo (treze anos e meio de diferença, para ser mais exacta) .

Vamos lá malta colocar umas asinhas leves e abanar a anca. Que a vida são dois dias, mas o desfile mais badalado do ano só dura umas horas e é transmitido justamente hoje. (yep. o meu timing - e não só - é de uma perfeição invejável.)






nota: a Sarinha não estava com barriga nenhuma. lisinha lisinha como os donuts que deve ter enfardado antes de desfilar. isto aqui é tudo inveja. e porque não sou como ela. e porque sou mulher. e porque as mulheres são todas umas grandes invejosas umas com as outras e vêem coisas que só um cego não consegue ver.