segunda-feira, 30 de junho de 2014

Ele há com cada uma... (especial mamãs e papás)


A mim, mete-me uma certa confusão... pronto, pronto, para ser sincera, diria antes que, a mim, dá-me uma vontade de rir à gargalhada - de tão absurdo que é - aquelas mães e aqueles pais (são mais as mães, vamos convir) que ficam surpreendidíssimos e felicíssimos e orgulhosíssimos e babadíssimos e outras coisas do género quando a primeira palavra que a sua criança diz é a palavra "mamã" ou "papá".
Mas estavam à espera de quê, afinal? Até porque, não me venham com histórias de embalar (para ficar no mesmo registo fofinho), que eu tenho a certezinha que passam os dias - desde que nasceu a/o herdeira/o e até antes de nascer, aposto - a repetir essas mágicas palavras, articulando feitos anormais (não vá o puto perceber outra palavra qualquer). Qual o espanto? Qual é o feito, afinal, ser essa a primeira palavra dita?
 
Vamos lá ver uma coisa. Se a Bolachita disser - como primeira palavra perceptível, porque na língua dela já diz umas quantas e bem giras por sinal - "anticonstitucionalissimamente" ou "oftalmotorrinolaringologista", tudo bem. Até poderei ficar um tico surpreendida. Até poderei ponderar, quiçá, ficar minimamente orgulhosa (e, mesmo assim, não me parece motivo para isso. espanto, talvez. agora orgulho...).

Agora "mamã" ou "papá"? A sério? Mesmo? Poupem-me, ok?

Ganharam uma batalha. Admito pois. Mas não venceram a guerra. Ai isso é que não.


Pronto. Como devem ter percebido, boicotaram-me o header original, aquele com o gif das moustaches a mexer. Tive de me render às evidências. Aceitar e ripostar. E, sendo assim, aqui fica um dos novos headers (há mais dois quentinhos a aguardar no forno, pois então). Eis o substituto possível, por agora.
 

domingo, 29 de junho de 2014

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mas quem é esse tal de Dom Pipoco, afinal? 'Connais pas.


Eu cá não sei, nem quero saber.
E só não acrescento que tenho raiva de quem saiba porque não me dava jeito nenhum ter meia blogosfera (dois terços, vá) à perna.
Sossego é bom e eu gosto.
 
 
 
E até digo mais. É que não conheço. Não estou para aí virada. Nem faço tenções disso.  Para que fique perfeitamente esclarecido. Pronto.




nota: sim, aqui a gulosa inveterada estava com uma fraquezazita. E, claro, a escolha do tipo de biscoitos foi totalmente aleatória. Inocente e ingénua? Eu? Sempre.

terça-feira, 24 de junho de 2014

"Considera-te a maior das sortudas por não te ter posto, por baixo, uma blusinha rosinha-clarinho com folhinhos, lacinhos e brilhozinhos" (ou ainda essa coisa do relativismo)


Eis a minha resposta a esta birra da Bolachita.


E foi vê-la, de repente, parar de chorar. E, com os olhitos ainda a brilhar de lágrimas, fixar-me intensamente, como quem diz:

"Realmente, visto sob esse pertinente e luminoso prisma, tenho bué da muita sorte."




E, de seguida, oferecer-me o mais apaixonante dos sorrisos. Sorriso esse que só pode querer dizer:

"Não há dúvida que resista. És mesmo a melhor mamã do mundo. E, mais fixe ainda, és só minha."




E quem sou eu para discordar...

Tcharã (daqueles fracos, bem fraquinhos, sem direito ao rufar de tambores, que aqui a Mam'Zelle sabe muito bem que se portou mal)


Há um provérbio francês, inspirado em versos do poeta lírico e satírico Horácio, que diz assim: Chassez le naurel, il revient au galop.
Parece-me o provérbio perfeito para tentar explicar o (quase) inexplicável.
 
Então é o seguinte. Recapitulando o que tão bem expliquei aqui, a Mam'Zelle queria mudar de header. A Mam'Zelle queria um header em grande, para contrastar com aquele que lhe tinha precedido. A Mam'Zelle achou que, para isso, teria de seguir a nova tendência blogueira do Less is more, que é como quem diz, em bom português, Branco mais Branco não há.
A Mam'Zelle estava fartinha de saber exactamente quais as características que deveria ter o novo header para se tornar num fenómeno blogosférico. Preto em fundo branco. Nada mais. Só isso. Simples. Básico. PODEROSO.
 
E assim foi. A Mam'Zelle pegou no fundo mais branco que existe à face da terra. Escreveu o nome deste despretensioso blogue em letras pretas por cima. Et voilà! Fez-se magia.
Lindo. Só vos digo que ficou lindo. Tal e qual aqueles cabeçalhos que impõem respeito, estão a ver? Expressivo. Intenso. Potente. Marcante. Brilhante. Majestoso. MARAVILHOSO.
 
Mas, naquela noite, depois de ter feito o novo cabeçalho, a Mam'Zelle teve dificuldade em adormecer. Comichão. Que raio? Tinha uma certa comichão nas mãos que não a deixou dormir nem um tico. No dia seguinte, ao olhar para o novo header, sentiu que lhe faltava ali qualquer coisa. Nada de exageros, obviamente, mas um pormenorzito só. E assim foi. Lembrou-se que teria de levar, pelo menos, uma moustache ou outra. Vamos lá ver uma coisa, quer queiramos quer não, é a bela da moustache que define toda a essência deste blogue. Por isso mesmo, lá arranjou umas bigodaças pretas, a fazerem pandã com as letras. 
Na noite a seguir, mais do mesmo. O raio do sono que não vinha. E sempre aquela comichão nas mãozitas. De manhãzinha, lá teve a Mam'Zelle de acrescentar mais umas moustaches, aqui e ali. Desta vez, modelos coloridos. É que a Mam'Zelle gosta de cor e isso já não é segredo para ninguém.
Mais uma noite a chegar e mais uma insónia a impedir a Mam'Zelle de descansar. Maldita comichão que não parava. No dia que se seguiu, a Mam'Zelle teve de acrescentar, assim como quem não quer a coisa, umas fotozitas ao novo cabeçalho. Afinal, quem por aqui passa já se habituou a ver as fotos tipo passe da Mam'Zelle. Fazia todo o sentido colocar uma ou duas ou três ou quatro ou cinco. Pronto, afinal foram seis. Seis fotos e ficou o assunto arrumado.
E não é que, quando chegou a hora de ir para a cama, a Mam'Zelle adormeceu que nem bebé depois da última mamada? Verdade verdadinha. Foi tira e queda, qual Bela Adormecida. A Mam'Zelle dormiu, toda a noitinha, que nem pedra.
E assim se explica a demora (também não foram assim tantos dias) em aparecer o novo rosto do casebre. Tanta noite mal dormida e algumas alterações ao projecto inicial, eis a resposta.

 
Moral da história. Vai-se a ver e o header da Mam'Zelle não superou as espectativas. Porque o header da Mam'Zelle não entra no esquema. Porque o header da Mam'Zelle não é fashion-cool. Porque o header da Mam'Zelle não é poderoso nem maravilhoso.
Resumindo e concluindo. Porque o header da Mam'Zelle sai à dona e a mais não é obrigado.
E não se fala mais nisso.
E pronto.


 
 
Para aqueles que ficaram mesmo muito decepcionados com o novo header (e eu preocupadíssima convosco), têm bom remédio. Basta focarem só o nome do blogue e abstraírem-se do resto. Não é nenhum bicho de sete cabeças, vá. É só um esforçozito de concentração e está a andar.
 
 
 
nota: não sei por que raio, mas o novo header aparece pequenino pequenino. Ainda para mais, o gif só funcionou um dois minutos, depois, congelou. É pá, mesmo com um cabeçalho do menos fashion-cool que possa haver, estão-me a censurar a coisa? Desisto...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Por falar em combinações perfeitas


Ao escrever isto, lembrei-me da minha avó e de como também formávamos uma combinação perfeita.
 
Ao fim-de-semana, a minha mãe fazia sempre um bolo ou uma tarte. A tarte de maçã da minha mãe era simples: massa areada (feita por ela), compota de maçã (também caseira) e maçãs cortadas em meias luas finas, polvilhadas com canela. O que eu gostava mais era sem dúvida da massa areada. A Mamie Z, sem dentes e só com uma placa na parte superior, preferia a compota e as maçãs. Parece que a estou a ver, sentadita num dos sofás da sala, a comer com uma colher, daquelas de sobremesa, a parte de cima e a oferecer-me - piscando-me o olho e denunciando, assim, a nossa cumplicidade sem fim - a parte que não conseguia comer. Tinha sempre direito a uma dose dupla de massa areada, a minha e a dela. Para mim, não havia maior combinação possível. E era perfeita, a nossa combinação.

Tenho saudades das tartes e dos bolos de maçã da minha mãe. Tenho saudades daquelas rotinas que se vão instalando e enriquecem a nossa infância.
Tenho saudades delas as duas, essencialmente.