quinta-feira, 31 de julho de 2014

Eu, criança grande me confesso


Sou uma criança grande*. Não tenho como negar (aliás, já o confessei aqui, sem qualquer pingo de vergonha). Também não tenho vontade alguma de deixar de o ser. Há até quem diga que sou um bebé grande. Neste caso, e agora que me tornei quase perita na matéria, não posso deixar de discordar. É que, aqui a Mam'Zelle, não é desdentada. Aqui a Mam'Zelle não fala uma língua estranha que só ela entende (mesmo se, de vez em quando, até parece). Aqui a Mam'Zelle não precisa de ajuda para levantar o rabiosque da cama. Aqui a Mam'Zelle não põe a língua de fora por tudo e por nada (quoi que...). E, sendo assim, não restam dúvidas, portanto.
 
Durante a última semana, andei em pulgas a fazer uns trabalhos manuais. Daqueles que metem lápis, régua, tesoura, cola, feltros, ideias malucas a fervilhar e mãos sujas a trabalhar. Em suma, estive a fazer bricolage de criança. Algo que me dá gozo, mas que não fazia há algum tempo. Fiz muito disso, enquanto estive grávida da Bolachita. Volta e meia, surgia-me mais uma ideia que tinha de pôr em prática para ela. Tenho caixotes e caixotes cheios de desenhos, quadros, trofeus e outras bugigangas que fui fazendo para decorar o quarto dela. O problema maior, neste momento, é saber quando é que ela terá esse quarto. Mas, isso agora, não interessa nada.

Estive, então, com a mesa da sala cheia de cortes e recortes. Profusão de cores. Lápis espalhados. Ou seja, confusão da boa. Tudo partiu da minha entrada numa simples loja. Mal entrei, dei de caras com um livro de actividades. Percebi logo que era perfeito para uma determinada pessoa. Trouxe-o para casa (o livro de actividades, não a pessoa, atenção. deus me livre de tal coisa...). E, a partir daí, foram surgindo ideias, umas atrás das outras. É que eu não sou pessoa de enviar simplesmente o livro. Tinha de tornar a coisa menos impessoal. Tinha de a tornar efectivamente minha. Tinha de ser uma surpresa de mim para aquela pessoa em questão. Uma surpresa que não faria sentido ser para mais ninguém a não ser ela. Disso é que eu gosto.
 
Tanta lenga lenga para dizer uma coisa muito simples.
Sou uma criança grande e gosto de pessoas que, consciente ou inconscientemente, me ajudem a nunca deixar de o ser.
 

 
Sendo assim, obrigada (também) por isso.



* acho uma chatice de todo o tamanho não haver um equivalente, no feminino, ao conceito de "puto". É que é isso mesmo que eu sou: um puto grande, só que em versão gaja.

(foram várias as vezes em que dei por mim a usar a palavra no feminino, quando queria referir-me a uma miúda. nem vos digo nem vos conto a vergonha estampada na cara com que ficava, logo a seguir. já consigo controlar melhor isso. mas não foi fácil.
Não sei se me fiz entender, mas vale o mesmo.)

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Venham daí essas encomendas!


Já que aflorei aqui a minha estreia na arte do dê-uma-vida-nova-a-coisas-antigas-de-madeira, não podia deixar de vos mostrar o impressionante-de-tão-giro resultado. Preparados?

Aqui vai:

Esqueci-me de tirar foto da cadeira antes de ser lixada. Mas a diferença entre o antes e o depois deste primeiro passo não é significante. Por isso mesmo, não perderam nada de relevante.
 
 


Tcharãããããããã!


 
Fiquei a saber que não tenho grande jeito para a coisa. Enfim, tenho a desculpa de não me ter equipado com o material mais adequado. Essa é que é a grande verdade. Mas foi feito com todo o carinho que consegui encontrar dentro de mim. Por isso mesmo, até que fiquei bastante satisfeita com o resultado final.
 
 
Quem quiser ter, no seu doce lar, uma peça modernizada com gosto aqui pela Mam'Zelle, é só enviar email que eu logo vejo o que posso fazer.
 

 
 
nota: já agora, se for para renovar um berço, pintando-o de cor-de-rosa super clarinho (beurk!), tem custo acrescido. Que aqui a Mam'Zelle tem todo o gosto em tornar as coisas mais bonitas, mais coloridas, mais giras, mais interessantes e, porque não dizê-lo, mais fashion-cool. Agora, se for para 'afoleirar'/'apirosar' a coisa, indo assim contra os meus princípios, tem de haver compensação monetária. E choruda. Vou já avisando...

terça-feira, 29 de julho de 2014

Lá por se ser ruim e insensível não quer dizer que também se tenha de ser pobre e mal agradecida


Confesso. Sabe sempre bem receber mensagens - por mais parvas, incompreensíveis, impostoras ou irritantes que possam ser - que não venham da NOS, da Galp On, da Chicco ou da Prénatal.
 
 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O mundo está perdido #5


Aquilo foi mesmo a sério?, fiquei eu a pensar cá para comigo.
Será que é mesmo possível, em pleno século XXI, um casal jovem não saber o significado da palavra literalmente?
Não é uma palavra científica, nem de uma especialidade qualquer. Não é uma palavra estranha, nem difícil de se pronunciar. Não é uma palavra antiga, daquelas que deixaram de se usar.
Literalmente, porra. A palavra era, tão-só, li-te-ral-men-te.
 
 
E, sim, confirmo. É possível, em pleno século XXI, uma pessoa culta e letrada como a Mam'Zelle ver programas de bosta. Até poderia encaixar aqui a palavra literalmente. É verdade, sim. Nesta singela conversa. Tão simples quanto isto. Só para verem como é uma palavra do mais comum que há.
Então é assim. Consta que o primeiro episódio, do programa em questão, meteu trampa mesmo. Cocó de vaca, ao que parece. (In)felizmente, escapou-me essa preciosidade. É que só descobri a existência de tal pérola televisiva há relativamente pouco tempo. É uma pena.

E, sim, confirmo. Deveria ter vergonha na cara (não tenho nenhuma) e não ver este tipo de coisas (é mais forte do que eu). Mas, já dizia a minha Mamie Z, perfeito só Deus (e olhem que até desse desconfio).
 

42/52


(Bolachita, em modo não-vale-a-pena-tentares-tirar-foto-sem-eu-ver-que-eu-topo-te-logo, com 9 meses e 24 dias)

sábado, 26 de julho de 2014

Dúvida existencial do momento #4


Eu vou-me lembrando de certas cenas. Nem sei bem como.
E hoje - depois de terem passado as 15h07' e as 15h11' e as 15h19' e mais uns minutinhos - pumba! Veio-me uma dúvida, para lá de pertinente (como é meu hábito), à cabecita.
 
E a famosa dúvida é a seguinte:
O Principezinho* metia folga? O gajo folgava ao fim-de-semana?
 
É que já li a história há uns anitos. Não guardei todos os pormenores em mente. Alguns, os mais deliciosos, estão bem presentes na minha memória. Mas não armazenei a história toda, como é evidente.
E agora estou naquela. É que, por mais que me tente recordar, não me parece. Porque, se bem me recordo:
O Principezinho não era de falhar. O Principezinho não era de fazer uma pausa só por ser fim-de-semana. O Principezinho era esforçado. O Principezinho era do Bem.

O Principezinho não era um tretas. O Principezinho era um gajo de confiança.

Enfim, se alguém que leu o livro há pouco tempo me quiser deixar totalmente esclarecida, força. Seria imensamente gentil da sua parte.


[E, já agora. Parece-me que por mais versões chatas da história que alguns espertinhos se lembrem de fazer, a essência da mesma terá de ser mantida. Caso contrário, para além de serem versões chatas, serão versões estupidamente parvas. Digo eu.]



* Le Petit Prince, Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sou uma mãe desnaturada #5


Uso frequentemente (para não dizer quase sempre) toalhitas quando mudo a fralda da Bolachita. Por muito que me tenham dito que algodão com um pouco de água tépida é que é, ainda não me rendi totalmente à coisa.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Esperando por ti #4


E já que hoje foi dia de relembrar a gravidez.


 
Tenho a dizer que continuo com imensas saudades desta fase.

Miam! Miam! #4


Descobri a quinoa durante a gravidez e foi uma óptima descoberta, assim como o óleo de sésamo. (bem, o óleo de sésamo não foi tão pacífico. Ainda demorei um tico a habituar-me àquele sabor, diria especial) Aqui, com espargos (adoro) e um guisado de tofu e rebentos de soja.
Sou miúda para gostar muito de carne e peixe, mas também não desgosto de pratos vegetarianos. Comecei a apreciá-los na faculdade, já que comia quase sempre nas (cantinas) Amarelas onde serviam este tipo de pratos.
 

nota: este post foi escrito há uma carrada de tempo. A Bolachita ainda não devia ter completado um mesito sequer. Acho que já não como tofu desde então. Nem rebentos de soja. Nem espargos. Ainda estava a ambientar-me ao pós-grávida. É que, durante a gravidez, fui uma futura mãe exemplar (ai não acreditam? pois que é verdade, verdadinha. pronto). Não comi (quase) porcarias nenhumas. Uma coisa é estarmo-nos a marimbar para a comida saudável quando só implica a nossa saúde. Outra coisa é quando está a crescer um outro ser dentro de nós e que o que comemos interfere directamente no seu crescimento e na sua saúde futura.
Aqui, como disse, ainda estava naquela fase do menina-certinha. Mas, rapidamente, voltei à Mam'Zelle-gulosa-que-só-ela. Já não tenho cura.
Foi giro desencantar este post nos rascunhos. Nem acredito que quase quase me tornei uma gaja-blogo-cool-fashion-saudável. É que foi mesmo por um triz que não consegui chegar lá. Caraças...
Bolas p'ra mim. Pá.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Do preconceito


Acho muito feio (muito mais do que o Shrek - só para terem um termo de comparação) associar o sotaque alentejano a pessoas parolas ou saloias ou outras coisas menos simpáticas do género. Muita vergonha nessa cara, é aquilo que certa gente-zinha deveria ter.
 
E mais não digo, já que está tudo dito.

Pára tudo! #2


É oficial. A Bolachita já tem dois dentes.
Apareceram há umas três semanas. Estava à espera que crescessem mais. Para a notícia poder ser mais tcharã. Estão a ver? Pensava que, de um dia para o outro, as dentuças ficassem logo grandes. Afinal, a coisa leva o seu tempo.
Eu sei que ainda são pequenitos. Eu sei que ainda têm de crescer mais para serem dentes à séria. Eu sei, eu sei. Mas não consegui manter mais tempo este segredo. Não há paciência que aguente tanta espera. Uma novidade destas não se pode esconder ao mundo. É um acontecimento. É um feito. É uma notícia tão ou mais aguardada do que as previsões meteorológicas para a semana, quando chega o domingo à noite. 
A bem dizer, é o furo jornalístico do mês, quiçá do ano. E só será revelado aqui, no A miúda com pêlo na venta. E esta, hein? Com esta é que vocês não contavam.
 
 
Nada mais justo do que partilhar esta boa nova aqui com a malta.
Mas, por favor vos peço, não me agradeçam. Mãe é assim mesmo. É generosidade pura. É meiguice em estado bruto.
Mãe é amor ao próximo... é dar sem receber... é abnegação de si mesmo... e mais umas tretas quaisquer.

Já disse que era uma mãe desnaturada? Pois. Bem me parecia...

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dúvida existencial do momento #3


E hoje, cá estou eu, de novo, com a cabecita a andar à roda. Há certas coisas que não se entendem mesmo.
 
Ora vamos lá ver. Será que é só pelo gostinho de contrariar quem é mais esperto do que eles que os gajos insistem em serem parvos todos os dias?
Será que não são capazes de perceber/aceitar que uma coisa é imaginar, outra coisa - a anos luz da primeira - é ouvir?
 
Eu cá não preciso de uma SMS parva para imaginar o que quer que seja. Agora, preciso sim (salvo seja! simples força de expressão. é que se precisasse mesmo de parvalhões-armados-em-espertos, estava bem tramada da minha vida) que certas pessoas tenham os tomatitos (se não os tiverem que os arranjem, sei lá) no sítio para não morrer de tédio*. Será assim tão difícil de se entender uma coisa tão simples?
 
É que, rebelote, estou a matutar nisto há mais de vinte e cinco minutos e não há meio de encontrar uma resposta satisfatória. Aprrrrrrre.
 
 
 
* é pá... voltei a ler esta frase e a modos que me soou a introdução de filme porno. [Não que já tenha visto. A Mam'Zelle não é dessas. Mas imagino.] É só para vos sossegar. Não tem absolutamente nada a ver. Esta cena muito mais parece tirada de um qualquer filme do Manoel de Oliveira do que qualquer outro do Sá leão.
 

Do fashion matchi-matchi ou Do belo do pandã ou ainda Aquela mãe muito à frente chamada Mam'Zelle


Apreciem, vá:



Não estão a perceber? A sério que não chegaram lá? A mim, parece mais do que óbvio...

Pronto, pronto. Aqui vai uma ajudinha. Atentem nas fotos que partilhei AQUI.

Então? E agora? Já conseguiram absorver toda a beleza fashion-cool da coisa? Estou ou não estou muito à frente no que ao conceito super fofo do matchi-matchi diz respeito?
 
Para aquela malta mais lenta, menos ágil de cabeça ou menos sensível a estas coisas das modas e do bom gosto, a Mam'Zelle explica, fiquem descansados.
Ora bem. Isto do pandã entre roupas de mãe/pai e filha/filho já foi demasiado visto. Já deu o que tinha a dar. Resumindo, já era. Isto de combinar os modelitos já não impressiona ninguém. Já enjoa mais do que as curvas e contracurvas que temos de gramar até chegar à serra do Caramulo. Isto tem de levar uma reviravolta consistente e reflectida. Isto pede revolução orgânica a quem queira estar na vanguarda do estilo.
E, neste aspecto, a Mam'Zelle não anda a dormir (e não, confirmo que não é só por a Bolachita não a deixar pregar olho, é mesmo pelo amor à moda). Por isso mesmo, em vez de combinar uma peça da sua vestimenta com a da sua piquena, decidiu combinar essa mesma peça com o ambiente onde foram as duas socializar.
 
Na prática, e para vos esclarecer de uma vez por todas, o que está in (e se não está vai passar a estar - Mam'Zelle a lançar tendências desde 2012, nunca se esqueçam disso) não é tanto a mãe combinar com a filha, mas sim a mãe combinar com o décor/ambiente onde vai colocar a filha.
 
E eis que se fez luz nessas vossas cabecitas. Parece que vos estou a ver. Imagino-vos a todos (tantos!) que me estão agora a ler. Esses vossos olhinhos bem abertos, cheios de admiração. E essa vossa boca em "o", misto de surpresa e respeito frente a tamanha esperteza saloia visionária.
 
Rematando. Isto sim é ter uma pinta do caraças, hein? 
 
De nada. Voltem sempre.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dúvida existencial do momento #2


Estou para aqui a matutar, há mais de vinte e cinco minutos, num assunto. Até já tenho a cabecita a andar à roda, de tanto matu-tanso. Vejam bem uma coisa destas.
 
 
Será que há gajos que não sabem que uma SMS (que vem de short message service, ou seja, serviço de mensagem curta. isto é, sms = mensagem de texto, geralmente curta, para telemóvel) só se pode ler. Será que não se aperceberam, ainda, que não dá para ouvir nada?
 
Ai sorte maldita...

Ainda sobre os meus pés


No final do mês passado, fui avisada de que uma blogger estava a usar uma foto minha para ilustrar um dos seus posts. Fui ao dito blogue averiguar a coisa. E não era engano. Deparei-me, de facto, com uma foto minha. Foi estranho. Muito estranho. Nunca pensei que isso viesse a acontecer. O que é pura estupidez, já que, se coloco fotos no meu blogue, qualquer pessoa pode cá vir buscá-las. Tão simples quanto isto.

Em relação à foto em si e ao blogue em questão, tudo resolvido. Mandei um email à blogger e, logo no dia seguinte, já tinha retirado a foto. Nível de confusão, zero. Queriam bate-boca? Queriam insultos gratuitos? Queriam porrada verbal? Queriam sangue virtual? Pois que ainda não foi desta. Este blogue é fraquinho fraquinho, acreditem em mim. Uma vergonha. Nem uma boa confusão blogosférica consegue arranjar. Por isso mesmo, nunca passará de pequenino. E é assim mesmo que gosto dele. Uma pessoa afeiçoa-se. Não há volta a dar.

Voltando ao assunto. Mesmo estando tudo mais que resolvido, esta situação deixou-me a pensar.
Então, mas, será que tenho os pés mesmo giros? Será que o são, não só aos meus olhos (já confessei, penso que mais do que uma vez, que o que tenho de melhorzinho são mesmo os pés. muito orgulho neles, é o que eu tenho) mas também aos olhos de pessoas que não eu? É que a foto em questão é uma foto onde se vê a minha mão direita, os meus joelhos e os meus pés. E uma coisa é certa, tenho mãos (a direita ainda mais do que a esquerda, parece-me) e joelhos do mais básico que há.
Então, mas, será que andam fotos minhas por outros blogues? Será que a minha arte fotográfica anda espalhada por esse mundinho pequenino - mas tão fofinho - que é a blogosfera e eu sem dar por ela?
Então, mas, será que nunca conseguirei obter respostas a tanta pergunta legítima e oportuna?

 
 
Como vêem, tudo questões da mais alta importância. Questões para lá de pertinentes. A bem dizer, verdadeiras dúvidas existenciais de altíssimo relevo. 
 
Mas o mais estranho nisto tudo, faz-me questionar ainda uma outra coisa. Como raio é que a pessoa que me avisou se lembrou que aquela foto era minha?
É que, mesmo tendo aparecido num blogue que não o meu só no mês passado, essa foto já é antiga. Ilustrava um post que escrevi há mais de um ano. Depois, a blogger que usou a minha foto deu-se ao trabalho de cortar o logotipo caseiro (aquele do lápis a dizer Mam'Zelle com uma moustache à frente) que aparece em todas as fotos que coloco por aqui. Achei-a-linda, disse a blogger para justificar o facto de a ter usado.
Será que tenho uns pés assim tão inconfundíveis? Será que a pessoa em questão (a pessoa que me avisou, não a blogger que usou a foto, atenção) tem um fetiche por pés? Será que algum dia vou ter resposta para isto?
É que, parecendo que não, Mam'Zelle é tímida. Mam'Zelle poderia simplesmente - como devem estar para aí a pensar - mandar um email em resposta ao que recebeu com o aviso. Bastava perguntar à pessoa em questão que elucidasse estas intrigantes dúvidas. O problema é que sou demasiado acanhada para fazer tal coisa. Por isso mesmo, não o vou fazer. Mas podia...
 

domingo, 20 de julho de 2014

41/52


(Bolachita, em modo vê-lá-se-consegues-resistir-a-estes-meus-olhos, com 9 meses e 18 dias)

Custava assim tanto avisar?! ou De como aqui a Mam'Zelle é mesmo tapadinha de todo ou, ainda, Não bate a bota com a perdigota


Porreta para a malta.
 
Uma pessoa é distraída, que é. Uma pessoa não liga a certas coisas, que não liga. E depois, por causa disso mesmo, passa ao lado de verdadeiros acontecimentos blogosféricos.
E não há direito. Que este casebre é humilde, lá isso é. Que a Mam'Zelle não pesca patavina, lá isso não pesca. Mas a malta podia dar-lhe umas luzes de quando em vez. Só para não ter de se sentir tão deslocada, tão alien abandonada, tão tapadinha de todo.
 
Ora bem. Ninguém deve estar sem saber que há cada vez mais blogues cujo conteúdo só é perceptível por gente que passou um belo de um mestrado, quiçá um doutoramento, em especificidades blogosféricas. Pessoas que conhecem todos os meandros deste mundinho pequenino - mas tão fofinho - que é a blogosfera. Malta que anda nisto há uma carrada de anos e que papa posts, perfis, nicks e afins desde que se levanta, ao pequeno-almoço até à ceia, antes de ir dormir. Se quisermos usar uma comparação inteligente e esclarecedora, eles são a bota e eu sou a perdigota. Que é como quem diz, não batemos. Ou seja, e melhor ainda, eles são os especialistas e eu sou a desentendida neste tipo de matérias.
Por conseguinte, não me atardo muito nesses blogues da especialidade. Não por não sentir que têm imenso potencial - que o têm, com toda a certeza -  nem por deixar de vislumbrar a imensa graça que deles emana. Mas, tão simples quanto isto, porque saio de lá sem entender uma linha e ainda mais convencida de que sou uma atrasadinha de todo o tamanho neste deslumbrante blogo-mundo.
 
Bem a segunda parte do título deste post (aquela que vem depois do "ou") já está devidamente justificada*. Parece-me que fui suficientemente clara, relativamente ao meu défice de conhecimento blogosférico.
Agora, vamos à primeira (aquela que vai até ao "ou"). Então não é que, de há uns dias para cá, me apercebi que o segredo está na caixa dos comentários?*
Eu explico. Quando me aventuro na leitura dos meus compadres bloggers, regra geral, não vou ler as suas caixas de comentários. Só o faço quando eu mesma quero deixar por lá o meu cunho pessoal. Aí sim, dou por mim, na maioria das vezes, a ler o que por lá já se disse. Até para não fazer figura de ursa (ursa de Coimbra, para que não haja confusões) ao dizer algo que já foi dito pelos outros comentadores. Ora, sendo assim, não chegava a ver o que se passava na caixa de comentários desses blogues que, retomando a minha bela comparação, são a bota. Simplesmente porque não pescando nada, não tinha nada para comentar. Já viram bem uma coisa destas?
 
Em conversa com um blogger mais sabido do que eu, expus a minha frustração. A minha dificuldade em ser blogo-esclarecida. A minha incapacidade em poder apreciar, no seu devido valor, uma carrada de blogues da especialidade. E mais umas quantas tretas que me iam pesando na alma. Foi então que o blogger em questão me disse claramente que eu era uma autêntica palerma. [Toma lá, que já almoçaste.] O melhor desses blogues não são tanto os posts em si - que já são para lá de bons ao que parece - mas os comentários que a malta por lá deixa, iluminou-me ele. Acrescentou ainda que, ao ler esses comentários, não só ficamos esclarecidos sobre uma data de coisas como também damos umas quantas gargalhadas à mistura.
 


E eu cá - tão inocente que eu sou - sem desconfiar de nada e a perder verdadeiras pérolas blogosféricas. Perdigota assumida, sem sombra de dúvida... (terceira parte do título, depois do "ou, ainda,", esclarecidíssima*)




* só para vos poupar à chatice de virem para aqui dizer que os meus títulos não fazem sentido ou outras cenas injustas do género.
 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ele há coincidências*. Está visto que sim. #3


Andava eu no Priberam - como cidadã generosa, exemplar, útil e tantas outras coisas boas que sou - a preparar a minha aulinha de Português e deparo-me com aquelas informações que ficam na lateral direita. Sabem, aquela 'palavra do dia' que - pela lógica - muda diariamente e aquelas publicidades que estão sempre a aparecer e que vão alterando?
 
Pois é. Parece que escolhi a dedo, não só o dia como o momento de por lá passar.

 

 
 Eu até nem sou de impeticar assim muito contigo. Pois não, ó Bananita...? (Ahahahahahahahahahahahahah)
 

É que já me deixei disso há meia dúzia de anos...


Mesmo assim, volta e meia, lá tenho eu de vestir outra vez a fatiota, encarnar de novo o papel de professora. É mais forte do que eu. Não que tenha saudades das salas de aula. Muito menos por sentir falta daquelas reuniões para lá de chatas com Senhores Doutores completamente senis mas que não podem deixar de se armar em superiores. A decisão de abandonar o nobre mundo da docência foi, seguramente, uma das melhores que tomei até hoje.  Dizia, então, que é mais forte do que eu, simplesmente, porque não gosto de ver gente confinada na sua ignorância. Gosto de alfabetizar as massas. É tão bom sentir-se útil, cumprindo o nosso dever de cidadão generoso e altruísta.
 
Bom, posto isto. Deixemo-nos de tretas e vamos ao que interessa.
Aqui fica uma mini aula de Português, para a malta em geral e para uma alminha em particular que tem alguma dificuldade com palavras homófonas heterográficas (e não só, infelizmente. mas vamos por partes).
 
E, porque sou uma moça prática e despachada, basta-me escarrapachar aqui uma ou outra definição do Priberam e do Dicionário inFormal e a situação está resolvida. E o servicinho de cidadã exemplar e útil para o mundo fica mais que feito.

 
 
 

 
E não é que, de repente, uma pessoa até se sente um ser humano melhor?
Fica-se com aquela sensação boa (e que já referi lá em cima. não ainda não estou senil. gosto é de reiterar aquilo que é efectivamente importante. só para o caso de estar a ser lida por gente senil) de dever cumprido. Sabem?
Lindo.


 

nota do dia seguinte: e ninguém relevou o facto de as palavrinhas em questão não serem, efectivamente, homófonas. ´tá-se bem, então…

E partir-lhe a boca toda? Vale?!


Estou furibunda. Mesmo.
O estafermo do empreiteiro é um grande aldrabão. Estou a ver que nem quando a Bolachita for de maior idade vai ter o quartinho dela. O aldrabão do empreiteiro é um descarado de todo o tamanho. A obra mais parece saída daquele filme dos anos 80 com o Tom Hanks e o famoso "two weeks". O descarado do empreiteiro é um grande ladrão. Já lá tem mais do que devia e agora fez-se à vida. E quem se lixa é aqui a Mam'Zelle que, não tarda nada, tem a obra embargada.
Resumindo, o ladrão do empreiteiro é um grande cabrão. Pena não ter dado por ela antes de assinar contrato. Pena haver gente que tem o descaramento de dar boas referências de pessoas que já estão enterradas em dívidas e esquemas manhosos. Só me apetece dar-lhe uma carga de porrada (a ele e a quem me recomendou tamanho traste). E arrancar-lhe aqueles olhos de chulo. E partir-lhe aqueles dentes mal-amanhados todos, um a um. Assim, devagarinho.







Já disse que o gajo é um grande cabrão? Já disse que só me apetece partir para a violência física? E aquela cena de desfigurar o pulha para todo o sempre, também já disse? Pronto, era mesmo "só" isto, então.



nota: um dia, terei de chamar os bois pelo nome. Hoje é o dia.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Dos três dias de loucura a que tinha direito


Não vi nem um. É que nem meia horita que fosse. Só naquela. Só mesmo para marcar o acontecimento. Ia-me saber pela vida. Mas nada. Vidinha mais chata, esta minha.
E, como se não bastasse, em vez dos cinco ou seis que lhe pedi, foram mais do dobro, os centímetros que me cortou*. Merecia bem os três dias de loucura, para compensar. Mas não refilei. Não disse nem 'ui' nem 'ai'. Até cheguei a dizer 'está óptimo', quando passou o espelho redondo por trás da minha cabeça. Assim como assim, em vez de lá voltar daqui por meio ano, fico um anito inteiro descansada. Tal e qual como da outra vez.
Perdi três dias. Ganhei seis meses. A troca não é justa, nem nada que se pareça. Mas não se pode pedir muito quando se sente que pouco se tem.
 

 

nota: e nem aqui vou confessar que o corte ficou uma caca pegada (é que nem há explicação de tão mau que ficou) porque era bem capaz de verter uma lágrima e não me dava jeitinho nenhum.


 
* e uma pessoa descobre assim, da pior maneira possível, que não são só os gajos maniento-convencidos armados em esperto-misteriosos que não se dão com números, as cabeleireiras também. Está-se sempre a aprender. Pelo menos isso.

O Amor (beurk!) em seis actos - Parte II ou Afinal, não sai mesmo nada à mãe, o raio da catraia!






Não, ainda não estou em mim. Apaixonar-se assim, do pé para a mão, já é o cúmulo dos cúmulos. Apaixonar-se assim, do pé para a mão, pelo Ruca é o fim do mundo. Deste e de todos aqueles que ainda estão para vir.





nota: para aqueles que já não se lembram - ou não chegaram a ler e, por isso mesmo, ficaram tristinhos e com pena - da Parte I, é ir AQUI.

Aquele desejo íntimo e inconfessável


Ainda nunca o disse por aqui. Mas, quando soube que estava grávida, lá no fundo, no fundo, queria que fosse um rapaz. As pessoas perguntavam-me, antes de se saber que era uma bolachita que vinha a caminho, qual a minha preferência. E eu respondia sempre que não a tinha. Que, para mim, era igual. Mas estava a mentir não só às pessoas como a mim mesma também. É que, lá no fundo, no fundo, sempre senti que aquele pipo guardava uma menina e não queria que, um dia mais tarde, a minha filha pudesse pensar que não tinha sido bem-vinda.
 
Aquele desejo íntimo e inconfessável de ser mãe de um menino não parecia ter, à primeira vista, qualquer razão lógica. Mas, e pensando melhor, tem a sua razão, sim. Uma razão não só lógica como profundamente legítima também. Basta ter-se visto as notícias este fim-de-semana. Basta ter-se estado atento ao que se passou no Estádio do Dragão. E chega-se lá num instantinho, sem ter de se fazer, para tal, um grande esforço mental.
 
 
 
Muito simples. Mam'Zelle não tem pachorra para pitas. Mam'Zelle não quer que a Bolachita faça figuras tristes. Mam'Zelle reza a todos os santinhos - e mais algum, que possa andar por aí esquecido - que a Bolachita saia aqui à mãe.
 
Ámen.

domingo, 13 de julho de 2014

40/52


(Bolachita, armada em VIP nos pufs mega fashion da cabeleireira, com 9 meses e 11 dias)

Estou fartinha de sopa passada [ou creme aveludado, para gente chique] até à pontinha das unhas dos pés*



é que, por vezes, dá-me uma vontade danada de desabafar um tico.
Só isso.
Pronto.






* só porque tenho os pés bem mais giros do que os cabelos e, além disso, (não garanto que o aspecto que se segue seja realmente relevante, mas acredito que sim) tenho pernas compridas.



nota: mais um contexto em que verde (é verde, sim. mesmo se na foto parece meio deslavado) e laranja até combinam. Viste, Jorgito?

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Ao jeito do ex-vizinho* Roque, com saudades #1


(Algarve - Agosto de 2012)



* a mania que esta malta tem de fechar o boteco sem dar satisfações a ninguém... irrrrrrrra. (já disse? volto a dizer, ué!)

Eu nunca quis ser invisível nem ter outro superpoder qualquer


Isto, por dois motivos principais. Em primeiro lugar, porque nunca fui de ambições desmedidas. Aliás nunca fui de ambições, ponto. Em segundo lugar, e essencialmente, porque nunca tinha visto a real vantagem da coisa. No entanto, desde que tenho a Bolachita, fui-me apercebendo que daria um jeitaço daqueles mesmo grandes ser invisível de quando em vez.

Então, vejamos. A Bolachita pode estar feliz da vida a brincar com o monstro verde, a galinha Choné e mais uns quantos amiguinhos. A Bolachita pode estar entretida a fixar as borboletas do tecto ou a chupar uma parte qualquer da roupa que traz vestida. A Bolachita pode estar a admirar os pés ou a lambuzá-los todos, super satisfeita. A Bolachita pode estar tranquila, sossegadita sem fazer nada de especial. Em suma, a Bolachita pode estar sozinha, sem stress e deixar-me fazer as minhas coisas à vontade. Mas basta ver-me, nem que seja ao longe, para deixar tudo o que estava a fazer, por mais divertido, interessante, saboroso que fosse. Começa então a gesticular, com os bracitos estendidos e o maior sorriso nos lábios a olhar para mim. O que ela não percebe é que eu só estou a passar. Não tenciono, de todo, pegar-lhe nem nada que se pareça. Tenho mais o que fazer. O que eu quero é que ela continue calada e tranquila e entretida. Pois basta perceber que as minhas intenções não são aquelas que ela pretende para, automaticamente, começar aos berros. Literalmente. Isto, até eu ceder e ir dar-lhe toda a minha atenção e disponibilidade.
 


Se fosse invisível, nada disto acontecia.

Ah pois...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Inspiração #2


para as cores do WC da casa nova.



Lavanda, lilás, verde água e verde seco.

O Amor (beurk!) em seis actos - Parte I ou Afinal, não sai mesmo nada à mãe, o raio da catraia!



 

E termina por aqui esta primeira parte. É que já não me aguento com tanta palavra amorosa e fofinha e amorosa e cutxi-cutxi e amorosa que só o Amor consegue despertar...

 
É caso para dizer Ó filha, tu só m'embergonhas, pá!
Ainda para mais com o Ruca. O Ru-ca?! Foleiro, foleiro que até dói! Fosca-se...

terça-feira, 8 de julho de 2014

Ainda sobre essa cena de se fecharem os botecos


Se um dia, assim do nada, de repente e por mero acaso, aquela espécie de programa sobre blogues viesse a interessar-se por este meu A miúda com Pêlo na Venta, fechava-o logo. É que era logo logo.

Era só para avisar. Falamos de uma eventualidade improvável, tenho noção disso. Mas mesmo assim. Antes prevenir do que remediar.

Irrita-me sobremaneira e um tico mais


Sabem, aquelas alminhas que, dia sim outro também, escrevem posts para lá de interessantes? Sim, aquelas mesmo que nos dão vontade de passar pelo seu blogue diariamente, a ver se há novidades. Aquelas cujos textos não nos são indiferentes porque nos fazem pensar, sorrir, rir, divagar, tremer, chorar*, reflectir, sentir. Estão a ver ou não? (são bastante difíceis de se encontrar, sem dúvida)
 
Pois que, por vezes, essas alminhas decidem fechar o blogue, assim, sem mais nem menos. Apetece-lhes, pronto. Sem pré-aviso. Sem uma breve explicação. Sem um adeus à malta. E eu fico piursa com essa gente. Juro que fico.




* este do chorar é só mesmo por ficar giro, por ser bonito de se dizer, que eu cá não sou dessas coisas. Miúda ruim, má e insensível não chora. A não ser chorar a rir, óbvio.

Irrita-me sobremaneira (na medida proporcional à importância que tal facto tem, obviamente)


Sabem, aquelas alminhas que, dia sim outro também,  ameaçam fechar o seu blogue? Sim, aquelas mesmo que continuam com ele aberto e, pelos vistos, não estão assim tão perto de o fechar? Estão a ver ou não? 
Esperem aí... Agora que verbalizo a cena... passou-se-me aqui uma razão mais que válida pela cabecita. Talvez não o fechem porque, se o fecharem, já não têm como, nem por onde continuar a repetir que o vão fechar.
 
Será por causa disto? É que, convenhamos, até tem a sua lógica...

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ainda do fim-de-semana


No sábado, o meu pai veio fazer-me uma pequena visita. Estava eu na varanda, a colocar o primário na cadeira onde a Bolachita vai passar a comer. Ficou a olhar para mim um bom bocado. A ver a minha habilidade em trabalhos manuais. E acabou por lançar:
- depois é para pintares de branco. (não, a pontuação não está errada. Foi mesmo uma afirmação e não uma pergunta. Para ele, parecia mais do que óbvio que se era para pintar algo de madeira, a cor teria de ser o branco. Seria a cor mais natural, consensual, actual. Para mim, a mais banal.)
- não.
- então?
- vou pintá-la de cor de laranja.
- cor de laranja?
- ...
- uma cor tão esquisita? (dito num tonzinho de gozo)
- não me diga que depois de tantos anos ainda não se apercebeu que eu sou esquisita mesmo e estranha e tantas outras coisas que nada têm a ver com o resto da família?
 
E a bela da conversa ficou-se por ali.
 
Cá para mim, acredita que eu ainda possa vir a mudar ou tem qualquer ponta de esperança nisso ou o raio. Temos muita pena. Não muita, vá.

domingo, 6 de julho de 2014

Até que enfim


Mais um fim-de-semana a terminar. Ufa!
 
Já não tinha um fim-de-semana tão mau há algum tempo. Não quero com isto dizer que os anteriores tenham sido bons, atenção.
Alto lá. Também não pretendo dar a entender que não poderia ter sido pior. Sei perfeitamente que poderia. Pode sempre. Tenho noção disso. Não preciso que o próximo seja péssimo a valer para vislumbrar algo de positivo nestes dois dias que agora acabam. Mesmo assim, tal discernimento não me serve de consolo. Não me ajuda a enxotar o cansaço dos ombros. Nem tão-pouco me deixa encarar os próximos tempos com entusiasmo, ou algum alento que seja (já que optimismo é algo que nunca tive).
 
Devo ser das poucas pessoas que dispensava, sem qualquer dificuldade, os fins-de-semana. Não lhes acho piada alguma. E isso é tremendamente triste. Eu sei tão bem disso.

39/52


(Bolachita, versão mini-sedutora, com 9 meses e 2 dias)

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Da minha imaginação fértil ou das partidas da Mãe Natureza, again*


Uma vez mais, não sei se sou só eu. Se é das noites mal dormidas. Se do cansaço acumulado. Se da sacana da minha imaginação, já devidamente homenageada aquiaqui. Se da Mãe Natureza que gosta de implicar comigo. Se de tudo um pouco e ao mesmo tempo.
Mas uma coisa é certa. Aqui a Mam'Zelle não consegue olhar para esta cereja e ver unica e exclusivamente uma cereja... chamemos-lhe atípica, vá.
É que não consegue mesmo. De todo. Pronto.


E a malta, hein? A malta vê o quê, afinal?


E já antecipando possíveis comentários de mentes mais perversas, devo esclarecer que não, esta cereja não me soube melhor do que as outras. Não, também não me pareceu mais apetitosa. Nada mesmo.



* para quem tenha algum interesse em entender o raio do título, é favor ir AQUI.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Post especificamente destinado ao Bananita - sim, sim essa tua sensação está certa; estou mesmo a escrever (mas não é pela primeira vez, seu pobre e mal agradecido) qualquer coisa no meu blogue para ti


infiltrar-se:
introduzir-se / colocar-se /entrar num determinado lugar ou grupo sem ter sido convidado para tal, sem pertencer a esse lugar ou grupo. Quem se infiltra num determinado meio é um intruso nesse mesmo meio. (ou seja, não deveria lá estar. daaaaaaaaaah)


 
 eliminar:
 
 
 
 
 
nota: para a palavra 'infiltrar-se', não usei a definição do priberam porque não me convenceu. E, tal como te conheço, poderia dar aso a que uses a tua imaginação galopante para fazer graçolas com a dita definição. Não é esse o objectivo do post. Não quero que te disperses. Concentração é algo essencial e fundamental nesta hora. E calma (não te esqueças). Respira fundo e concentra-te no teu objectivo, sim?

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Por falar em combinações perfeitas #2


Há dias (já lá vai quase um mês. eu sei... eu sei...), soube de uma novidade que facilmente ultrapassa, pela sua importância e genialidade, a descoberta do fogo ou a invenção da roda.
Ora vejamos. Não é segredo para ninguém que aqui a Mam'Zelle tem um fraquinho por chocolate (confessei-me sem rodeios aqui, só para vos dar um pequeno exemplo, ó malta-distraída). Também já devem ter percebido que os carambar ocupam um lugarzinho especial no meu coração (é só ler  isto, ver aquilo ou aqueloutro). Agora imaginem uma combinação destas duas maravilhas num mesmo produto. Já imaginaram? Ainda não? Fechem os olhos e concentrem-se, porra! E não, não estou a reinar com vocês. Se eu peço para imaginarem é porque é possível. Tanto é possível que já existe. Ah pois!
 
Para os mais desconfiados, aqui fica a prova provada de que não alucinei de vez. Vejam. Vá, vejam.
 
 
 
Bem, a chatice no meio disto tudo é que a notícia vem de França. Raciocinando, quer me parecer que esta pequena jóia ainda não existe por cá, se é que algum dia venha a existir... Pelo sim pelo não, vamos tentar ser optimistas, ok? E assim sendo, aqui a Mam'Zelle vai já avisando, caso alguém esbarre com uma iguaria destas é favor apitar.
Pode ser?
Muito agradecida.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Update ou Errata ou Desculpem lá a minha ignorância de amadora*


Diz que aquilo dos headers da moda não tem bem a ver com aquela cena do Less is more. Esse conceito já era. Totalmente out, has been, whatever. Aqui a Mam'Zelle é que anda desactualizada. Mea culpa. 
Diz também que não se pode falar em Branco mais Branco não há, como erradamente o fiz. Este conceito é brejeiro. Falta-lhe classe. Falta-lhe nível. Falta-lhe a seriedade que o assunto merece. Falta-lhe a devida compostura. Mea culpa, again.
Pois bem. A nova linha editorial dos blogues sérios e de sucesso é minimalista, dizem. MI-NI-MA-LIS-MO, minha gente. Não sei como não me ocorreu mais cedo tão nobre palavra. Mea culpa, outro again
 
Posto isto e resumindo a coisa. Peço desde já as minhas mais sinceras desculpas pela minha inadmissível falha. Falha essa que mais não é do que falta de conhecimento aprofundado sobre o tema. Falta de conhecimento essa que chamaria de incultice, caso tal palavra existisse. Pronto, pronto, admito, pode-se chamar de burrice, essa minha falta de conhecimento. Tenho as costas largas. Aguento bem o peso de tamanha vergonha blogosférica. É para aprender a meter-me em assuntos que não são do meu gabarito. Enfim...

 Agora vou ali à minha vidinha. Pode ser?



* palavra usada, não no sentido de quem gosta muito (era o que faltava), mas sim no sentido de quem não é profissional. A mim parece-me óbvio. Aos outros, sei lá eu o que lhes possa parecer.

É por estas e por outras... #11


que eu devia estar caladita em vez de abrir a boquita.
Lembram-se DISTO?
Pois bem, devo dizer que aquilo foi tudo exagero. E eu até nem sou gaja dada a exageros. Juro. O problema é que, na altura, não tinha termo de comparação. Aquelas olheiras que eu tinha pareciam-me, efectivamente, enormes, super hiper mega visíveis. Em suma, horríveis.
Pois que estava redondamente enganada. Aquilo não era nadica de nada. Mesmo. Uma coisita sem importância alguma. Sei disso agora. Agora que me olho ao espelho e fico cheiinha de medo. Parece coisa feita de propósito. Do tipo maluca que anda a pintar por baixo do olho com caneta preta só porque lhe apetece. Visualizaram a cena? Muito feio de se ver. Mesmo.
 


Pronto, agora é que sou um autêntico panda. Sem o lado fofinho-cutxi-cutxi do espécimen, obviamente. Que eu cá não sou dessas tretas.
E sim, é tudo culpa da bolachita que não me deixa dormir, nem de noite nem de dia. E, sim, gosto dela na mesma.






nota: este post foi escrito há muuuuuuuuuuito tempo. Já lá vão mais de sete meses. É verdade. [Não, não vou repetir que o tempo não corre, voa. Sosseguem. Sou pessoa de me repetir um tico, que sou, mas há limites. Não se assustem.] Escrevi-o quando a Bolachita devia ter um mesito e meio. Naquela fase em que ainda nos estávamos a habituar uma à outra. Em que mamava feita doida. Em que chorava sem razão aparente. Poucos dias depois de o ter escrito - lembro-me como se fosse hoje - a Bolachita começou a dormir a noite toda. Aconteceu uma vez. Achei que tinha sido sorte. Aconteceu na noite a seguir. E na seguinte. E na que seguiu à noite seguinte. E assim se passaram perto de seis meses. Houve ali uma noite ou outra excepcional em que acordou uma ou outra vez. Mas foi extremamente raro. Estava feliz da vida. E, claro, o post ficou esquecido, já não fazendo sentido algum publicá-lo.
Pois que, de há um mês e meio - talvez mais, pois que eu já nem sei a quantas ando - para cá, a Bolachita voltou a acordar de noite. Duas a três vezes, no mínimo. E acorda a chorar. Chora como se não houvesse amanhã. Esta mudança coincidiu com a altura em que passei a substituir mais a sério três mamadas por três refeições. A enfermeira diz que ela está com o vício da mama. Que estava habituada a seis mamadas. Que agora só lhe dou três ao longo do dia e ela sente falta. Ora tudo muito bonito. Mas como é que eu explico a uma bebé de nove meses que esse seu vício não me dá jeitinho nenhum? É que, até ver, as mamas são minhas, certo? Era bom que ela entendesse isso o quanto antes e de uma vez por todas. Para o bem da minha sanidade mental, era uma maravilha. Tipo ouro sobre azul, ou lá como se diz. Estão a ver?

E sim, passaram sete meses e tal desde que escrevi o post. Mas sim, continuo a gostar dela na mesma. Muito. Cada vez mais.