ser-se uma gulosa do piorio.
Chatice ainda maior é ter plena noção de que a situação não tem remédio. Aquele momento em que já não se vislumbra qualquer solução capaz de afugentar tamanho mal de dentro de uma pessoa. Estão a ver?
Chatice ainda maior é ter plena noção de que a situação não tem remédio. Aquele momento em que já não se vislumbra qualquer solução capaz de afugentar tamanho mal de dentro de uma pessoa. Estão a ver?
Anteontem, como já sabem, apareceram os puxadores. Ontem, tinha de voltar à loja. Pois que os malditos vinham com defeitos.
On ne change pas une équipe qui gagne, diz-se lá por França. E, assim sendo, chegando a hora de almoço, tinha de escolher um repasto com alho. Decidi-me pelo Bisteca al Alho (que é como quem diz, bife de vitela com alho e louro, flamejado em vinho branco, acompanhado de polenta frita e feijão verde). Se tem alho é o que interessa, pensei eu. Muito bom e bem temperado, sentiram as minhas papilas gustativas.
Estava preparadíssima para voltar à loja com os puxadores debaixo do braço.
E aqui, neste preciso momento, é que a coisa se complicou. Tinham de me perguntar se queria sobremesa. Não podiam trazer logo a conta, arrumar o assunto e não se falava mais nisso. Não. O raio do empregado teve de puxar o assunto. E eu até que tentei resistir um tico. Até que fiz uma pausa de segundos para obrigar os meus lábios a darem a resposta certa. Mas, nada a fazer. Lá tive de pedir a carta e escolher a sobremesa mais... digamos imponente.
E todo o esforço que tinha feito para comer um prato com alho foi-se com a degustação desta coupe com frutos silvestres.
Já disse que este meu caso não tem remédio? Pois.
nota: mesmo assim, a malta da loja dos puxadores continuou super disponível e prestável. A responsável pela secção não se encontrava na loja. Expus a situação ao funcionário (que já tinha sido meu aluno noutra vida e que ainda se lembrava de mim como 'a professora de francês mais exigente que algum dia teve'). Expliquei-lhe o que achava melhor. O rapaz, esse, ficou de transmitir a ideia à sua chefe e pedir-lhe que me ligasse logo que fosse possível, com uma resposta. Assim foi. Meia horita depois, o funcionário-meu-ex-aluno já me estava a ligar. A chefe encontrava-se, naquele momento, numa reunião e não podia ligar-me, mas estava tudo certo. A minha proposta tinha sido aceite e ainda acrescentaram uns bónus pelo meio. Uns quinze minutos depois desta chamada, recebo SMS da chefe a reiterar o que já me tinha sido dito pelo funcionário. Elle 'est pas belle la vie?
Como é que a via que pasta pode ser bela, se estás à espera dos manipulos há meio ano?
ResponderEliminar1º - és um tradutor e pêras, Mustache. Fico admirada com esse teu talento.
Eliminar2º - mas o que raio a 'via que pasta (...) ser bela' tem a ver com os manípulos e o tempo que demoraram a vir, hein? Afinal percebeste bem as palavras. Agora apanhei-te! ;D
3º - mais um gajo que não se dá com números (suspiro - e não é daqueles de admiração. é mesmo daqueles de falta de pachorra). 'meio ano' são seis meses, não dois. helloooooooooo?!! ;p
olha a sobremesa...
ResponderEliminar2 bolas com um pau de la reine, que giro!
olha a mente perversa...
EliminarRectificações:
- não são duas bolas, são três (que aqui a Mam'Zelle não o faz por menos), só que a terceira encontra-se por baixo das outras duas.
- não é 'de la reine' coisíssima nenhuma, muito menos 'pau' até porque é palito que se diz (grande perverso mesmo - não tens vergonha?). Isto é uma cigarette russe.
Aprende, Urso. Aprende que aqui a Mam'Zelle não dura para sempre... ;p
só vejo duas mas ok! perverso no quê, só disse o que via, mas está bem! é isso palito, não me lembrava, obrigado ;)
EliminarAchas mesmo que nasci ontem?
EliminarNão se lembrava, diz ele... Tão inocente que quase me comoves, Urso... ;p
Não agradeças. Não me custa nada instruir a malta sempre que seja necessário ;)