terça-feira, 15 de setembro de 2020

Ataques há muitos, sua palerma!

Gosto de pregar sustos à Bolachita. É verdade.

E, como boa filha de sua mãe, a miúda não se fica.

Eu costumo ser sempre bem sucedida. Ela, muito menos.

A semana passada, escondeu-se atrás da porta da cozinha e, quando entrei, deu um grito, enquanto se agarrava a mim. E, eu, que não estava minimamente à espera daquela partida, retribui o grito acompanhado de um salto; reacções reveladoras de que a sua brincadeira tinha sido bem sucedida. O que, volto a frisar, é extremamente raro.


Se esta parte, que acabo de relatar, já era plenamente digna de ser registada, por assinalar uma das escassas vitórias da Bolachita na arte de sustos pregar, o melhor estava para vir.

Enquanto tentava recuperar a minha calma, disse-lhe:

- Que susto! Porra! Tu queres que eu tenha um ataque cardíaco?

- Mas... como? Se tu nem sabes Karaté... 

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