sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Ambiguidades ensolaradas


O mês de Agosto foi, durante quase toda a minha vida, o mês mais aguardado, mais feliz, mais colorido de todos os meses do ano.
Há quatro anos que deixou de ser o meu mês de eleição. 
Há quatro anos que este mês me angustia, me fere, me entristece.


O mês de Agosto é tramado porque traz com ele o melhor e o pior do meu mundo.  
Continua a ter das coisas que mais gosto. 
O calor que me aquece o corpo e o resto também. O sol que me faz sentir mais leve e mais solta. 
Mas deixou de ter o melhor que a vida tem. 
Uma âncora que te tranquiliza, te orienta, te fortalece. O sopro quente de quem te quer bem e te ama incondicionalmente. 

O mês de Agosto deixou de ter o abraço da minha mãe.

E, por mais que eu tente fingir que tudo está bem [e que bem que eu sei fingir estas coisas], sinto que nunca mais irei desfrutar deste mês, que agora termina, como em tempos tão bem o fiz.

                                            (escrito num dos últimos dias do passado mês.)






nota: viste, LAH? continuo a saber lamuriar-me razoavelmente bem. ;p

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