sexta-feira, 31 de julho de 2015

Querem ver que ando a criar uma serial killer em potência?


Aqui está o cenário a que assisto quase diariamente.


É verdade. Mal me descuido com a porta da varanda aberta, a Bolachita assassina os 'amiguinhos'. Actua sempre da mesma forma sadicamente metódica. O Mistigri, a Charlotte e o Urso pançudo são lançados, um a um, sem dó nem piedade, do nosso segundo andar para aterrarem, estatelados, no terraço da vizinha.



Agora pergunto. Será que é caso para uma pessoa se preocupar?


Escusado será dizer que quem tem de encarar a vizinha-do-terraço-do-rés-do-chão, quando a encontra à frente do prédio, sou eu. Coloco o melhor dos meus sorrisos nos lábios e lanço-lhe um "Bom dia!" ou "Boa tarde!" - consoante a hora - a soar a boa disposição mesmo quando nada, nesse dia, me levou a estar bem disposta. A ver se a senhora não perde a paciência e continua a colocar os 'amiguinhos' no primeiro degrau das escadas, em vez de os deitar no caixote do lixo mais próximo. Que a Bolachita, essa, nem sequer se digna olhar para a dita senhora.

De uma coisa tenho eu a certezinha. Ninguém merece. Nem mesmo uma mãe desnaturada como eu.

8 comentários:

  1. Eheheheh, a minha afilhada fazia o mesmo, então a mãe recolheu os brinquedos e colocou num saco preto de lixo e pôs à porta. Virou-se para a miúda e disse: "se não queres vão para o lixo", e fechou a porta. O que ela não contava era que o marido saísse de casa e levasse o lixo (como costuma fazer sempre!) e os brinquedos foram mesmo fora! (Já nem valeu de nada ir procurá-los ao contentor!)
    Agora, basta estarem desarrumados, quando se ouve: "Os brinquedos são para ir para o lixo?" são logo arrumados! (E mais nenhum voou pela janela!)
    Mas a Bolachita ainda é muito pequenina para isso. :)

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    1. Fora a parte de terem ficado sem os brinquedos, a técnica até que não foi má.
      Pois, se dissesse isso à Bolachita, ela olhava para mim e ria com aquela carita de ratito e nem queria saber. :)

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  2. Não é fácil opinar sem te deixar preocupada pois o primeiro instinto, depois de lido o texto e a resposta que dás ao primeiro comentário, é responder à pergunta (que queres retórica) do título do texto com um “sim”…

    Pobres bonecos! ;)

    Beijinho,
    FATifer

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    1. Tudo bem que a pergunta do título era retórica, mas a que vem a seguir, lá no meio do post, não o é. Por isso, fazes muito bem em responder, dando a tua opinião sincera. Por incrível que pareça, dadas as circunstância, não estou preocupada. Tenho esse problema, de não conseguir sofrer por antecedência. A vida é demasiado curta. Não há tempo para remoer o que poderá vir a acontecer. :)

      Pois, o maior problema é deles, mesmo. ;)

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  3. Ahahahah! Atenção, ainda está por provar que o Urso Pançudo não rebolou para o suicídio depois de mais um ataque de gula ao frigorífico!!

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    1. :D Bem visto, Maria. E, no seguimento desse brilhante raciocínio, podemos também considerar a hipótese de, ao rebolar, ter abalroado os ‘coleguinhas’, caindo os três da varanda. ;)

      A Bolachita é inocente e eu sou, sem sombra para dúvida, a mãe mais desnaturada à face da terra. :p

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  4. Tens que lhe arranjar um pára-quedas, não vá ela um dia querer ir atrás deles. Por outro lado, nota-se que o olhar da garota é assim-a-modes que Hannibal. Cuidado. Digo-te. Muito cuidado.

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    1. Fiquei cheiinha de medo. Digo-te. Cagadinha de medo.
      Quase como tu.

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