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quarta-feira, 1 de março de 2017
Devia era ter arranjado um Francês. Eu sabia. Gaita.
nota: ei, calma aí. também não são minúsculas, muito menos inexistentes, nem sou uma gaja complexada, ok?
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Conversas em tempo de crise
Ontem.
Na cozinha.
Sentados. Ele e eu. Frente a frente. Na península que sonhei ilha mas que não passou do sonho por causa dos escassos metros quadrados que compõem o espaço.
- A que horas foste buscar a tua almofada?
- Por volta da uma e pouco, acho eu.
- Não voltes a fazer isso, está bem?
- ...
Não lhe respondi por não saber se estaria, de facto, bem.
Entre dois goles de chá. Sem nada a acompanhar. O que, por si só, já é surpreendentemente revelador.
- A verdade é que f*demos, mas as coisas continuam mal, o que é f*dido.
Não me respondeu. Não abriu mais a boca. A não ser para falar breve e desajeitadamente do tempo lá fora, depois de ter ido respirar fundo a uma das seis janelas da sala.
(quinze de Agosto de dois mil e dezasseis)
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Ouro sobre azul
Nunca antes esta expressão tinha alcançado a plenitude do seu significado.
Nunca, até há poucos dias atrás.
Poder entregar-lhe o seu prémio, ali, no sofá vermelho da sala.
E saborear, intensamente, cada pedacinho daquele momento.
- Sabes o que seria ouro sobre azul, neste preciso instante? - perguntei-lhe, encostada ao seu coração em gota acelerado pelo esforço que acabara de fazer.
Um sorriso maroto, foi a resposta que me deu.
[Para quem não sabe, equivale a um sim convicto, na linguagem dos malandros.]
Ainda bem que me atrevi a perguntar.
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Porque isso das alcunhas, dos petits noms e das mascotes (ou lá o raio) não é fruto do acaso não.
banana é feminino.
limão é masculino.
a banana e o limão são amarelos.
girafa é feminino,
e a girafa também é amarela.
a arara, essa, não é amarela.
mas a Lisa é.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Metia as minhas dez mãos no lume, se as tivesse, conforme iria ser assim.
Se isto fosse a brincar,
Se houvesse volta a dar,
Irias gozar com aquela situação.
Irias teimar que foi tudo encenação.
Um estratagema astutamente orquestrado por mim,
Para comer sozinha o brownie de manteiga de amendoim.
Se isto tudo tivesse sido a brincar,
Se houvesse alguma volta a dar,
Se estivesses, aqui, ao meu lado.
Se a nossa história não tivesse acabado.
(onze de Junho de dois mil e dezasseis)
terça-feira, 30 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Porque (quase) nunca é tarde demais
Um ano depois. Foi tão a tempo.
E soube-me melhor ainda.
Obrigada.
(estava a cruzar os dedos, quando disse que não tinha comido. :p)
sexta-feira, 29 de julho de 2016
sexta-feira, 1 de julho de 2016
"bolas, não sei explicar, mas é como se fosse um produto A e depois (...) fosse o produto B e os dois juntos mostrassem o motivo de o Universo existir." *
Encontrámos, há tempos, aquela fotocópia numa das bandas desenhadas francesas que guardo no aparador antigo da sala. Já não sei especificar em qual, se num Astérix ou num Tintin. Foi descoberta por acaso, quando vasculhavas os meus tesouros de infância. Estava lá, aconchegada entre duas pranchas cheias de vinhetas coloridas. Sorrimos. Os dois. No entanto - e uma vez mais - não conseguimos deixar de dissertar, cada um à nossa maneira, sobre o peso que um e outro teve neste nosso interesse mútuo. Queria que confessasses que tinhas sido tu a ter mais culpa no cartório. Acredito que esperasses o mesmo de mim. Ninguém cedeu.
Terá sido um sinal?
Ontem, encontrei a tal fotocópia de novo. Não foi por acaso, desta vez. Fui mesmo à procura dela. Quis lê-la de novo. Sozinha.
Sentei-me na cadeira de baloiço que fica à beira da janela. Nessa mesma cadeira onde estavas tu, da última vez que tive esta fotocópia na mão.
Mal comecei a ler as primeiras palavras - escritas por ti, num tempo que deixámos de reconhecer porque deixou de ser nosso - percebi que tinha sido má ideia. Não deveria ter ido à procura desta fotocópia. Não faz sentido. Não me faz bem. É-me estranha. É como ir à procura da garantia de uma jóia que se perdeu. Diz lá tudo. Tintim por tintim. As características. As especificidades. O valor da jóia. Só que a jóia já não é minha. Não me pertence mais.
Perdi-a.
Com sorte, será encontrada por alguém que lhe saberá dar o devido valor.
Perdi-a.
Com sorte, será encontrada por alguém que lhe saberá dar o devido valor.
O valor que, enquanto foi minha, eu também lhe soube dar.
(catorze de Junho de dois mil e dezasseis)
* desculpa, não consegui transcrever à letra. tive de remendar ali um errozito.
terça-feira, 28 de junho de 2016
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