Prefiro relembrar, antes de mais, para os distraídos e todos aqueles que só agora descobriram o magnífico blog da Mam'Zelle*, que ela* não entende nada de futebol.
Vamos lá então.
1ª Parte: Ao fim de uns poucos minutos a ver a bola rolar pelo campo fora, já só me apetecia passar à (minha) fase seguinte: ir direitinha ao Continente e munir-me das bombas calóricas, inevitavéis para reanimar uma fé desfeita.
Mantive-me, no entanto, firme e, vinte minutinhos depois, já exteriorizava, a plenos pulmões, a minha satisfação. E, agora, tenho de admitir que sou uma vira casacas, uma troca tintas do piorio quando chegam estes momentos. Sim, confesso, por alguns milésimos de segundo, eu simpatizei, diria, até, gostei do Pepe.
A seguir, veio o segundo golo. Quase rejubilei. Postiga, afinal, ainda serviste para alguma coisa depois do Euro 2004**.
Mas Português que é Português sofre. E lá teve de entrar um golo na baliza do Rui Patrício, pouco antes do intervalo.
Intervalo - vou buscar o último triângulo de Toblerone***, única guloseima que me resta destes quatro dias de agonia. Estamos a ganhar, eu sei bem disso, mas é para controlar a ansiedade.
2ª Parte: Basicamente, só me apeteceu bater no Ronaldo. Com a força toda. À séria mesmo. Isto durante praticamente os 45 minutos. O segundo golo da Dinamarca não ajudou à festa. Houve até um remate falhado do nosso (salvo seja) capitão, já íamos nos setenta e tal minutos, em que pensei que o Hugo Almeida tinha reencarnado no Ronaldo. Verdade. Até fiquei com medo, acreditem. Como dizem os outros Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.
Foi então que apareceu o Varela e o meu instinto assassino foi-se, como por magia, num instantinho. Aquele golo soube-me melhor do que qualquer crepe com gelado, regado de chocolate ou caramelo quente e polvilhado de amêndoa ralada. Soube-me a vitória. E não há gostinho mais saboroso do que o da vitória.
Sendo assim, se a vidinha para além dos jogos da Selecção não me correr muito mal, vou dar tréguas aos meus processadores de gorduras saturadas e outras porcarias. Pelo menos, até domingo.
E, só mesmo para rematar, eu amo o Nani. O Nani jogador. Aquele que nunca abre a boquinha. Esse mesmo, pois tá claro!
* Sim, a Mam'Zelle sou eu. E, não, não sofro de distúrbio da personalidade, pelo menos que eu saiba. Mas estou solidária com os nossos jogadores. Só por isso escrevo, de quando em vez, na 3ª pessoa.
** Se estiver a ser injusta com o piqueno, peço desde já desculpa. Tenho inúmeras qualidades, mas a memória de elefante, no que toca a futebol, não é, infelizmente, uma delas.
*** Não, não sou patrocinada pela Toblerone. Mas, isso, suponho que já devem ter percebido, sem qualquer dificuldade. Quis, simplesmente, fazer como nos blogues fixes e desprendidos. Só que o meu não é fixe. E, eu, só sou desprendida por obrigação. Ou seja, ninguém me dá nada em troca de publicidade gratuita. Basicamente sou uma triste.
Epá, não vês que aquilo foi tudo para criar suspense? O CR7 está-se a guardar para a final :)
ResponderEliminarHum... pois, pois... A minha avó também costumava contar-me histórias. Só que era com príncipes e dragões... ;p
EliminarMas gosto de ver esse entusiasmo, Vic. Já acreditas que a malta chega à final. Isso é que é fé!