Nunca antes esta expressão tinha alcançado a plenitude do seu significado.
Nunca, até há poucos dias atrás.
Poder entregar-lhe o seu prémio, ali, no sofá vermelho da sala.
E saborear, intensamente, cada pedacinho daquele momento.
- Sabes o que seria ouro sobre azul, neste preciso instante? - perguntei-lhe, encostada ao seu coração em gota acelerado pelo esforço que acabara de fazer.
Um sorriso maroto, foi a resposta que me deu.
[Para quem não sabe, equivale a um sim convicto, na linguagem dos malandros.]
Ainda bem que me atrevi a perguntar.