terça-feira, 31 de julho de 2012

Ahahahahahahahahaha!






Há muito "boa" gente a sofrer deste mal. Ou sou só eu a ser má língua?




 
nota: quase que dava para fazer mais uma private joke blogosférica com este assunto. Mas, se calhar, é melhor não. Não sou menina de gostar de armar confusão. Vou ficar quietinha no meu canto, portanto.

Eu pedi...


... e a mana trouxe.


Para ler e ver nos próximos dias.



É por estas e por outras... #7


... que eu devia pensar duas vezes antes de sair de casa. Pensando melhor, pensar duas vezes era capaz de não chegar. (repetição voluntária de "pensar", ok?)
Então foi assim. Há já alguns meses que vou com regularidade a um determinado sítio. Ontem, voltei lá. Mal abro a porta e faço dois passos, ouço: Mas a Mam'Zelle vem toda boneca, hoje! A senhora disse aquilo bem alto e com um entusiasmo que só visto. Parecia que tinha entrado o Cristiano Ronaldo ou o Tony Carreira. Depende dos gostos. E, como é óbvio, eu não conheço os da senhora. Estava muita gente naquela sala. Muita gente mesmo. E, claro, de repente, vejo umas boas dúzias de olhos espetados em mim. Acho que, sensação pior à que senti naquela hora, só se fosse apanhada a roubar. Mas como essa não faz parte das minhas práticas, não há comparação possível.
É no que dá andarmos quase o ano inteiro de calças e lembramo-nos, num dia de calor abrasador, vestir uma saiazita rodada. Que ideia mais estapafúrdia a minha! Para a próxima, podem estar uns 40ºC à sombra, não vou deixar de levar um par de calças, pois claro. Está decidido, uma das minhas resoluções para 2013 vai ser usar, de vez em quando, uma saia ou um vestido no inverno. A ver se não me acontecem mais situações destas sem eu ter de andar toda tapadinha no pico do verão.

Mas, pensando melhor, a culpa disto talvez não tenha sido por ter trocado as calças pela saia. A culpa pode ter sido das sapatilhas. Vejamos: sapatilhas rosa, com estrelinhas. Querem ver que a senhora me confundiu com a Barbie? Agora, fiquei na dúvida, confesso. O que é que a malta acha?







segunda-feira, 30 de julho de 2012

"Para a Mam'Zelle"


O meu palpite não falhou. Veio o caixote para a Mam'Zelle, sim senhora.

Eu: mas eu disse para não trazer nada, mãe...
Mãe: ó, mas isto também não é nada, filha.


Aqui fica o "nada" da minha mãe:





E, claro, só coloquei aqui um exemplar de cada espécimen. Mas, alguns, trouxeram gémeos. Outros, trigémeos. Há até aqueles que fazem parte de uma família numerosa e vieram todos!


nota: o mais giro é que, segundo a minha mãe, não cabia tudo no caixote "Para a Mam'Zelle". Pelos vistos ainda há mais coisas para mim, espalhadas pela farta bagagem que trouxe. Mães...

Eles lembram-se de mim e eu gosto #1




É bom receber emails de leitores/bloggers que, ao verem uma imagem, se lembram da Mam'Zelle M. e decidem, simplesmente, dizê-lo.
Adorei este miúdo com as suas moustaches à Dali. E repararam bem no doudou* estampado com moustaches? Um mimo!

Obrigada pedro b :)



* objecto que qualquer criança elege para andar com ela, desde muito pequenina, para todo o lado.

domingo, 29 de julho de 2012

Sexta-feira à noite, foi assim





1 - programação da Expofacic; 2, 3, 4 - os pecados bons da Expofacic; 5 - a carrinha do Super homem. Fiquei triste, não consegui vê-lo por lá...; 6 - roda (não gigante) da Feira Popular; 7, 8, 9 - momentos do concerto dos Buraka Som Sistema; 10 - Mam'Zelle, com a moustache mais doce que alguma vez já teve. Miam, miam!


Foi a primeira vez que vi os Buraka Som Sistema ao vivo. Confesso que não conhecia o repertório deles. Conhecia a música Kalemba Wegue Wegue e pouco mais. Não sou fã do grupo, portanto. Mas gostei bastante do concerto. Um dos cantores (o Condutor, se não estou em erro) perguntava, logo no início, "Quem quer abanar o esqueleto?". E toda a gente se manifestou de forma afirmativa. Efectivamente, não havia como não ter vontade de o abanar, o esqueleto. Os ritmos das músicas, a boa onda, a energia criada, a malta toda a dançar e a gritar os "nhe nhe", os "Ba ba ba", os "Yah yah", tudo elementos, de facto, contagiantes. E uma rapariga, em particular, que estava à minha beira e mais parecia ter entrado numa espécie de transe (dá primeira à última música), ajudava à festa.

Deixo aqui uma das músicas de que mais gostei, Voodoo Love (só não estava lá a Sara Tavares a cantar).




Agora, vou para a terriola, lá para os lados da serra do Caramulo, pôr a conversa em dia e almoçar com a família. Bom resto de fim-de-semana para a malta!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Porque eu também sei o que é bom... #7

(...e faz bem à pele)




(Gilles Marini)


Descobri este homem na série Irmãos e Irmãs. Só o facto de ser francês, com aquele sotaque irresistível, chamou logo a minha atenção. Depois, fisicamente, também é bastante interessante. Voltou a aparecer no filme O sexo e a cidade. Aí, basicamente, só para mostrar o corpinho. O que também pode ser uma coisa boa. Não digo que não.

Agora sim, o verão está a chegar!


Todo e qualquer emigrante que se preze vem passar as grandes vacances à terra natal. O mês de Agosto é o eleito, pois claro. Não vou aqui contar piadas ou descrever situações caricatas com emigrantes. Não que eu não as conheça, tenho resmas delas guardadinhas. Mas, como já devem ter percebido, os meus papás são emigrantes e eu nasci no sítio de onde saem as cegonhas para virem entregar os bebés. Por isso, prefiro abster-me, se não se importam.
Amanhã, lá vêm eles, todos satisfeitos, felizes da vida, depois de um ano de trabalho. Os meus pais também estiveram por cá em Novembro e em Abril. Mas, quinze dias de cada vez, não dá para nada, dizem eles. Todos os anos é a mesma coisa. Lá tenho a minha mãe ao telefone a perguntar: o que queres que eu te leve? E, confesso, nos primeiros anos em que vivi por cá, tinha sempre, para ditar à minha mãe, uma lista bastante extensa, recheada de coisas boas que só existem por lá, por terras de França. Os anos foram passando e o suspirar por algumas iguarias françaises também. Agora, respondo sempre: nada, mãe, obrigada. E ela fica danada, a minha mãe. T'es sûre?, insiste, com o seu sotaque de imigrante e um tom de decepção. E eu insisto: oui oui, maman, je suis sûre. Mas sinto que ela fica meio triste. Tinha gosto em trazer-me uma carrada de embalagens de sundy, paletes de latas de Mont Blanc, dois ou três quatre quart (destes não podia trazer mais. Têm, no máximo, quinze dias de validade), uma ou duas brioches tranchées (as melhores têm uma semanita de validade, se tanto) e tantas outras coisas. E eu sei que não vai conseguir resistir. Sei perfeitamente que vai vir um caixote inteirinho com coisas boas só para mim. Vou, como sempre, dizer: fallait pas, maman! Mas, lá no fundo, fico muito contente que nada mude. É bom perceber que ela nunca se esquece do caixote identificado Para a Mam'Zelle, em letras gordas, escritas a caneta de feltro. É bom sentir que fica feliz por me trazer um pouco de França, todos os anos, no mês de Agosto, quando, pour de vrai, chega o verão.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vício da semana #2





O porquê, não sei. Mas trouxe a maior embalagem que lá havia...


Private Joke blogosférica #4






Disseste-me, um dia, que eu era um doce. E, eu, prontamente, te respondi que não o era. Porque, efectivamente, não o sou.
Doce é a fatia de melão maduro que se saboreia nos dias quentes de verão.
Um doce é um daqueles chupa-chupas que nos adocicam e pintam a língua e os lábios desde criança.
Um doce é uma coisa boa. Eu não.

Porque, hoje, é o dia... #2


Já o disse aqui. Não sou de comemorações do dia disto ou daquilo. Mas, como aconteceu com o dia da criança, também não posso deixar passar esta data sem a assinalar. Hoje, é dia dos avós. E eu tive a sorte de ter a melhor avó do mundo. Aquela avó que é avó. Que ensina, que cuida, que conta histórias, que brinca, que repreende. Simplesmente, que ama os netos. Que não deixa de ser quem é por receio que os netos não gostem dela. O importante é estar presente e amar, amar muito. Isso percebe-se. As crianças percebem e retribuem. Não precisam de presentes a toda a hora, de falinhas mansas, de mimo excessivo. Amor. Tudo se resume ao amor. E quem ama ralha. Quem ama chateia-se. Quem ama explica o que está errado para não se voltar a fazer as mesmas asneiras. Porque o maior desejo de quem ama é ajudar, a cada dia que passa, aqueles de quem gosta a tornarem-se pessoas (adultos) melhores. A Mamie Z era isto tudo e muito mais. A Mamie Z era a melhor avó do mundo (eu sei, já disse, mas apeteceu-me repetir).


(1994)




Encontrei e recortei, num jornal qualquer, esta definição de avó, segundo uma menina de 8 anos. A folha já está velhinha, toda amarelada, mas continua comigo. Achei a definição deliciosa e tão verdadeira. 



A Mamie Z só não usava óculos, de resto confere. E uma avó é compatível com uma televisão, sim. A Mamie Z adorava ver televisão. Se, por qualquer motivo, ficava sem ela, um dia que fosse, amuava logo. É verdade, tinha defeitos, a minha avó. Bastantes até. E, apesar desses defeitos, ela era tudo para mim. Pensando melhor e para ser mais exacta, era também por esses seus defeitos característicos que a minha Mamie Z era tudo para mim.

Joyeuse fête mamie!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

TRETOLOGIA do dia #8





Eu não acredito nisto. A sério, até parece mentira mas é verdade. Só fui buscar o jornal agora, juro pelo meu cão (que não tenho mas gostaria de ter e, um dia, vou ter. O meu bulldog francês). Ou seja, algumas horas depois de ter publicado o último post sobre a "brilhante" ideia que soltei e que, de brilhante, acabou por não ter nada. E, agora, leio isto. Mas esta tretóloga, que sabe-se lá onde foi desencantada, não acerta nem umazinha que seja, bolas!

Les idées lumineuses de Mam'Zelle #1






Eu já aqui tinha dito que não voltava a comprar. Mas, confesso, sou uma fraca. No outro dia, lá tive de ir buscar a farinha, para fazer uns crepes. Não sei por que insensata razão não peguei na farinha habitual, aquela Branca de Neve, que já a minha avó comprava. Apeteceu-me inovar. Apeteceu-me trair o antigo e seguro, trocá-lo pelo novo e desconhecido. Estava lá um pacote que dizia "Farinha Integral - Inspiração saudável". E foi esse mesmo que me piscou o olho. Se é saudável, é exactamente isto que eu quero. Já me basta as porcarias todas que ando a comer. Pelo menos, os meus crepes vão ser saudáveis. E lá voltei para casa, orgulhosa da minha compra.
Foi logo quando comecei a fazer a massa. Apercebi-me que aquilo não estava a resultar como previsto. Para além de ser muito mais escura, a farinha integral é mais grossa e a massa ficou com fraca cara. Mas, como sou uma miúda esperançosa, esperei que passasse a hora de repouso recomendada com um sorriso nos lábios. Quando comecei a fazer os crepes, o sorriso desapareceu num instantinho. Foi tira e queda. A massa agarrava muito à frigideira. Crepes que costumava fazer em 25 minutos, mais coisa menos coisa, demorei quase uma hora a fazê-los. Mas esperem lá que o pior ainda estava para vir. O sabor. Nem me falem no sabor... Porque uma coisa é a farinha ser mais escura e granulosa, a massa ficar com fraca cara, os crepes demorarem uma eternidade a serem feitos. E, até aí, acreditem, aguentei firme. Agora, outra coisa, completamente diferente, é os crepes terem um sabor bastante mau (para (parec)ser simpática, usei o eufemismo). Aí, já não dá mesmo. Aí, é que eu já não aguento mais. Tanto trabalhinho e o resultado não presta? Traumatizei, pronto.


Conclusão: farinha integral para crepes é uma brilhante ideia, na teoria. Mas essa cintilante ideia não deve, de modo algum, ser colocada em prática.

In the Mood for... Laugh #3






Pois que não está nada mal pensado, não senhor. Para todas aquelas almas solitárias que amam o seu laptop.
Já agora, simples curiosidade, qual a vossa posição predilecta?

Eles pedem, eu obedeço #2 - Uena


Pois que, desta vez, foi a menina Uena que pediu. Depois de um comentário que deixei neste seu post, solicitou que eu fosse desencantar, no baú das fotos antigas, aquela tal foto. Aqui está ela, a famosa. Foi tirada em Março de 2003. Já lá vão mais de 9 anos. É bom, por vezes, voltar a ver fotos antigas. Pelas recordações que trazem. Pelas gargalhadas que despertam. Quanto a esta, em particular, não me traz nenhuma lembrança especial. Mas senti-me bem ao voltar a vê-la. Pensei cá para comigo: estou bem melhor agora do que na altura. Estou a falar do visual/aparência, claro.








nota: é bom salientar que eu não achava piada nenhuma ao rapazito. Para mim, homem que é homem usa cabelo curto. Conhecem aquela do "mulher de amigo meu é homem para mim"? Pois eu digo "homem com cabelo comprido é mulher para mim"...
Também não sou de pedir autógrafos. Acredito que se o Johnny Depp me aparecesse à frente (mas que bela imagem, esta) olharia simplesmente para ele e seguiria o meu caminho sem qualquer tipo de alarido ou tentativa de aproximação. Mas, neste caso do Valentino, tinha uma amiga que era fã. Tímida, pediu-me para ir com ela. E não tive coragem de dizer ao moço que, para mim, não era preciso foto nem autógrafo. Nunca fui de ferir sentimentos, nem egos.

Será o avesso o meu lado certo?


Ontem, foi um dia complicado. E, não, não teve nada a ver com o regresso à (dura) realidade, depois de um fim-de-semana diferente. Ontem, foi um dia complicado e muito. Eu já sabia que o ia ser, complicado, quando chegasse. O que eu não sabia é que iria ser ontem. Parece que, de repente, tudo se precipitou. Parece que, aquilo que se esperava há tanto, chegou sem grandes avisos. E, depois, pensamos se ainda vale a pena. Se é o  melhor. Se é isso mesmo que se quer. Ontem, passei horas a ouvir uma voz, na minha cabecita, a dizer-me, baixinho, vai correr tudo bem, assim é que tinha de ser, vai correr tudo bem, não te vais arrepender, vai correr tudo bem, vai correr tudo bem, vai correr tudo bem...
Acredito que sim. Quero acreditar que vá correr tudo bem porque não há outra forma. Já não há outra forma.


(imagem de Genevieve Gauckler)


Alguém disse: e, de repente, a vida vira-te do avesso e descobres que o avesso é o teu lado certo. Era bom que assim acontecesse. Que a minha vida desse uma volta. Uma volta daquelas grandes. Aquela volta que baralhasse tudo e voltasse a distribuir as cartas. Com essas cartas eu iria jogar de forma diferente. Iria pensar mais em mim e menos nos outros. Iria perceber que eu também mereço ser mais feliz do que sou. Iria acreditar no que quero. Iria ouvir o que, efectivamente, sinto. E não me iria deixar levar pelo caminho mais fácil ou por aquele que, à partida, é melhor para todos. Porque, nesse "todos", eu nunca estive incluída.

Ontem foi um dia complicado. Mas, mesmo assim, teve coisas boas. As minhas vindas aqui. Os vossos comentários. Os vossos emails que, por acaso, ontem, foram mais que de costume, enviados por várias pessoas tão diferentes mas tão divertidas ao mesmo tempo.
Ontem foi um dia complicado. Mas sorri com a vossa ajuda. Mais uma vez, muito obrigada a todos aqueles que por aqui passam. Um obrigada muito especial a quem se manifestou, ontem, e me ajudou a esquecer, por momentos, o que foi complicado. E o objectivo por detrás da criação deste blogue está a ser cumprido. Esquecer. Não pensar a toda a hora na mesma coisa. Não pensar sempre no que é complicado. Obrigada.

O meu companheiro de viagem e outros viajantes


Eu não vou para lado nenhum que não conheça sem o meu melhor amigo de viagem, o meu GPS. A voz que me acompanha, desde que o moço me foi oferecido, é de um Eusébio. Atenção, o meu Eusébio nada tem a ver com aquele do Benfica (não gosto do senhor, nunca gostei do senhor, não é com esta idade que vou começar a gostar do senhor). Também poderia ter escolhido outras vozes, de mulheres (não me recordo o nome delas), mas gostei mais da do homem. Não me perguntem porquê. Gostei da voz do Eusébio, pronto. Aquela voz passou a ser uma voz familiar. Sentia-me segura ao ouvi-la, quase protegida. Era uma sensação boa, aquela.
Já não tirava o meu amigo de uma das gavetas do corredor há algum tempo, é verdade. E foi no sábado, pouco depois das 7 horas da manhã, já a caminho de um fim-de-semana diferente, que peguei no moço e o liguei, à espera de ouvir o Eusébio. Já tinha saudades de ouvir a voz dele, confesso. Mas tudo estava diferente. Os mapas, as cores, as indicações no ecrã. Tudo! Até a voz do meu Eusébio estava totalmente diferente. Trocaram-me aquela voz reconfortante e cúmplice por uma voz estranha e intimidante. Voz de um português acroatado. Primeiro estranhei, claro. Foram muitos anos de convivência com a voz máscula e inconfundível do meu Eusébio. Mas, depois de alguns quilómetros percorridos, comecei a achar-lhe bastante piada, confesso.
Aqui ficam algumas expressões do meu novo companheiro de viagem:
  • Volteim para trás ásim que passanvil.
  • Saieim na proximár saidem.
  • Na retundar saireim na primair à diraitá.








Na viagem de regresso a casa, passaram, por mim e pelo meu cágado, vários motards com as suas cilindradas. Mas, um pouco antes de Setúbal, também passei por outros com as suas motoretazitas. Parecia uma família, cada membro com a sua mini geleira atrás. Iam a uns 60km/h, se tanto. E eu pensei, estes já vêm de Faro, a esta velocidade, com este calor. Há quanto tempo? A isto é que se pode chamar de verdadeira paixão!


 


 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O descanso da guerreira





Porque mandar currículos, ir a uma entrevista de longe a longe, esperar e voltar a esperar também cansa. Porque ser-se desempregada implica uma luta diária (logo cansativa). Porque, simplesmente, eu mereço. Vou passar o fim-de-semana fora e, por conseguinte, não se passará nada por aqui durante os próximos dois dias.
Segunda, volto a aparvalhar (ou não), pois claro.

Aqueles pormenores que me fascinam #2


Antes de começar a revelar alguns desses pormenores que, para mim, fazem toda a diferença e depois de ter falado aqui do filme da minha vida, vou apresentar-vos um pequeno livro delicioso de se ler.
Descobri este livro por mero acaso, andava eu a vaguear pelas ruas de Paris, perto da Sorbonne, onde estava a fazer umas pesquisas para o meu mestrado que acabou por ficar pela pós-graduação.
Sempre gostei daquelas ruas, cheias de livrarias antigas e de bancas, expostas à porta, no passeio, com livros vividos, de todas as cores e tamanhos. Numa das bancas, um pequeno livro chamou a minha atenção pelo seu título: La première gorgée de bière et autres plaisirs minuscules. Confesso que não foi a primeira parte do título que me encantou. Nunca apreciei cerveja, por muito que prove das mais variadas. Foi a segunda parte. Aquela referência aos mais pequenos prazeres da vida. Comprei logo o livro, claro. E devorei-o num instante. Infelizmente, já não o tenho. Emprestei-o, com certeza, a algum/a amigo/a que nunca se lembrou de mo devolver.



Le paquet de gâteaux du dimanche matin

"Des gâteaux séparés, bien sûr. Une religieuse au café, un paris-brest, deux tartes aux fraises, un mille-feuille. A part pour un ou deux, on sait déjà à qui chacun est destiné - mais quel sera celui-en-supplément-pour-les-gourmands? On égrène les noms sans hâte. de l'autre côté du comptoir, la vendeuse, la pince à gâteaux à la main, plonge avec soumission vers nos désirs; elle ne manifeste même pas d'impatience quand elle doit changer de carton - le mille-feuille ne tient pas. C'est important ce carton plat, carré, aux bords arrondis, relevés. Il va constituer le socle solide d'un édifice fragile, au destin menacé. (...)"




Le dimanche soir
"Le dimanche soir! On ne met pas la table, on ne fait pas un vrai dîner. Chacun va tour à tour piocher au hasard de la cuisine un casse-croûte encore endimanché - très bon le poulet froid dans un sandwich à la moutarde, très bon le petit verre de bordeaux bu sur le pouce, pour finir la bouteille. Les amis sont partis sur le coup de six heures. Il reste une longue lisière. On fait couler un bain. Un vrai bain de dimanche soir, avec beaucoup de mousse bleue, beaucoup de temps pour se laisser flotter entre deux riens ouatés, brumeux. le miroir de la salle de bain devient opaque, et les pensées se ramollissent. Surtout ne pas penser à la semaine qui s'achève, encore moins à celle qui vacommencer..."



nota: foi por mero acaso que escolhi dois excertos que metiam comida. Ou não...

nota 2: acredito que a malta que por aqui passa tem os conhecimentos de francês suficientes para entender os excertos. Se estiver enganada, peço desculpa. Mas o Sr Google Tradutor costuma estar sempre às ordens. Se, mesmo assim, não entenderem alguma coisa e quiserem perceber, é só perguntar.

Porque eu também sei o que é bom... # 6

(... e faz bem à pele.)



(Jude Law)



Eu não sou de achar grande piada a homens loiros, confesso. Mas, este, até podem dizer que está a ficar careca que eu não me importo nem um tico. Penso que não é preciso dizer grande coisa. Basta olhar para ele. Para aqueles lábios (sempre os lábios...). E aqueles sinais nas bochechas, já repararam bem para aqueles sinais? Ui...


Não será, com certeza, o seu melhor filme. Mas gostei muito de o ver em The Holiday. Especialmente pela relação que a sua personagem tinha com as duas filhas. Simplesmente delicioso de se ver.

Uma espanhola, um espanhol, dois indianos e um português


Ontem à noite, fui tomar café com uma espanhola, um espanhol, dois indianos e um português. (Gira, esta parte. Até parece o início de uma daquelas piadas que toda a gente conhece. Enfim, eu não conheço nenhuma porque mal me contam esqueço logo. Isso já seria outra história.) Era a primeira vez que via estas pessoas (excepto o português). Quando cheguei ao ponto de encontro, já lá estavam todos. O espanhol foi o primeiro a dirigir-se a mim, com um enorme sorriso, estendendo-me de imediato o rosto para um cumprimento bem familiar. Aquele cumprimento com dois beijinhos. Depois veio a espanhola, também com um grande sorriso,  e o cumprimento anterior repetiu-se. Aproximei-me, de seguida, dos indianos. O sorriso foi bem mais discreto e o primeiro estendeu-me a mão. E esticou bastante (diria até muito) o braço para, parece-me, não haver qualquer aproximação física. O segundo indiano, pois que fez igualzinho. Ainda bem que eu não sou, nestas coisas, uma miúda muito expansiva. Já viram se, depois do cumprimento caloroso com os espanhóis, estendesse, toda sorridente, a carita para os senhores? Até poderiam ficar ofendidos, sei lá. O que sei é que, eu, ficaria muito envergonhada e com as bochechas a arder.
Depois do café, fomos passear pela baixa. Nunca tive tanta dificuldade em contar a história de Pedro e Inês como tive ontem. Os espanhóis não entendiam português e tinham um inglês pior do que o meu. Os indianos, a mesma coisa. Para os espanhóis, até que me safei. O meu espanhol já foi melhor, mas é como andar de bicicleta, nunca se esquece totalmente. Agora, com os indianos, a história foi outra... Eu lá tentei explicar, no meu inglês com sotaque francês. E eles bem que abanaram a cabeça de cima para baixo. Agora o que eu não sei é se foi por educação ou porque, efectivamente, ficaram a saber mais um pouco desta parte da nossa história.
Quando chegámos perto do urso verde, no Parque Verde, um indiano tentou explicar que aquele urso era muito parecido com o logótipo de um banco. Perguntei-lhe se era um banco indiano. Respondeu-me, apontando com o indicador direito para o chão: "No, here, in Spain"... Nem me quis dar ao trabalho de explicar ao moço que aqui não era Espanha. Já tinha perdido as forças todas com aquela parte da morte de Inês de Castro e do sofrimento de D. Pedro. Mas, quando chegámos frente ao Portugal dos Pequenitos, não deu para ficar calada. Já não sei o que disse, mas o mesmo indiano (bem mais falador do que o outro) perguntou-me: And the king? He lives here? Lá tive de me dar ao trabalho de explicar que Portugal é Portugal e que Espanha é Espanha. Ou seja, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Ponto final.


 
(o urso verde do Parque Verde)


(O urso verde da Bankia. e não é que o indiano até tinha a sua razão)




nota: não falei do português, mas, como é óbvio, cumprimenta como os espanhóis e tem a vantagem de saber falar português, de conhecer a história de Pedro e Inês e de não fazer confusões, sendo português, sabe que não é espanhol...

Private joke blogosférica #3






Mais depressa se apanha um iniciador de tendências do que um coxo...


e nem foi preciso correr, deixaste-te apanhar com uma facilidade desconcertante, Sr. Espertinho.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Para concluir aquilo de O mundo está perdido #3


Fui só eu que nunca me apercebi, até hoje, que o brasuca diz o nome dele na música? E, pasmem-se, repete-o várias vezes. Então aquilo é assim:

(...)
Tchê, tchê, tchê,
Gusttavo Lima e você



Desta vez, não resisto. Já que aqui falei por três vezes do moço, tenho de colocar o vídeo com a actuação dele. Só para aqueles que (sortudamente) ainda não conheciam.



O tamanho importa sim, e muito


Essencialmente a espessura* da coisa. Como já disse, no post anterior, estive a fazer uma salada de pepino para o meu almoço. Estava justamente a descascá-lo quando começou a cantar o Gusttavo (aquele duplicar do "t" dá um estilinho do caraças). E tento sempre cortar as rodelas o mais fininho possível. Mas porquê?, perguntam vocês. Porque fininhas é que elas são boas, as rodelas de pepino. Existe uma diferença substancial entre o sabor de uma rodela fina e o sabor de uma rodela mais grossa, não tenham dúvidas! E quem nunca experimentou das duas maneira, para ver a diferença, faça-me o favor de experimentar e conferir.




* estive para escrever "grossura", mas preferi manter este post mais soft e com toda a dignidade que ele merece.

Ainda sobre aquela coisa de O mundo está perdido #3


Acreditem, malta, aquilo continua. Mas o pior é que hoje, à hora de almoço, foram as duas seguidinhas. Nem um intervaleco depois da primeira para se poder respirar, para retomar as forças antes de levar com a segunda. Niente. Uma foi às 13h24' e, a outra, às 13h26'. Mas, verdade seja dita, a coisa ficou despachada por algumas horas. E não, mais uma vez, não dava para eu mudar ou desligar, estava de mãos ocupadas com o pepino.

Eu só queria ir buscar o meu pão...


... não pretendia ser abordada por outro.


Não gosto de fazer compras no Pingo Doce. Mas, não há dúvida, o pão de lá é bem melhor do que o do Continente (e os tremoços. Também prefiro os tremoços do PD). Faz hoje uma semana, na passada quarta-feira portanto, eram umas 18h30' (já passava, às 18h29' ainda estava a enviar um email com um desejo de boa sorte e uma promessa de ficar a torcer pela vitória), lembrei-me que já não tinha pão. Peguei nas minhas perninhas e lá fui, passeio fora, até ao supermercado. Na ida, passei por uma paragem. Nessa paragem, estava um rapazito, à espera, suponho, do seu autocarro. Olhou para mim. Também cheguei a olhar para ele. Continuei o meu caminho. Comprei o pão e, com um saco em cada mão, fiz o caminho inverso. Quando estava a chegar à paragem de há bocadito, apercebi-me que o mesmo rapaz ainda lá estava, à espera. Percebi também que estava a olhar para mim, de forma mais insistente. Eu, menina tímida por natureza, fiquei um pouco sem jeito e, nem sei bem porquê, com algum receio de passar por ele. Tímida, mas corajosa, continuei a caminhar sem atravessar para o outro lado da rua, como, admito, ainda cheguei a pensar fazer. Chegou o momento em que me cruzei de facto com o moço. Passei à frente e respirei melhor. Afinal, já tinha passado o desconforto. Ele já estava para trás. O problema foi eu respirar cedo demais. Sinto, de repente, um dedo a tocar-me no ombro direito. Viro-me e lá está ele, o rapazito-moreno-lábios-interessantes-olhos-grandes. E saiu-lhe um "Desculpa, mas, desde que passaste por mim a primeira vez, fiquei aqui a pensar de onde é que te conheço". Comecei por lhe responder com uns olhos bem abertos e, se não me engano, a boca também deixaria entrar uma mosca, ou duas, se elas andassem por ali. Fiquei assim uns três segundos. Depois, comecei com um piscar de olhos intermitente, mais lento no início, de seguida mais rápido. Só queria perceber se era imaginação minha, se estava a ver coisas. Mas eu bem que pisquei, voltei a piscar e o moço continuava à minha frente. À espera, já não do autocarro, mas da minha resposta. Acredito que tenha ficado a pensar que eu sofria de alguma deficiência qualquer. Mas têm de entender que não me acontecem estas coisas todos os dias. Não deu para eu me preparar. Para eu treinar o melhor olhar. Para arranjar o ar perfeito e o gesto certo. Muito menos deu para elaborar uma resposta consistente. Sempre consegui lançar-lhe um "desculpe, mas deve estar equivocado". Virei-me e continuei o meu caminho.



Agora, escuta, ó rapazito. Sim, neste momento, estou a falar directamente para o moço. Quem sabe se ele não passa por aqui? Quem sabe se, na passada quarta-feira, não foi a Mam'Zelle que o miúdo reconheceu? Digo-te - podes acreditar em mim - eu sou mais ou menos normal. Desculpa a resposta meio bruta, abrupta, distante, pouco simpática. Mas, compreende, eu não estava à espera. Eu não imaginava que me ias tocar no ombro, nem que me ias fazer a pergunta da praxe no que ao engate diz respeito. Se fosse agora... Ai, se fosse agora tinha acrescentado umas palavrinhas mais ternas. Por isso, aqui vão elas: mete-te mas é com garotas da tua idade! Pode ser? Olha que eu quase* podia ser tua mãe, ó garanhão!



* pensando melhor, arrisco-me a dizer que o “quase” está a mais. A não ser que o rapazito pareça ter uns 18 anitos e, afinal, já tenha uns 30. Se tivesse sido mãe-adolescente-inconsciente-ramboieira, o meu filho poderia ter sim uns 18 anos**. E agora é imaginar uma parte da malta a fazer contas de cabeça para tentar chegar à idade da Mam'Zelle... Ou não.


** e é por estas e por outras que uma pessoa percebe que, efectivamente, está a ficar velha...


nota: não fiquem, com isto, a pensar que eu sou abordada todos os dias. É que ontem falei do quarentão, hoje do rapazito da paragem, podem ficar a pensar coisas erradas. O moço já foi há uma semana atrás. E passam-se semanas e semanas sem ouvir um pio. Essencialmente se sair pouco de casa e se não passar frente a trabalhadores de uma obra qualquer.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Com o calor chega...



... tipo bónus:





  • o volante a arder. Gaita! que aquela porcaria queima mesmo as mãos. Não tem gracinha nenhuma.
  •  
  • os vidros abertos. Eu tenho ar condicionado, sim, mas não me dou bem com o moço. Fico entupida do nariz e a ouvir zero do ouvido direito. Quando o convívio com ele é mais demorado, apanha-me também o esquerdo.
  •  
  • e, com os vidros abertos, chega também uma maior facilidade de comunicação entre condutores nos semáforos.
  • Há bocadito, tive direito a uns "psssssst" (cada vez mais insistentes, à medida que eu ficava mais impávida e serena como se não fosse nada comigo), seguidos de uns beijos lançados por um quarentão de óculos escuros, ao meu lado, na fila da esquerda. E eu nem estava entusiasmada a cantar e a dançar no banco, como é meu hábito. Como já disse, estava muito sossegadita à espera que o vermelho passasse a verde e, mesmo assim, o senhor não se conteve.

Quando a tretologia (também) me lixa...


Raramente os posts que aparecem por aqui foram escritos nesse mesmo dia. Vou escrevendo o que me vai passando pela cabeça e vou guardando nos rascunhos. O post desta manhã, já estava escrito há algum tempo. Mas ia sempre tendo outras coisas para colocar aqui primeiro. Na passada quinta-feira, pensei que fosse o dia. No entanto, lembrei-me de, antes disso, ler a tretologia do dia. E eis o que dizia:




E não é que me passou logo a vontade de publicar o dito post. Foi mesmo. Por isso só o ter feito hoje.
Achei engraçado, sem ter graça nenhuma, que a tretóloga falasse do passado especificamente naquele dia. E, mais uma vez, é muito profunda, a especialista. "Pode-se sempre apagar o passado", diz ela. A sério? Na minha ingenuidade ou burrice, nunca me tinha apercebido de tal coisa. Quando sofrer de Alzheimer, talvez. Mas, batendo na madeira, espero que isso nunca me venha a acontecer. O arrependimento apaga? A retratação também? De todo. Nunca. Pelo menos comigo, não funciona.
Quanto àquela parte do futuro que não se pode evitar, prefiro nem falar...

Um blogue? Porquê?


Antes de começarem a ler, esclareço, desde já, que este texto é dos menos interessantes (não quero dizer com isso que os outros são de grande interesse, claro. Penso que conseguem entender) que já escrevi. Tenho consciência e admito, com serenidade, este facto. Por isso, não se sintam obrigados a ler. Escrevi porque senti necessidade de escrever. Escrevi porque se costuma dizer que escrever liberta. Livre, ainda não. Mais leve, talvez.




Já disse que ninguém à minha volta conhece isto aqui. No entanto, por razões lógicas e empíricas, umas poucas pessoas sabem que tenho  um blogue. Uma delas, no outro dia, perguntou-me porquê. Por que razão decidi eu criar um blogue. Não soube responder. Naquele preciso momento, não tinha resposta alguma para dar. E isso incomodou-me. É raro não ter resposta para uma pergunta que me é feita a meu respeito. Nem sempre a resposta é a mais adequada, estruturada ou politicamente correcta, mas raramente costumo ficar sem palavras. Perguntas sem resposta, relacionadas comigo e com a minha vida, tenho muitas, atenção, mas essas são sempre feitas de mim para mim e não por outra pessoa.
Aquela pergunta ficou-me na cabeça. Pensei no assunto e percebi que, na sua maioria, os blogues nascem, de facto, por um motivo bem específico. Por uma razão geralmente óbvia, logo à partida. Há os blogues dos recém-descomprometidos. Há os blogues dos noivos (mais das noivas, até). Há os blogues das grávidas. Há os blogues das pessoas que vão viver para fora do país. Há os blogues dos artistas. E, claro, há os blogues de quem quer fazer o inventário de toda a roupa, sapatos e demais acessórios que têm lá por casa. Mas, tomar consciência desta realidade, não me ajudou.
Quando iniciei o blogue, não me encontrava em nenhuma das situações acima mencionadas. Nada de novo, diferente, importante me tinha acontecido. Foi então que percebi que, no meu caso, não foi um acontecimento, o motivo. Não foi algo exterior que, de repente, apareceu e veio mudar a minha vida. Não foi algo que, quando soube, senti vontade de partilhar num blogue. Não foi um acontecimento exterior, nem foi algo de novo.  Foi uma realidade interior que, há muito, habita em mim. Que faz parte da pessoa que sou. Não foi o querer partilhar. Foi o querer esquecer. Ou, pelo menos, o querer não pensar a toda a hora no assunto.
É estranho, só me aperceber disso três meses depois do início do blogue. E por alguém me questionar, não por recriação própria. Caso contrário, ainda não teria chegado lá, pelo menos conscientemente.
E fico a pensar que é estranho ter criado um blogue, aparentemente, sem razão. Só por a razão ser tão lixada.
É estranho e estúpido.


nota: também me lembrei dos blogues criados por pessoas que descobrem que têm uma doença grave. Não incluí no texto porque é um caso ainda mais tramado do que o meu. Ou seja, podem ficar descansados. Que eu saiba, ainda estou de perfeita saúde. Perfeita saúde física.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mam'Zelle's good ideas








(Eu sou distraída. Já aqui devo ter dito, várias vezes, e repito, mais uma.
Publiquei este post que, por agora, só tem título. Foi sem querer, admito. Queria mesmo era deixá-lo nos rascunhos, para não me esquecer do tema. Mas tive um comentário e, por respeito a esse comentário, não vou apagar esta coisa. Como já disse no comentário ao meu comentador, isto já me aconteceu antes. Várias vezes quis guardar nos rascunhos títulos, inícios de textos, ideias e cliquei no rectângulo ao lado. Mas costumo aperceber-me logo da distracção. Rapidamente reverto a coisa e ninguém dá por nada. Desta vez, estava mesmo muito distraída a preparar umas fotos para próximos posts e fui eu que não dei por nada.
Ficam, assim, desde já, sabendo que, um dia, irei revelar aqui algumas ideias brilhantes da Mam'Zelle, sim. Ainda não sei é quando.)

Eu tambem consigo falar do Ídolos #3



Pois que já não falava deste programa há algumas semanas. E porquê? Ora essa é muito simples, minha gente. Evidentemente porque tenho tido outras coisas para fazer aos domingos à noite (graças a todos os santinhos). Mas ontem, lá comecei de novo a minha saga de zapping. Agora, pelos vistos, cada candidato canta duas músicas. O que me dificulta a vida, e muito. Percebi que o "meu" João já esteve prestes a sair, há umas semanas atrás. O júri - que, finalmente, demonstra algum bom gosto - decidiu salvá-lo. Mas, ontem, não houve outro remédio. O João teve mesmo de dizer adeus ao Ídolos. Já me palpitava que isso tinha grandes probabilidades de acontecer. Por isso mesmo, além de ver as actuações do rapazito, também fui vendo quando é que aquela coisa acabava. Queria saber o resultado dos votos do público, pois claro.
Pronto, era só isto. Para mim, o Ídolos fica por aqui. Estou-me nas tintas se ganha o Pedro, o Paulo ou  a Miquelina. E quem vê a coisa não reconheceu estes nomes, verdade? Verdade, sim. Não me dei ao trabalho de fixar o nome dos outros candidatos. Sorry.
Até podia dizer mais umas quantas coisas sobre os jurados e os apresentadores. Só para rematar a coisa. Mas não me apetece. Ou seja, era mesmo só isto, e pronto.

Três anos e... nada.


 
Fez ontem precisamente três anos, estava a ter o meu último dia de formação, no Porto, antes de começar a trabalhar para uma editora. Foram, se não me engano, cinco dias de formação. Nunca me irei esquecer dos croissants quentes ao pequeno-almoço, na Albergaria Vice-Rei. Nem dos passeios pelas ruas da cidade, mal terminava o dia de formação. Neste último dia, o motivator pediu-nos para escrevermos uma carta a nós próprios. Nessa carta, teríamos de falar dos nossos objectivos para um futuro mais ou menos próximo. Tínhamos de indicar, a lápis, no canto superior direito do envelope, o dia em que gostaríamos de receber a nossa carta em casa. Houve quem a quisesse receber três meses mais tarde, outros seis meses. Eu pedi o tempo mais longo permitido. Três anos. Brincaram comigo, dizendo que 2012 era o ano do fim do mundo e que nunca iria receber a minha carta. Não liguei. Eu queria que fosse uma verdadeira surpresa, quando abrisse a minha caixa de correio e encontrasse a minha carta. Queria já ter esquecido o que nela tinha escrito, antes de a receber. Queria que a minha vida tivesse efectivamente mudado e, para isso, sabia que era preciso tempo. Lembro-me, agora, que não foi fácil escrever aquela carta. Via os meus colegas todos empolgados. Escreviam, voltavam a escrever e escreviam mais ainda, sem qualquer necessidade de pensar muito. Gente com objectivos bem definidos, pensei eu na altura. Demorei uns bons minutos antes de escrever a primeira palavra da minha carta. Nunca fui pessoa de grandes objectivos. Nunca fui de pensar muito no que seria o meu futuro, no que gostaria que ele fosse. Recebi a carta com uma semana de antecedência. Mas não a abri. Esperei pelo dia escrito, a lápis, no canto superior direito do envelope. Esperei até ontem. Escrevi bastante, afinal, há três anos atrás. Uma folha A4, frente e verso inteirinha. Não me lembrava mesmo nada do que tinha escrito. Mas reconheci-me logo. Palavras cheias de ironia e algum sarcasmo. Talvez para esconder melhor o meu receio de pedir algo. De pedir aquilo que, sabia, não iria ter, nem três anos mais tarde. E, realmente, não consegui atingir nenhum dos objectivos que desejei naquelas quantas linhas. Como se os anos passassem, mas a minha vida não. E acredito que o mais importante dos objectivos, subentendido ao longo da carta, nunca o irei alcançar. E o que tem graça (sem ter graça nenhuma) é que já o sabia, também, há três anos atrás.




A primeira do ano...


 ... que, com toda a certeza, não será a última.
Ontem, foi domingo de sardinhada. Sardinhada como deve ser, com tudo o que uma pessoa tem direito: a boa da sardinha assada, a salada típica (pimentos  assados, dos verdes e dos vermelhos, tomate, pepino e cebola) e a broa de milho escura.




Com a sardinhada, regressou o sol. Vamos lá ver se veio para ficar e se me consegue animar.

sábado, 14 de julho de 2012

Eles andam aí...


Ainda não me entupiram a caixa de correio. Ainda não vieram bater à minha porta. Ainda não me pediram autógrafos à saída do cinema. Ainda não se juntaram numa animada manifestação. Ainda não. Mas eles andam por aí, os fãs da Mam'Zelle Moustache. Ora vejam:




Eles pedem, eu obedeço #1 - faa


Depois de um comentário que deixei neste seu post, o faa pediu e eu aqui obedeço. Pediu-me para pôr as mãozinhas à obra e fazer um bouquet com couve. Pois que ele nunca tinha visto e até gostaria de ver. Sou muito bem mandada, como já por aqui disse e repito. No entanto, não tenho couve em casa, o que é uma pena. Também não tenho flores, outra pena ainda maior. Por isso, deixo-vos aqui exemplos que, mesmo não tendo sido feitos por mim, mostram, e muito bem, que há ramos bem giros com couves. Fiquem já a saber, o faa em particular e o resto da malta em geral, que a Mam'Zelle M. nunca fala à toa. Pensando melhor, talvez, uma vez ou outra, mas em casos extremamente raros e pontuais. Essencialmente depois de cortar o cabelo.


(a preparação da couve, passo a passo)




(a versão discreta)




(a versão total look - com couves de todos os tamanhos e feitios)



Ficaram todos - e o faa em particular - esclarecidos e satisfeitos? A Mam'Zelle também fica deveras satisfeita, sendo assim.
E não é que o mundo é lindo, por instantes, quando temos a sensação de dever cumprido?

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Porque eu também sei o que é bom... #5

(...e faz bem à pele.)

 

Ivan Sergei*


Descobri o homem a ver Jack and Jill, uma série que, nos meus anos de faculdade, passava na RTP2. Gostava muito, na altura. O par atípico que ele formava com Amanda Peet (actriz que eu adoro) era enternecedor. A série acabou assim do nada, estavam eles para casar. Fiquei triste, confesso.

* Tive de ir ao Sr. Google para desencantar o nome do moço. Não me lembrava, é verdade. Também não foi fácil encontrar uma foto de jeito. Não é, de todo, um homem muito fotogénico. Ou, então, nunca se deu ao trabalho de tirar fotos decentes. Isso agora é que eu já não sei.


Let's look at the trailer!

ERRATA


Relembremos, por gentileza, o texto Pour déclarer sa flamme...
Para que se possa fazer do dito texto uma leitura mais rigorosa, com informações correctas e de maior exactidão, as seguintes alterações deverão ser efectuadas :

 Linha cinco:
  • onde se lê "mostrou as mãos.", acrescentar "e o relógio também" depois de "mãos" e antes do ponto final. 
  • onde se lê "silhueta esguia", leia-se "silhueta esbelta".
  • onde se lê "1,85m", leia-se "1,86m".


Linha seis:
  • onde se lê "quem mostre os pés,", acrescentar "calçados de uns belos sapatos todos modernaços" depois de "pés" e antes da vírgula.


Linha sete:
  • onde se lê "que mostra o pulso,", acrescentar "e uma parte dos dedos da mão direita" depois de "pulso" e antes da vírgula.
  • acrescentar o seguinte exemplo aos já presentes nas linhas 10 e 11: "Uns mais engraçados. Outros mais susceptíveis."

 
Peço, desde já, as maiores desculpas pelo incómodo. Agradeço a vossa compreensão. A dos bloggers, homens e mulheres. A dos não bloggers, homens e mulheres. A dos "amostra" de bloggers, só conheço um homem*, mas, se houver mulheres, também entram no agradecimento.






Como é óbvio, esta Errata é uma brincadeirinha minha. E aqui vai um belo piscar de olhos para a malta toda ;)
É verdade, por incrível que pareça, não tive nenhum blogger a identificar-se, solicitando que rectificasse uma ou outra coisa a seu respeito na minha descrição. Será que nenhum deles leu? Hum... não me parece. Será que, para além de todas as belas características que lhes apontei, também são tímidos? Talvez. Será que os descrevi assim tão mal tão mal que nenhum se reconheceu? Não faço a mínima ideia. Mas espero, isso sim, receber uma palavrinha de agradecimento, caso um destes bloggers misteriosos seja pedido em casamento. Fui ou não fui eu que incentivei o mulherio a assumir a sua paixão blogosférica, hein?



* esta do "amostra" também é a brincar (estou muito reinadia hoje, é o que é), como é óbvio.

O maior furo jornalístico do ano!


É oficial, Mam'Zelle M. está apaixonada!



(ilustração de Agnès Doney)


E não é que a tretóloga tinha toda a razão...
E até aquele "para breve" foi certeiro, sim senhora. Seis dias, só precisei de seis dias para a minha libertação. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

TRETOLOGIA do dia #7 (ontem)


Bem, ontem, pela primeira vez, tive de ler e reler umas quantas vezes a minha tretologia.
Li. E aquilo soou-me estranho. Pareceu-me uma resposta, do sexólogo da revista Maria, relacionada com um dos maiores complexos masculinos.
Reli. E aquilo soou-me estranho de novo. O senhor Evan Esar devia ser um grande brincalhão. Só pode. E palpita-me que a tretóloga não chegou lá.
Voltei a ler. E aquela pergunta estúpida da vidente deixou-me a pensar. Em quê?, perguntam e muito bem. Nem eu sei. Vou ter de aprofundar o assunto...

 


Há um mundo que é mesmo (muito) pequenino


Sempre ouvi dizer, desde muito criança, que o mundo era pequeno. Pois eu nunca percebi. Já foi difícil, para mim, entender e aceitar que a terra é redonda. Por isso, já estão a ver o que a casa gasta. Esta e tantas outras informações que me foram dadas ao longo dos anos, nem sempre foram fáceis de aceitar, é verdade. E nem quero falar aqui na do pai natal. Seria cruel demais...
Não acreditava na altura, e ainda não acredito agora, que já tenho idade para ter juízo. Nunca achei que o mundo fosse pequeno. Pelo contrário. Sempre o vi demasiado grande, demasiado distante, demasiado por descobrir.
Tinha uma amiga (aliás ainda a tenho. É a minha melhor amiga há uns 15 anos) para quem, efectivamente, o mundo era pequeno. Encontrava sempre, nos locais mais improváveis, as pessoas menos esperadas mas mais desejadas também. A mim, nunca me aconteceu. Nem uma única vez. A tal de excepção que confirma a regra, estão a ver? Nem essa tive. Quantas vezes saí de casa e fui a um determinado sítio pensando que poderia esbarrar, por azar (ou por magia, nem sei ao certo), com este ou aquele. Fazia isso, em vez de responder a um simples sms que, com toda a certeza, merecia resposta (como eu sei disso, agora). Porque era orgulhosa ou demasiado insegura para o fazer. Quantas vezes quis ir a um ou outro lugar, só porque sim, mas acabou por não dar. E vinha a saber, mais tarde, que aquela pessoa que eu tanto queria rever lá tinha estado, naquele mesmo sítio, no dia em que eu era para ir também. Acreditam? Tudo verdade. Não tinha ido eu, porque o malvado do destino* não deixou, mas tinha ido a minha melhor amiga, lá está. Ela, depois, é que me dizia: "sabes, Mam'Zelle, quem eu vi naquele tal sítio onde querias ir mas não deu?" Não precisava de acrescentar mais nada. Eu já sentia. Já sabia perfeitamente quem ela tinha visto. Porque, para ela, o mundo é, e sempre foi, extrema e estranhamente pequeno.








Mas, há poucos dias, percebi que o mundo era realmente pequeno. Só que não é o mesmo mundo de que me falavam em criança. É que este mundo, aquele de que estou a falar agora, não existia na altura (chiça, que estou velha!). Falo do mundo da blogosfera. Frequento-o há relativamente pouco tempo, é certo. Uns três meses e meio, talvez. Mas já deu para ver que este, realmente, é um mundo miudinho. Aquilo que parece impossível acontece de facto. Pessoas que julgamos tão distantes, sem razão para se conhecerem, afinal, até se conhecem e muito bem. E o mais engraçado é que chegamos lá por uma sucessão de distracções, lapsos, ou coincidências. E começamos a comparar datas. E tentamos encontrar o fio à meada. E apuramos factos. E tudo se encaixa. E tudo o que pressentíamos, finalmente se confirma. Somos a única pessoa a ver isso, mas confirma-se sim. Só é lixado quando mete amigos ao barulho. E mete. Um amigo que sofre. Que, sem dúvida, está uma sombra do que já foi. Um amigo que tenta esquecer, mas não esquece.
E, assim, descobri que há pessoas e pessoas. E percebi que tudo isto é uma questão de relacionamentos, afinidades, trocas e também baldrocas. E fiquei a saber que o mundo é pequenino, sim. Este mundo. Este mundo em que agorinha mesmo estou a escrever, entenda-se.


Também deu para perceber que sou bruxa (por adivinhar coisas e não por fazer mezinhas, nem lançar feitiços, nem fazer vodu. Fica, mais uma vez, aqui esclarecido). Mas isso, já sabia há um tempinho. O problema é adivinhar sempre aquilo que não tem nada a ver comigo. Aquilo que, para ser muito sincera, não me interessa nem um tico. Já pareço a Dona Maya. Sabe resolver os dilemas de toda a gente (diz-se). Menos os dela...




sina, fatalidade, acaso, karma ou o raio que o parta. Nem sei como hei-de chamar a esta porra, mas que é tramada, lá isso é. Não tenham dúvidas.