(AVISO: o post que se segue é do mais lamechas que há. Prometo, no entanto, não voltar a repetir tal coisa.) *
Estou sempre a pedir-lhe beijos. Sim, sempre. Umas quantas vezes por dia. E ela, nada. Não me dá nem um.
Costuma virar a cara para o lado e rir-se, a magana. Ou, então, foge a correr. Com aquelas pernitas pequenitas, a cambalear, tipo boneco de corda. E sempre a rir. Como que a desafiar-me. A brincar comigo. Como se quisesse mostrar-me o que as pessoas a quem recusei dá-los, um dia, sentiram na altura.
Mas eu não desisto. Ah não. Volto à carga. Todos os dias. Sempre. A pedir-lhe mais um.
Ontem à noite, estava para lhe dar o banho. E antes de a pôr na banheira, lembrei-me de lhe pedir o tão desejado beijo. Como sempre, pus-me de cócoras, a uns dois metros dela. E pedi-lhe, uma vez mais.
Cookie riquiqui, viens faire un bisou à maman, disse, apontando para a minha bochecha direita com o dedo indicador. Estava prestes a levantar-me, sem o meu beijo. Já estou mais do que habituada. Mal era se não estivesse, depois de tantos meses com o mesmo ritual e sem resultado algum. Mas, ontem, ali na casa de banho, entre o lavatório e a banheira, parei no meu ímpeto. Assim, de repente, vi a Bolachita a dirigir-se a mim. Toda sorridente, encostou a boquita dela à bochecha que lhe tinha estendido poucos instantes antes e deu-me um beijo. Daqueles repenicados, cheios de som. E, depois, abraçou-se a mim.
Bem. Aquilo, no momento, foi melhor do que ganhar o maior dos prémios (aliás, e pensando um tico, percebo que já o ganhei, há dezasseis meses e meio atrás, o maior de todos os prémios). Fechei os olhos e, acredito, parei de respirar durante alguns segundos. Tudo para não estragar o momento. Tudo para guardar aquele gesto na eternidade daquele instante. E apeteceu-me pedir mais um. Só mais um. Mas fiquei com tanto receio de ela se recusar de novo que preferi ficar só com aquele. Ali. Quietinha. A respirar o seu afecto.
Aquele beijo já ninguém me tira. É meu. Mesmo que, depois deste, não volte a ter mais nenhum.
Bem. Aquilo, no momento, foi melhor do que ganhar o maior dos prémios (aliás, e pensando um tico, percebo que já o ganhei, há dezasseis meses e meio atrás, o maior de todos os prémios). Fechei os olhos e, acredito, parei de respirar durante alguns segundos. Tudo para não estragar o momento. Tudo para guardar aquele gesto na eternidade daquele instante. E apeteceu-me pedir mais um. Só mais um. Mas fiquei com tanto receio de ela se recusar de novo que preferi ficar só com aquele. Ali. Quietinha. A respirar o seu afecto.
Aquele beijo já ninguém me tira. É meu. Mesmo que, depois deste, não volte a ter mais nenhum.
* pronto, já tinha prometido aqui que não voltava com mais lamechices. mas, em minha defesa, vou ter de relembrar que isto da maternidade transtorna uma pessoa e blablabla. culpem o raio das hormonas, ué!
nota: hoje, não resisti em pedir-lhe outro. ou seja, dois já cá cantam. ah pois. (vou pedir só um por dia. não se deve abusar da sorte.)
nota: hoje, não resisti em pedir-lhe outro. ou seja, dois já cá cantam. ah pois. (vou pedir só um por dia. não se deve abusar da sorte.)
Vais ter muitos, acredita! Até aos 12, pelo menos.. depois eles começam a ter vergonha de nós... ;-)))
ResponderEliminarEspero bem que sim!
EliminarEu dou-lhe a vergonha… ;p
😍😍😍 Lamechas mesmo mas com razão 😍
ResponderEliminarMam'Zelle tem sempre razão! ;p
Eliminarooohhh... q lindo :D
ResponderEliminarÉ pá… não exageres… ;p
EliminarTão bom *.*
ResponderEliminarÉ mesmo. :)
Eliminar1º -> Karma. Ahaha.
ResponderEliminar2º -> Efeitos da escravatura infantil? Aposto que sim.
1º --> Bem provável. Só não estou a ver onde fica a parte da piada.
Eliminar2º --> Perdeste a aposta.