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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

E é isto #12


O problema é que, volta e meia, tenho de me esforçar em demasia para estar alegre, para tentar ser feliz.

Não devia ser assim.






Nunca deveria ter de ser assim.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

E é isto #9


Tenho chorado mais do que seria de esperar, nos últimos tempos.


Nunca fui de lágrima fácil. 
Desde pequena que sempre me senti uma insensível de primeira. Na altura, tinha a minha irmã como objecto de comparação mais próximo. E ela chorava muito. Por tudo e por nada. Era a irmã mais velha. Um exemplo, portanto. E chorava muito. E eu sentia-me uma má pessoa por não chorar como ela.
Lembro-me de ver as lágrimas escorrerem-lhe pelas duas faces todos os dias, quando terminava mais um episódio de La petite maison dans la prairie (se não me engano, Uma casa na pradaria, por cá). E sentia-me mal. Cheguei a beliscar-me, para ver se as lágrimas também me vinham. Mas foi só uma vez. Que aquela cena até doía e, lágrimas, nem vê-las.
Bastava o meu pai (ou a minha mãe, ou a minha avó) falar-lhe de forma um pouco mais rude, que ela desatava a chorar. Quando sobrava para mim, ficava tipo petrificada e lixada por dentro, mas nem uma lágrima me saía.

Essa cena estranha de eu não chorar mudou. Depois de a minha avó morrer (devo estar a usar este verbo pela primeira vez, falando da minha avó e continua a custar-me usá-lo), passei a chorar com maior facilidade. Evoco um assunto mais sensível e, inevitavelmente, as lágrimas nascem-me dos olhos. Por mais que tente segurá-las por lá, começam a correr feitas doidas até aos cantos da minha boca. Não consigo controlar. E isso irrita-me profundamente. Mas tenho de me render às evidências. Não há nada que possa fazer para voltar a ser a miúda (aparentemente) insensível que outrora fui.


Tenho chorado muito mais do que seria de esperar, nos últimos dias.

Para alguém que iniciou um novo ano há pouco, toda entusiasmada e confiante de que esta nova etapa seria mais bela e feliz, bem que me lixei.
Agora é aceitar as coisas como elas são e seguir em frente.
Aliás, como sempre fiz.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Gosto muito de rissóis de camarão, mas só desde ontem


Ontem, o meu pai veio cá com um homem para, disse ele, 'dar um jeito ao jardim lá atrás'.
Pouco antes da hora de almoço, foi comprar frango assado para os três. 

Para além do frango - e do arroz de cenoura que também veio porque, pelos vistos, fazia parte de uma promoção - o meu pai trouxe-me outra coisa.
- Também te trouxe dois rissóis de camarão, disse ele, estendendo-me um saquinho de plástico.
- Para mim?, questionei, com cara de parva.
- Sim. Então não és tu que gostas muito de rissóis de camarão?
Peguei no saco com os dois rissóis. Foi esta, a minha única resposta. Estender a mão, em sinal de aprovação.

Nunca liguei a rissóis de camarão. Nem de camarão, nem de carne, nem de outra coisa qualquer, para ser mais exacta.
Nunca gostei muito de rissóis. Assim é que é.
Quem gostava - e muito - mas só dos de camarão, era a minha mãe.

Se havia uma festa - fosse ela um casamento, um baptizado, ou outra celebração qualquer com direito a entradas diversas - era certo e sabido que a minha mãe andaria à procura dos rissóis de camarão. Dos rissóis de camarão e das pinças de caranguejo panadas, assim é que é. Os primeiros para ela, as segundas para mim. Porque a minha mãe sempre se preocupou (demais) comigo. Porque a minha mãe sempre quis o melhor para mim. E a satisfação com que me trazia, num pratinho branco com guardanapo a condizer, umas quantas pinças de caranguejo panadas, dizendo já te fui buscar estas porque é a primeira coisa a desaparecer e depois não comes nenhuma, é a maior prova disso mesmo.
Quando íamos de viagem, ou de passeio e que o meu pai parava num café, snack bar ou coisa do género para ir à casa de banho ou beber uma cerveja e refrescar a garganta, a minha mãe dizia-lhe, ó Ramiro, se tiverem rissóis de camarão, traz-me um. Mas só se for de camarão. Tu vê lá. E o meu pai trazia-lhe sempre dois. E a minha mãe ficava toda contente.

Por circunstâncias f*didas da vida (que ainda hoje me custam demais aceitar), nunca mais irá comer rissóis de camarão, a minha mãe. Estou em crer que, a partir de ontem, eu é que irei comer todos aqueles que ela pediria ao meu pai se ainda cá estivesse. E vou ficar contente. 

Gosto muito de rissóis de camarão. De todos aqueles que o meu pai me trouxer. Mas só desde ontem.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

E é isto #3


Um vazio em mim.


Toda eu, um vazio. Nada mais do que um imenso vazio.
É que não foi só no coração defeituoso que esse vazio se instalou. É no corpo todo. 
Porque, tal e qual como tu dizias e eu sentia, toda eu era tua. Porque, tal e qual como tu dizias e eu sentia, tu e eu éramos um. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Do poder das palavras ou Das saudades




Bastou-me ler aquela frase para sentir umas saudades tremendas de algo que se foi.
Não são saudades dos produtos em si. Essas, posso matá-las com bastante facilidade.
O que eu senti foi uma saudade tramada de vivências, de hábitos, de momentos*. Saudade de uma parte de mim que perdi e que não tenho como recuperar.
Aquela parte que se foi e jamais voltará.


* como estes aqui
(e, sim, o natal vai ser uma daquelas épocas lixadas)

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Fartote de fim-de-semana

Três de enfiada, foram os filmes franceses que enfardei no passado sábado. Tinham em comum, para além de serem comédias, o actor Franck Dubosc. Pura coincidência. Os dois primeiros até são do mesmo realizador. Coincidência pura. Só me apercebi agora, quando fui buscar os cartazes para colocar aqui.
A box está cheia de gravações. Tenho de começar a ver com afinco o que por lá vai e ir apagando o que já foi visto. Caso contrário, deixo de poder gravar o que passar daqui para a frente. Uma trabalheira. (explicação racionalmente lógica)
Preciso de rir. Com urgência. Muito. Os últimos tempos não têm sido fáceis. Agosto está a ser particularmente difícil. Rir, despreocupadamente. Rir, sem pensar em mais nada. É disso que mais preciso. Foi isso que tentei fazer, este fim-de-semana. Uma necessidade. (razão emocionalmente válida) 







E, no domingo, aviei mais este. Género um pouco diferente dos outros três, não deixando de ser comédia. Vi essencialmente pela Audrey Tautou, actriz de quem sou fã desde Le fabuleux destin d'Amélie Poulain.

 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aquela casa (per)feita para mim


Andei muito tempo à procura de casa. Durante meses e meses (a bem dizer, passou mais de um ano) percorri Coimbra com vários agentes imobiliários. Fiquei a conhecer ruas por onde nunca tinha passado. Fiquei perita em áreas, exposições solares e outras coisas mais.
Foi muito difícil encontrar uma casa que correspondesse ao que eu queria. Foi muito difícil entrar num espaço e sentir que poderia ser o meu futuro lar. Pensei, por várias vezes, que não seria possível chegar lá. Mas, um belo dia (pensando melhor, talvez não fosse tão belo assim), apresentaram-me aquela casa. E, antes mesmo de entrar, gostei dela. Gostei daquelas paredes, daquela fachada antiga, dos seus pormenores. Entrei e confirmei o que, para mim, já era óbvio. Era aquela casa mesmo que eu queria. Tanto a quis que hoje é minha.
 
Havia muito para mudar, na minha casa. Era antiga. Estava maltratada. Mas tinha um charme inconfundível. Começaram-se as obras. Entusiasmada, fui escolhendo os materiais que a iriam tornar efectivamente minha. E o tempo foi passando. E as obras iam estagnando. E as desculpas foram surgindo. E eu fui aguentando e acreditando na palavra de quem não merece o chão que pisa. Fui mantendo a calma porque aquilo era o início de uma nova vida. Fui adiando o inevitável porque queria acreditar que a Bolachita dormiria no seu quarto novo antes de completar o meio ano de vida.
Mas um dia não deu mais. Um dia tive de dizer basta. E o pior não é ter investido dinheiro no vazio de um empreiteiro sem escrúpulos. O pior não é a Bolachita ainda ter de dormir num quarto que não é o dela. O pior não é ter sido roubada e ter a casa num estado lastimável. O pior também não se fica por todos os problemas que surgiram depois disso e que não têm resolução à vista (e acreditem que esta parte está a ser do mais lixada que pode haver).
O pior de tudo é já não conseguir entrar naquela casa. O pior é o entusiasmo se ter transformado, a pouco e pouco, num misto de cansaço incomensurável e desilusão profunda. O pior é já não conseguir ver à frente aquele sítio que imaginei como sendo o lar perfeito para mim.
 
O pior é, antes mesmo de poder ir para lá viver, já não sentir aquela casa como sendo minha.

domingo, 3 de agosto de 2014

Das sequelas que ficam dos meus, já famosos, fins-de-semana


É quando estou com uma dor de cabeça tal - que mais parece que a minha testa se vai abrir a meio e, mesmo assim, insisto em não tomar nada para tentar amenizar a coisa - que ponho a hipótese de estar a ser, pela primeira vez na minha já significante (no sentido de longa e não no sentido de relevante) existência, um tico teimosa.
 
 
 
(a bela da construção frásica usada neste post é propositada. Está a fazer pandã com o meu estado emocional.)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Mesmo já sendo Agosto, outra vez


Para mim, não haverá mais verões.
Podem voltar os dias inundados de sol, o calor abrasador, as sardinhas assadas com pimentos e broa de milho, os corpos definidos dos nadadores salvadores, as bolas de berlim polvilhadas de areia, as peles morenas com cheiro a protector solar, a agitação das festas e romarias, os caracóis acompanhados de torradas com manteiga, as talhadas sumarentas de melão fresco, os vestidos leves e coloridos, o cantar hipnótico dos grilos, as noites estreladas. Pode voltar isso tudo e muito mais. Mas, para mim, o verão não volta mais.

No ano passado, como cheguei a confessar (aqui), o meu mês de Agosto deixou de ser o que sempre tinha sido até então. Já não houve verão. Mas a esperança era muita. Tanta. Inabalável.
Tinha a certeza, porque não poderia ser de outra maneira, que aquele ano seria uma excepção. Tinha a certeza, porque pensar de outra forma seria doloroso demais, que o Verão iria voltar com este mês de Agosto que hoje começa. Tinha a certeza, porque seria tremendamente injusto de outro modo, que já teria a minha mãe à minha beira de novo, por esta altura.
 
A esperança pode ser lixada. A perda, essa, é lixada demais.

domingo, 6 de julho de 2014

Até que enfim


Mais um fim-de-semana a terminar. Ufa!
 
Já não tinha um fim-de-semana tão mau há algum tempo. Não quero com isto dizer que os anteriores tenham sido bons, atenção.
Alto lá. Também não pretendo dar a entender que não poderia ter sido pior. Sei perfeitamente que poderia. Pode sempre. Tenho noção disso. Não preciso que o próximo seja péssimo a valer para vislumbrar algo de positivo nestes dois dias que agora acabam. Mesmo assim, tal discernimento não me serve de consolo. Não me ajuda a enxotar o cansaço dos ombros. Nem tão-pouco me deixa encarar os próximos tempos com entusiasmo, ou algum alento que seja (já que optimismo é algo que nunca tive).
 
Devo ser das poucas pessoas que dispensava, sem qualquer dificuldade, os fins-de-semana. Não lhes acho piada alguma. E isso é tremendamente triste. Eu sei tão bem disso.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

É na alma


Chegou a primavera. O céu cinzento e chuvoso foi-se. O tempo deixou finalmente de fazer pandã * com o meu estado de alma. Sim, estado de alma e não estado de espírito.
Uma coisa é estar-se descontente porque sim. Porque acordámos com os pés de fora. Porque, simplesmente, estamos num dia menos bom. Porque, efectivamente, algo nos correu menos bem. Porque o tempo lá fora não nos deixa vestir a mini-saia que acabamos de comprar e que é tão gira.
Outra coisa é sentir que nos estamos a desfazer por dentro, mas, ao mesmo tempo, não termos o direito de sentir a nossa dor em pleno, porque temos a melhor bebé do mundo a depender de nós. A precisar de nós, da nossa atenção, do nosso bem-estar, da nossa disponibilidade total. E a verdade é que não vai precisar só hoje e amanhã. A verdade é que vai precisar nas próximas décadas.
É por isso mesmo que há instantes em que tenho dúvidas se é uma sorte ou não tê-la. E é nesses momentos, nesses micro milésimos de segundos (que nem chegam a ser momentos, na verdade) onde sinto que seria mais fácil se a bolachita não estive aqui, porque poderia mandar tudo às urtigas e sofrer sem filtros, que percebo que é a alma que está destroçada. A alma, não o espírito.

 
 
 
 * nunca cheguei a perceber como se escreve esta palavra, se é que ela realmente existe escrita...

sexta-feira, 4 de abril de 2014

12.03.14 - o dia em que me tiraram a esperança


Estou triste. Estou tremendamente triste. Digo isto sem a ironia que costumo usar por aqui.
Devem achar estranho este meu desabafo, visto, ainda há pouco, ter publicado um post bem humorado. Um daqueles posts que, para além da informação que transmito, costumo escrever também com o objectivo de fazer sorrir a malta.
O post desta manhã foi escrito no dia 11 de Março. Último dia em que ainda havia esperança. Pouca, é um facto. Mas eu sou assim, neste tipo de situações, não consigo deixar de ter esperança até ao derradeiro minuto. Podem me avisar, vezes sem conta, que não faz sentido, que depois vou sofrer ainda mais, que tenho de me render à realidade dos factos, às ditas evidências. Sou tal e qual os miúdos. Abano a cabeça de cima para baixo, como que a concordar e aceitar o que me é dito, só para não ter de ouvir mais do mesmo. Só para não ter de ouvir o que não quero. Mas na verdade, no fundo, no fundo, lá bem no fundo - no coração, será? - não quero saber. Acredito piamente que as coisas podem mudar. Acredito sempre que enquanto há vida há esperança. E assim foi. Tive esperança até ao momento em que o telefone tocou, dia 12 de Março, ao início da tarde.
Devo confessar que são raros os posts que publico logo após os ter escrito. Pode passar um dia, dois, uma semana, um mês. Alguns deles já estão nos rascunhos há mais de um ano. Esses, acredito, ficarão por lá mesmo, nos rascunhos.
O post desta manhã foi escrito no dia 11 de Março, ao final do dia. Não o publiquei logo. Ficaria para o dia seguinte. Na manhã do dia seguinte, vi um vídeo que me chamou a atenção e decidi publicá-lo logo. Depois, preferi publicar umas fotos com a bolachita. O post desta manhã ficaria para a tarde. Mas já não houve tarde, naquele dia. Tiraram-me a esperança. Levaram-na, assim, de repente, juntamente com a minha mãe. E o post desta manhã, escrito no dia 11 de Março, pensado para o dia 12, só hoje foi publicado. Ainda não me sinto com força suficiente para escrever de novo posts cujo objectivo é tentar fazer sorrir a malta. Por isso, fica o post escrito a 11 de Março. O último post escrito enquanto ainda havia esperança.

 
Já agora, a dúvida que tinha na altura, matem-se ainda hoje. A quem souber esclarecer-me, muito obrigada.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

E, hoje, somo mais um


do que o ano passado.

Sou a mesma. Mas tanta coisa mudou.
Fazendo as contas, já estava grávida da bolachita, há um ano atrás. Mas nem sonhava com algo parecido.
Tentei vestir aquele vestido das fotos de novo, há dias. Não me serve.
Nada de ficarem já todas contentes, gajas maldosas. Não me serve nas mamocas. Só nas mamocas. Que o resto está tal e qual como há um ano atrás. Ok, tenho a pele da barriga a descascar-se toda. Aquela linha vertical, vestígio da gravidez, também está a desaparecer. Só isso.
A minha mãe ainda se sentia cheia de saúde, há um ano atrás. Não paro de pensar nisso. O estado dela não me deixa parar de pensar nisso. Estou triste. Não me lembro de estar assim, no meu dia de anos. Mesmo já tendo estado pior, há treze anos atrás. Devo ter apagado esse aniversário da memória. Este ano é diferente. Este ano ainda há esperança. Este ano estou cansada. Estou muito cansada, mas não desisto de ter esperança.

O meu pai ligou-me, logo pela manhã. Cedo. Estou em Portugal há quase dezoito anos e o meu pai nunca me ligou nos meus anos. Nunca me desejou os parabéns. A não ser hoje. Preferia que não me tivesses ligado, logo de manhã cedo. Preferia que não me tivesse desejado os parabéns, hoje. Como não o fez, há um ano atrás.
Era bom sinal.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Aqueles dias...


Há dias em que me custa muito abrir aquele sorriso que sempre achei indispensável, tenha o que tiver a pesar-me no coração, na alma, no corpo todo. Diria até imprescindível, esse sorriso. Isto, por várias razões.
 
A mais óbvia. Para que ninguém venha com aquela cara de pena enjoada perguntar o que se passa connosco. Aquela cara que menos queremos ver quando estamos em baixo. Pelo menos, falo por mim que não sou de me abrir nem de desabafar e que não suporto ouvir esse tipo de pergunta.
 
A mais altruísta. Para não passar a nossa energia menos boa para os outros que nada têm a ver com os nossos problemas e os nossos estados de alma mais sombrios. Sempre gostei de ver as pessoas bem dispostas à minha volta e se eu tiver alguma culpa na boa disposição alheia tanto melhor. É aquela coisa que já aqui disse várias vezes e que tento imprimir nos meus posts: nasci palhacita, por isso mesmo, gosto de fazer rir a malta.
 
A mais importante. Para não ficar a lamentar-me e a perpetuar por tempo indeterminadamente infinito esse meu mau estar, essa minha dor, essa minha tristeza, essa minha fragilidade. Pensamento positivo, vontade de espantar as más energias e de dar a volta por cima; acreditar. É o mais importante em tais situações. E um belo sorriso é meio caminho andando para chegar lá.

 
Mas há dias em que custa mais que outros. Há dias em que, por mais que nos esforcemos, o sorriso não sai. O sorriso teima em deixar vencer os olhos húmidos, os cantos da boca descaídos e aquele vinco na testa (aí mesmo, entre as sobrancelhas) que não engana ninguém. Há dias em que pura e simplesmente o sorriso não acorda, fica antes adormecido, paralisado porque está cansado de fazer de contas que está tudo bem quando, de facto, não está.
 
Os últimos dias foram, infeliz e lixadamente, dias assim. Outros (melhores?) dias virão.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Verdade existencial #3


Não repitas vezes sem conta. Tens de entender que os sentimentos não nascem, nem crescem, nem mudam assim. Aceita.

Não me digas o que eu já sei. Não digas aquilo que, desde sempre, soube. Por mais bonito e sentido que seja, continua a ser, sem dúvida,  o que mais me custa ouvir. Respeita.
 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

É mais ou menos isto #5







Tout est chaos, à côté
Tous mes idéaux: des mots Abimés...
Je cherche une âme qui pourra m'aider
Je suis d'une géneration désenchantée, désenchantée
(...)

Dis moi,
Dans ces vents contraires comment s'y prendre
Plus rien n'a de sens, plus rien ne va.
 
 
 
(e não, a entrevista que o primeiro ministro de todos nós deu ontem à noite, não tem nada a ver com isto. Talvez.)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

La phrase qui tue #3


Se optar pelos óculos à nerd, como tu gostas, mesmo eu não gostando, ficas comigo para sempre?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Verdade existencial #2


Isto não vai lá. Nem vestindo a camisola.





E não dá mais para continuar a culpar o tempo lá fora. O tempo cá dentro é que anda todo lixado. Tenho noção disso. E aqui reside o problema em questão: ter consciência da coisa é que é tramado.



nota: para quem queria ver o novo corte, aquele que me proporciona três dias de loucura (não me canso de o relembrar), aqui está ele.

sábado, 6 de outubro de 2012

É mais ou menos isto #4

 
 



There's nothing that I can really say
I can't lie no more, I can't hide no more
Got to be true to myself
(...)

You gave me more that I can return
Yet there's so much that you deserve
Nothing to say, nothing to do,
I've nothing to give
  (...)

 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

É(ra bom que fosse) mais ou menos isto #3



On va s'aimer
On va danser
Oui c'est la vie
lalalalala
(C'est la vie - Khaled)




 

 
Como devem calcular, não percebo patavina do resto da  letra desta música. Parece até que há lá uma crítica qualquer. Mas nem quero saber. Entendo o refrão e isso chega-me.