(Bolachita, irresistível logo ao acordar, com 10 meses e 28 dias)
domingo, 31 de agosto de 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Mam'Zelle em modo Revenge
Há pessoas que, para além de desonestas e mentirosas, também são muito descaradas. Infelizmente, vi-me obrigada a lidar directamente com várias pessoas deste tipo, de há uns tempos para cá. Não estava habituada a isso. Não acredito que um dia venha a estar.
Ontem, pela primeira vez - mas palpita-me que não será pela última - fui chamada ao Julgado de Paz por causa de um desses indivíduos. Meteu-me um processo, o sacana. E, para além de tempo, lá tive de arranjar paciência por causa daquela criatura. Nem sei bem onde. Até porque a paciência nunca foi um dos meus pontos fortes. E lá tive de respirar fundo umas quantas vezes, de olhos fechados (resulta sempre melhor), antes de entrar naquela sala onde estivemos frente a frente.
Olhei-o sempre nos olhos. Sempre. Ele não o fez uma única vez.
Eu afirmo que o senhor está a mentir, olhando-o nos olhos. Repita lá o que acaba de dizer olhando para mim também, se for capaz.
Não foi capaz. Falou sempre olhando para a mediadora ou, quando precisava de se dirigir a mim, olhando para as suas próprias mãos que não parava de esfregar uma na outra.
Não houve acordo. Não quis sair da sua posição, naquele momento. Expliquei-lhe que tinha até hoje para desistir da instância. Visto eu ter até segunda-feira para redigir a minha contestação. O estupor disse que ia pensar. Sabendo perfeitamente que não tinha qualquer razão, precisava de pensar, aquele grande mentiroso. Eu acho que, depois daquela hora de fantochada, estava tudo mais do que pensado. Sabia perfeitamente que, caso continuasse com a queixa, a sua converseta não iria resultar, tendo em conta as provas que eu tinha. O problema dele era assumir, à minha frente, que a história que tinha inventado não tinha pernas para andar. O problema era aquele homem assumir que tinha sido um filho da mãe e que não se pode ganhar sempre. Desta vez, quem ganhou fui eu.
Ainda só venci uma micro batalha. Tenho plena consciência disso. Que venha de lá essa guerra.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Uauuuuuuuuuuuuu!
Andava eu pela net, à procura de uma foto da Cécile de France para o post de ontem, quando me deparo com o seguinte desenho:
E todo o meu rosto se iluminou. Todo ele se transformou num espontâneo e valente Uauuuuuuuuuuuuu!
Ele foi pescoço a estender-se para a frente. Ele foi olhitos a ficarem enormes. Ele foi boca a abrir-se em forma de ó (a letra/vogal 'o', estão a ver?). Ele foi toda uma expressão de admiração e respeito pelo belíssimo trabalho.
A Mam'Zelle não tem as feições da Cécile de France, que não tem. A Mam'Zelle nunca daria para fazer uma coisa tão gira, que não dava. Mesmo assim - e na medida do possível, tendo em conta o que se é/se tem e a mais não se sendo obrigada - gostaria muito que, um dia, me fizessem um desenho deste tipo.
Ficaria grata, para todo o sempre, à/ao artista que se desse ao trabalho de me desenhar assim*. E se fosse um desenho de mim com a Bolachita, tanto melhor.
* por acaso, já tenho um desenho deste género. mas grande parte do meu rosto está tapado. por acaso, até estou à espera de outro trabalho deste género, mas não vai ser um desenho só de rosto. terá muitas outras informações à volta.
Achei por bem avisar, já que poderá aparecer um desses trabalhos por aqui. E não quero que a malta tenha qualquer motivo para vir argumentar isto ou aquilo sobre a minha pessoa. do género: 'Ah e tal, porque a Mam'Zelle disse que queria. Mas afinal até já tem. Et patati et patata.' Poupem-me, sim?
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Aqueles pormenores que me fascinam #7
Raleiras. Mais precisamente aquela raleira que algumas pessoas têm entre os dois dentes da frente.
Não sei por que raio a língua portuguesa tem um termo tão feio para identificar algo tão giro. Em Francês, diz-se 'avoir les dents du bonheur'. Conceito, sem dúvida, bem mais fixe e inspirador.
(Vanessa Paradis)
E se há certos pormenores que me chamam mais a atenção nos homens, neste caso, prefiro ver nas mulheres. Dá-lhes um certo ar de criança. Um je ne sais quoi atrevidote e divertido que me agrada particularmente.
(Cécile de France)
Há uns tempos atrás, chegou a ser moda. Havia pessoas que pagavam para lixar (ou sei lá qual o termo certo para a coisa) os dentes da frente até ficarem com a dita raleira. Não iria tão longe. Mas que não me importaria nem um tico de ter dentes da felicidade, lá isso é bem verdade.
nota: este post estava esquecido nos rascunhos há uma data de tempo. Lembrei-me de o ir resgatar por causa da Bolachita. É que, visto só ter dois dentitos de cima (enfim, dois dentes e meio, que já lá vem outro), ainda tem uma enorme raleira entre eles. Se me lembrar, depois mostro.
nota: este post estava esquecido nos rascunhos há uma data de tempo. Lembrei-me de o ir resgatar por causa da Bolachita. É que, visto só ter dois dentitos de cima (enfim, dois dentes e meio, que já lá vem outro), ainda tem uma enorme raleira entre eles. Se me lembrar, depois mostro.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Reuniões de família - a vantagem de se ter uma bebé pequenina*
Não sou grande apreciadora de reuniões de família. [Sim, sim, tem tudo a ver com o facto de ser anti-social a valer e não só.] Este ano, para além de almoços e jantares que consegui esquivar à francesa (ou seja, subtil e elegantemente), tinha um baptizado e um casamento.
Fiquei-me pelo baptizado.
E, pela primeira vez, senti que ir a uma festa - tendo uma criança demasiado pequena para poder comer guloseimas mas grande o suficiente (basta ter nascido) para as receber como lembrança - era uma verdadeira bênção.
Melhor que isto, só mesmo se, em vez de oferecerem gomas aos putos, lhes oferecessem bolos. É que, como já devo ter dito por aqui, a Mam'Zelle não é muito apreciadora de gomas e rebuçados. O que ela gosta mesmo é de bolos e biscoitos. Fica aqui a dica.
Fiquei-me pelo baptizado.
Bolachita, toda satisfeita, no seu primeiro 'grande' evento social
E, pela primeira vez, senti que ir a uma festa - tendo uma criança demasiado pequena para poder comer guloseimas mas grande o suficiente (basta ter nascido) para as receber como lembrança - era uma verdadeira bênção.
Melhor que isto, só mesmo se, em vez de oferecerem gomas aos putos, lhes oferecessem bolos. É que, como já devo ter dito por aqui, a Mam'Zelle não é muito apreciadora de gomas e rebuçados. O que ela gosta mesmo é de bolos e biscoitos. Fica aqui a dica.
ela bem que lhe agarrou, mas quem acabou por comer fui eu
* sim, eu sei que é um pleonasmo. mas acho-lhe tanta piada. imensa mesmo. Posso?
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
O que é que vos deu, ó malta?
Este meu casebre é humilde. Toda a gente sabe disso*.
O Miúda com pêlo na venta é lido por pouca gente*. Acredito que todos* desconfiavam. Agora ficam mesmo a saber.
Por estas duas razões - e outras quantas que não vou para aqui enumerar - ter achado estranho quando me deparei com o gráfico das visualizações de hoje. Com aquele pico das 15h00', para ser mais exacta.
Foi engano colectivo, foi?
Foi vontade repentina e incontrolável de saber da Mam'Zelle, porque, no fundo no fundo, até lhe acham uma certa graça e porque, lá mesmo no vosso fundo mais profundo, simpatizam um tico com ela, não conseguem é perceber bem o porquê?
Se ninguém se manifestar em contrário, fico-me pela segunda hipótese.
Ai ficas-te pela segunda hipótese? Então mas porquê?, perguntam vocês.
Então mas por que não, ué?!, respondo/pergunto eu.
* 'toda a gente'/'todos', é como quem diz, obviamente. Aquela/aqueles que por aqui passa(m), vá.
* 'pouca gente' é como quem diz, obviamente. Se quisesse dedicar um dia a cada pessoa que por aqui passa diariamente (a não ser que sejam só umas cinco ou seis alminhas que tenham por hábito passar por cá n vezes ao dia), não me chegaria um ano inteirinho para o fazer.
* 'pouca gente' é como quem diz, obviamente. Se quisesse dedicar um dia a cada pessoa que por aqui passa diariamente (a não ser que sejam só umas cinco ou seis alminhas que tenham por hábito passar por cá n vezes ao dia), não me chegaria um ano inteirinho para o fazer.
Fartote de fim-de-semana
Três de enfiada, foram os filmes franceses que enfardei no passado sábado. Tinham em comum, para além de serem comédias, o actor Franck Dubosc. Pura coincidência. Os dois primeiros até são do mesmo realizador. Coincidência pura. Só me apercebi agora, quando fui buscar os cartazes para colocar aqui.
A box está cheia de gravações. Tenho de começar a ver com afinco o que por lá vai e ir apagando o que já foi visto. Caso contrário, deixo de poder gravar o que passar daqui para a frente. Uma trabalheira. (explicação racionalmente lógica)
Preciso de rir. Com urgência. Muito. Os últimos tempos não têm sido fáceis. Agosto está a ser particularmente difícil. Rir, despreocupadamente. Rir, sem pensar em mais nada. É disso que mais preciso. Foi isso que tentei fazer, este fim-de-semana. Uma necessidade. (razão emocionalmente válida)
A box está cheia de gravações. Tenho de começar a ver com afinco o que por lá vai e ir apagando o que já foi visto. Caso contrário, deixo de poder gravar o que passar daqui para a frente. Uma trabalheira. (explicação racionalmente lógica)
Preciso de rir. Com urgência. Muito. Os últimos tempos não têm sido fáceis. Agosto está a ser particularmente difícil. Rir, despreocupadamente. Rir, sem pensar em mais nada. É disso que mais preciso. Foi isso que tentei fazer, este fim-de-semana. Uma necessidade. (razão emocionalmente válida)
E, no domingo, aviei mais este. Género um pouco diferente dos outros três, não deixando de ser comédia. Vi essencialmente pela Audrey Tautou, actriz de quem sou fã desde Le fabuleux destin d'Amélie Poulain.
domingo, 24 de agosto de 2014
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Daquilo dos beijinhos
(AVISO: o post que se segue é do mais lamechas que há. Prometo, no entanto, não voltar a repetir tal coisa.)
Desde que tenho a Bolachita que não paro de os distribuir às bochechas mais irresistíveis de todos os tempos, as dela. E, tal como referi aqui, sinto que devo aproveitar ao máximo enquanto não tem a capacidade de reclamar.
Pois bem. Parece que há quem não reclame, mesmo já tendo a idade necessária para saber perfeitamente verbalizar o que quer ou deixa de querer. E não só os pede como os retribui a dobrar.
Agora só espero que a Bolachita saia a esta primita.
É que a E. nunca me tinha visto mais gorda. Mesmo assim, e por mais estranho que possa parecer, mal lhe peguei ao colo, começou a encher-me de beijos.
Já disse que a criançada é um dos poucos (muito poucos mesmo) pontos fracos aqui da Mam'Zelle? Pronto, está esclarecido.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Aquela casa (per)feita para mim
Andei muito tempo à procura de casa. Durante meses e meses (a bem dizer, passou mais de um ano) percorri Coimbra com vários agentes imobiliários. Fiquei a conhecer ruas por onde nunca tinha passado. Fiquei perita em áreas, exposições solares e outras coisas mais.
Foi muito difícil encontrar uma casa que correspondesse ao que eu queria. Foi muito difícil entrar num espaço e sentir que poderia ser o meu futuro lar. Pensei, por várias vezes, que não seria possível chegar lá. Mas, um belo dia (pensando melhor, talvez não fosse tão belo assim), apresentaram-me aquela casa. E, antes mesmo de entrar, gostei dela. Gostei daquelas paredes, daquela fachada antiga, dos seus pormenores. Entrei e confirmei o que, para mim, já era óbvio. Era aquela casa mesmo que eu queria. Tanto a quis que hoje é minha.
Havia muito para mudar, na minha casa. Era antiga. Estava maltratada. Mas tinha um charme inconfundível. Começaram-se as obras. Entusiasmada, fui escolhendo os materiais que a iriam tornar efectivamente minha. E o tempo foi passando. E as obras iam estagnando. E as desculpas foram surgindo. E eu fui aguentando e acreditando na palavra de quem não merece o chão que pisa. Fui mantendo a calma porque aquilo era o início de uma nova vida. Fui adiando o inevitável porque queria acreditar que a Bolachita dormiria no seu quarto novo antes de completar o meio ano de vida.
Mas um dia não deu mais. Um dia tive de dizer basta. E o pior não é ter investido dinheiro no vazio de um empreiteiro sem escrúpulos. O pior não é a Bolachita ainda ter de dormir num quarto que não é o dela. O pior não é ter sido roubada e ter a casa num estado lastimável. O pior também não se fica por todos os problemas que surgiram depois disso e que não têm resolução à vista (e acreditem que esta parte está a ser do mais lixada que pode haver).
O pior de tudo é já não conseguir entrar naquela casa. O pior é o entusiasmo se ter transformado, a pouco e pouco, num misto de cansaço incomensurável e desilusão profunda. O pior é já não conseguir ver à frente aquele sítio que imaginei como sendo o lar perfeito para mim.
O pior é, antes mesmo de poder ir para lá viver, já não sentir aquela casa como sendo minha.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Porque aqui o Miúda com Pêlo na Venta não é patrocinado por ninguém
Posso e devo desancar o que quiser e bem me apetecer.
E, assim sendo, tenho de avisar que o produto que se segue é um verdadeiro engodo.
(desculpem a foto estar um tico tremida. mas tinha acabado de me besuntar e a máquina estava a deslisar, tipo enguia, da minha mão. para os mais ceguetas ou incrédulos, esclareço que é mesmo "non-greasy" que não tiveram vergonha de escrever na tampa. gente descarada, é o que é.)
(desculpem a foto estar um tico tremida. mas tinha acabado de me besuntar e a máquina estava a deslisar, tipo enguia, da minha mão. para os mais ceguetas ou incrédulos, esclareço que é mesmo "non-greasy" que não tiveram vergonha de escrever na tampa. gente descarada, é o que é.)
Não gosto nem um tico que gozem com a minha cara. E este produtozeco, de facto, gozou. Só não o deito fora como se de uma peúga rota ou de um ovo podre se tratasse porque ninguém me devolve os euritos que nele gastei.
Pois que vou ter de reluzir e deixar a minha marca por onde me sente ou por onde encoste este corpito. Isto, até acabar com o dito cujo (produto, não corpo, entenda-se). É que esta porcaria é mais gordurosa do que a banha de porco onde a minha avó costumava fritar os rojões. Fosca-se.
Uma canseira, isto de ter de lidar com todo o tipo de incompetências. E não digo mais nada.
Pois que vou ter de reluzir e deixar a minha marca por onde me sente ou por onde encoste este corpito. Isto, até acabar com o dito cujo (produto, não corpo, entenda-se). É que esta porcaria é mais gordurosa do que a banha de porco onde a minha avó costumava fritar os rojões. Fosca-se.
Uma canseira, isto de ter de lidar com todo o tipo de incompetências. E não digo mais nada.
Chato, chato é...
ser-se uma gulosa do piorio.
Chatice ainda maior é ter plena noção de que a situação não tem remédio. Aquele momento em que já não se vislumbra qualquer solução capaz de afugentar tamanho mal de dentro de uma pessoa. Estão a ver?
Chatice ainda maior é ter plena noção de que a situação não tem remédio. Aquele momento em que já não se vislumbra qualquer solução capaz de afugentar tamanho mal de dentro de uma pessoa. Estão a ver?
Anteontem, como já sabem, apareceram os puxadores. Ontem, tinha de voltar à loja. Pois que os malditos vinham com defeitos.
On ne change pas une équipe qui gagne, diz-se lá por França. E, assim sendo, chegando a hora de almoço, tinha de escolher um repasto com alho. Decidi-me pelo Bisteca al Alho (que é como quem diz, bife de vitela com alho e louro, flamejado em vinho branco, acompanhado de polenta frita e feijão verde). Se tem alho é o que interessa, pensei eu. Muito bom e bem temperado, sentiram as minhas papilas gustativas.
Estava preparadíssima para voltar à loja com os puxadores debaixo do braço.
E aqui, neste preciso momento, é que a coisa se complicou. Tinham de me perguntar se queria sobremesa. Não podiam trazer logo a conta, arrumar o assunto e não se falava mais nisso. Não. O raio do empregado teve de puxar o assunto. E eu até que tentei resistir um tico. Até que fiz uma pausa de segundos para obrigar os meus lábios a darem a resposta certa. Mas, nada a fazer. Lá tive de pedir a carta e escolher a sobremesa mais... digamos imponente.
E todo o esforço que tinha feito para comer um prato com alho foi-se com a degustação desta coupe com frutos silvestres.
Já disse que este meu caso não tem remédio? Pois.
nota: mesmo assim, a malta da loja dos puxadores continuou super disponível e prestável. A responsável pela secção não se encontrava na loja. Expus a situação ao funcionário (que já tinha sido meu aluno noutra vida e que ainda se lembrava de mim como 'a professora de francês mais exigente que algum dia teve'). Expliquei-lhe o que achava melhor. O rapaz, esse, ficou de transmitir a ideia à sua chefe e pedir-lhe que me ligasse logo que fosse possível, com uma resposta. Assim foi. Meia horita depois, o funcionário-meu-ex-aluno já me estava a ligar. A chefe encontrava-se, naquele momento, numa reunião e não podia ligar-me, mas estava tudo certo. A minha proposta tinha sido aceite e ainda acrescentaram uns bónus pelo meio. Uns quinze minutos depois desta chamada, recebo SMS da chefe a reiterar o que já me tinha sido dito pelo funcionário. Elle 'est pas belle la vie?
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Triste, triste é...
confirmar (pois que já se desconfiava) que só conseguimos ser ouvidos e devidamente atendidos quando fazemos peixeirada. Enfim, peixeirada é como quem diz, que aqui a Mam'Zelle não é dada a essas coisas. Digamos que temos de subir um tico o tom de voz, argumentar de forma exaltada e concluir o nosso raciocínio/discurso lançando um ultimato.
É verdade, aquilo que se arrastava há mais de dois meses foi resolvido* de um dia para o outro.
'Peixeirada' na quinta-feira à tarde, puxadores na loja na manhã de segunda-feira (sexta foi feriado). Mais precisamente às oito horas, quarenta e um minutos e trinta e quatro segundos (quando a loja só abre às nove). Recebo uma mensagem a informar-me de que já posso ir buscar os puxadores. Não consigo ir até lá de manhã. Chega a hora de almoço. Recebo um telefonema da gerente de loja a tentar confirmar se, efectivamente, recebi a dita mensagem. Dois meses a marimbarem-se para o meu caso e, de repente, muito preocupadinhos com a minha situação. E paciência para esta gente? Claro que não pode haver.
E é assim. Por mais que uma pessoa queira manter a calma e ser educada, não tem como. Não há cá lugar a civismos quando somos confrontados com incompetências. É que não há condições mesmo. E uma pessoa tem de ser ruim. Pois claro.
* Melhor dizendo, foi meio resolvido. Só vieram cinco dos onze puxadores encomendados. É que competência, quando não se tem, não se inventa assim do pé para a mão. Por muito que possa ajudar um belo bacalhau ao almoço e uma conversa mais assertiva e acesa, não se fazem milagres. Ainda.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
tu m' vois, tu' m' vois plus
Tapo os olhos. Deixo de ver. Logo, deixam de me ver também.
Era tão - mas tão tão - fixe se esta crença de criança estivesse, de facto, certa. Seria tão - mas tão tão - espectacular que, simplesmente, funcionasse.
Já que não dá (jeito) desaparecer de vez.
domingo, 17 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Bonito, bonito* é...
comer um belo de um bacalhau no forno, saturadinho de alho e acompanhado de uma potente salada, generosa que só ela em cebola (crua, obviamente). E, logo a seguir, ir até uma loja daquelas-que-vendem-de-tudo-um-pouco-para-a-casa e barafustar com a gerente que anda a engonhar há mais de dois meses uns puxadores que deveriam ter chegado no prazo máximo de quinze dias.
E a Mam'Zelle - que gosta de tudo quanto é bonito - pôs em prática, hoje mesmo, esta grande verdade*.
* e do mais empírico que há
Por mim, ficava só com os dois de baixo e não se falava mais nisso.
É que, aquele ranger de dentes* irritante com'ó catano e o facto de estar sempre com a queixada para a frente para conseguir o feito acima enunciado, não diz com nada.
Porreta p'ra ela!
* ainda estou para descobrir como consegue fazer aquele barulho todo - tipo caricas a darem beijinhos - com dentitos tão pequenitos. É que os de cima ainda pouco se vêem.
* ainda estou para descobrir como consegue fazer aquele barulho todo - tipo caricas a darem beijinhos - com dentitos tão pequenitos. É que os de cima ainda pouco se vêem.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Lamechices boas
Un canon sur la tempe
J'ai le coeur et l'âme en paix
Ton doigt sur la détente
Fais de moi ce qu'il te plait
C'est violent mais c'est tendre
Presque animal
Quand la trajectoire de la balle
Epouse les formes de tes hanches
J'ai encore le goût de nos nuits blanches sur mes lèvres
De l'écume des jours agrippée à ton chevet
De l'écho au sommeil de l'eau
J'ai encore le goût des nuits blanches sur mes lèvres
Je t'écris sur les murs
Je t'écris du coeur de la ville
L'amour est une drogue dure
Et chaque dose m'éloigne du vide
Je t'écris du futur
Je vois nos vies
Et nos gosses sauter sur le lit
Des soleils brûlent dans nos bougies
J'ai encore le goût de nos nuits blanches sur mes lèvres
De l'écume des jours agrippée à ton chevet
De l'écho au sommeil de l'eau
J'ai encore le goût des nuits blanches sur mes lèvres
C'est tout ce qu'on a
C'est tout ce qu'on a
Ça brûle encore
C'est toujours là
C'est toujours là
Quand on s'endort
(Nuits blanches, Kyo)
O Festival da Francesinha - não eu, a outra*
De há uns quatro anos para cá, não tenho falhado. Com o mês de Agosto, chega o Festival da Francesinha na Figueira e a Mam'Zelle tem de passar por lá. Não só pela francesinha em si, mas também para ir fazer uma visita à melhor amiga, mãe de bebé L. Já não as via há quase oito meses. Impressionante, como o tempo foge. E assim foi, na sexta-feira passada, noite de francesinha no Casino da Figueira da Foz.
Há um ano atrás, tive de me ficar pelo bife bem passado com legumes salteados. Essa parte foi triste, confesso. Mas tudo por uma boa causa. Essa boa causa de nome Bolachita que, este ano, já foi comigo. Não deu para não dar por ela (desculpem lá a redundância aborrecida, mas faz todo o sentido aqui). Foi muito chata. Mesmo muito muito chata, a minha Bolachita. Só quis colo a noite toda. Chorou que se farta. Diria que chorou para o ano inteiro. Até percebo que estava lá muita gente desconhecida. Até percebo que não é costume sentar-se à mesa com dez pessoas. Até percebo que tenha ficado um tico baralhada. É natural. Agora, têm de perceber que comer uma francesinha fria, não diz com nada. Pior, só mesmo o bife bem passado do ano passado. Mas tive de me conformar. Que remédio.
* até porque, a mim, costumavam chamar-me de 'francesita' e não francesinha. Por isso mesmo, não há cá confusão possível.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Igualdade entre os sexos? O tanas!
Pior do que uma gaja chata com a mania das dietas a contar as calorias de tudo quanto é grão de arroz, só mesmo um gajo com as mesmas manias. Aí sim, chato e desinteressante a valer. É que não se aguenta. De todo.
Esclarecimentos necessários para o bem comum #10
A Mam'Zelle gosta de comer.
A Mam'Zelle gosta de comer bolos.
A Mam'Zelle gosta de comer bolos que não sejam pão-de-ló.
A Mam'Zelle gosta muito de comer.
A Mam'Zelle gosta muito de comer bolos.
A Mam'Zelle gosta muito de comer bolos de chocolate.
A Mam'Zelle gosta muito de comer bolos de chocolate sem nozes.
A Mam'Zelle gosta muito muito de comer.
A Mam'Zelle gosta muito muito de comer bolos.
A Mam'Zelle gosta muito muito de comer bolos que não sejam fofos.
A Mam'Zelle gosta muito muito de comer bolos que não sejam fofos mas sim que colem aos dentes.
A Mam'Zelle gosta muito muito de comer bolos que não sejam fofos mas sim que colem aos dentes por serem amassalucados.
A Mam'Zelle gosta muito muito muito de comer bolos que não sejam fofos (tipo pão-de-ló), como por exemplo bolos de chocolate sem nozes e que colem aos dentes por serem amassalucados.
Fico à espera, então.
Mas não gosto de esperar muito.
Não gosto nem um tico de esperar muito. Assim é que é.
nota: o que sabia mesmo bem era um petit gâteau, um dos meus doces favoritos (como cheguei a confessar aqui) mas, para enviar pelo correio, não convém. É uma pena.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Imagens do dia*
* dia de ontem. a calma, a simpatia, o bom humor. Bolachita portou-se muito bem o dia todo (dia esse que não foi assim tão longo e cansativo). Até conseguiu adormecer numa sala cheia de gente barulhenta. E nem acordou com as concertinas, os bate pé, o "eu ouvi o passarinho, às quatro da madrugada" e as palmas. Resumindo, bem-disposta que só ela (e linda, linda), a minha Bolachita.
sábado, 9 de agosto de 2014
Imagem da noite*
('bora lá colocar um adjectivo que caracterize cada interveniente desta imagem? 'bora?)
* noite de ontem. o drama, a tragédia, o horror. nem vos digo nem vos conto (enfim, ainda hei-de falar disto, mas fica para outra altura. não vamos desviar as atenções do ponto fulcral deste post). espécie de teste para o dia de amanhã. amanhã: baptizado de uma prima. cheira-me a dia longo. muuuuuuuuuuuuito longo. e cansativo. muuuuuuuuuuuuuito cansativo.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Olhem-me esta, agora... #2
É que não lhe bastava copiar subtilmente tudo de bom - e com qualidade superior - que partilho generosamente neste meu humilde casebre (quem não se lembra ou chegou atrasado, pode - respectivamente - refrescar a memória ou actualizar-se AQUI). Tinha de me usurpar também a identidade.
É verdade, miss Cristina não descansou enquanto não se apoderou do distintivo mam'zelliano. É caso para dizer que essa gentinha dita famosa nunca está satisfeita com o que tem. Ele é holofotes, festas, croquetes e dinheiro até dar com um pau. Mas, mesmo assim, nunca chega. Nunca é demais. Eu cá acho muito triste. Deprimente até.
É verdade, miss Cristina não descansou enquanto não se apoderou do distintivo mam'zelliano. É caso para dizer que essa gentinha dita famosa nunca está satisfeita com o que tem. Ele é holofotes, festas, croquetes e dinheiro até dar com um pau. Mas, mesmo assim, nunca chega. Nunca é demais. Eu cá acho muito triste. Deprimente até.
Olhem-me só para isto:
E depois, sem um pingo de vergonha naquela cara (sim, tem a cara bonita e não só. nunca disse o contrário nem é isso que está aqui em questão. calma), ainda arreganha a tacha toda, assim como quem diz: tu tens as ideias, a personalidade, o talento e eu é que fico com os louros, sua parvajola insignificante!
E uma pessoa vai fazer o quê? Nada, a bem dizer. Tem de se conformar. E pronto.
E uma pessoa vai fazer o quê? Nada, a bem dizer. Tem de se conformar. E pronto.
Mas aqui a Mam'Zelle parece que já adivinhava o que a casa gasta. Como chegou a desabafar na nota final deste post AQUI. Isto é mesmo coisa de gaja (salvo seja, que aqui a Mam'Zelle não rouba nada a ninguém nem faz tenções disso). Uma não pode ver nada na outra que também tem de ter, seja lá o que for. Invejosas invejosas até ao tutano. É o que é. Livreeeeeeee!
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
E a insensível sou eu?! #7
Já me tinha aparecido noutra batata, há um anito atrás. Lembram-se? (aqui)
Mas, desta vez, veio muito mais perfeitinho. Seja lá o que isso quiser dizer.
Mas, desta vez, veio muito mais perfeitinho. Seja lá o que isso quiser dizer.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Cada um é como cada qual* #2
Há aqueles pais que desde cedo, quando olham para os seus rebentos ainda muito pequeninos, já vêem um futuro advogado, médico ou engenheiro. A Mam'Zelle, ela, quando olha para a Bolachita vê uma futura ginasta:
ou, ainda, trapezista,
em suma, vê uma bela de uma palhacita.
*... e cada qual é como é. E a mais não é obrigado.
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Nunca vos aconteceu?
Estarmos ao telefone com uma pessoa que nunca vimos pessoalmente. Apercebermo-nos de que aquela voz é muito parecida com a voz de outra pessoa. Sabermos que essa outra pessoa é apresentador ou outra coisa qualquer, mas da televisão. Não nos conseguirmos lembrar de quem é essa voz ao certo. Querermos tomar atenção ao que a pessoa nos está a dizer ao telefone. Mas termos imensas dificuldades porque não conseguimos deixar de estar atentas à voz em si para tentar perceber quem é que nos faz lembrar. E a pessoa vai dizendo coisas. Vai fazendo perguntas. Mas não conseguimos ouvir bem tudo, porque estamos distraídas a tentar perceber que raio de voz é que aquela nos faz lembrar. Depois queremos perceber o que a pessoa está a dizer. Mas inibimo-nos de pedir para repetir uma e outra vez, com receio de que a pessoa ache que não batemos bem. Enfim, sabemos que a pessoa em questão, se não tem a certeza, pelo menos desconfia de que não batemos bem a cem por cento. Ou seja, não temos receio nenhum, até porque nunca fizemos questão de esconder esse nosso lado menos normal. Mesmo assim, é sempre chato pedir à outra pessoa para repetir o que estava a dizer. A pessoa chegar a perguntar se temos algo para dizer. E até tínhamos, umas quantas coisas. Mas aquela voz... Sempre aquela voz... Mas com que raio de voz se parece aquela voz? Já não nos lembramos de perguntar nada. Chegarmos ao ponto de querer - sem querer - que o telefonema termine para nos podermos concentrar na voz que até ficou na cabeça. Despedirmo-nos. Ficarmos uns segundos concentradas na lembrança que ainda temos da voz. Mas, a pouco e pouco, já não nos lembramos assim tão bem de como ela é, tornando-se impossível continuarmos a tentar perceber com que outra voz é parecida. E ficarmos com vontade de ouvir a voz, só mais um tico, para tentar desvendar, finalmente, aquele imbróglio que começa a irritar-nos sobremaneira.
E é isto.
Então, digam-me lá. É só a mim que acontecem cenas (maradas) destas?
nota: e não, não há qualquer possibilidade de a pessoa - com quem falámos ao telefone mas que não conhecemos pessoalmente - ser a mesma pessoa da televisão. É que até sabemos mais ou menos onde essa pessoa mora (não a da televisão obviamente. Até porque, se ainda não conseguimos perceber quem é a pessoa em questão, dificilmente podemos saber onde mora). Fica no cu de Judas (em casco de rolha, para os mais sensíveis). Nem rede de jeito se consegue apanhar por lá. E parolo da aldeia não combina com pessoa que trabalha na televisão.
nota: e não, não há qualquer possibilidade de a pessoa - com quem falámos ao telefone mas que não conhecemos pessoalmente - ser a mesma pessoa da televisão. É que até sabemos mais ou menos onde essa pessoa mora (não a da televisão obviamente. Até porque, se ainda não conseguimos perceber quem é a pessoa em questão, dificilmente podemos saber onde mora). Fica no cu de Judas (em casco de rolha, para os mais sensíveis). Nem rede de jeito se consegue apanhar por lá. E parolo da aldeia não combina com pessoa que trabalha na televisão.
Porque eu também consigo desencantar erros nessa treta dos saldos
Não me costuma é dar para isso. Muito simples.
E, sim, ainda e sempre, por causa daquela desculpa do: tenho muito mais o que fazer. Não coisas, obrigatoriamente, mais empolgantes. Mas, seguramente, mais úteis e/ou necessárias. Só isso.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Quando uns não querem, estão outros desertinhos
Já dizia a minha Mamie Z. O certo é que é verdade. Fica aqui mais uma prova disso mesmo.
Uma mulher grávida não quis tirar aquelas fotos da praxe à sua barriguinha para mais tarde recordar. O marido, esse, não se fez de rogado. Chamou um fotógrafo profissional e foi fazendo as poses típicas que se costumam ver numa sessão de gravidez.
O resultado final fala por si. Ora vejam:
Também cheguei a tirar uma foto com uma destas três poses. Ora adivinhem lá qual é?
Para ver mais fotos, é só ir AQUI.
domingo, 3 de agosto de 2014
Das sequelas que ficam dos meus, já famosos, fins-de-semana
É quando estou com uma dor de cabeça tal - que mais parece que a minha testa se vai abrir a meio e, mesmo assim, insisto em não tomar nada para tentar amenizar a coisa - que ponho a hipótese de estar a ser, pela primeira vez na minha já significante (no sentido de longa e não no sentido de relevante) existência, um tico teimosa.
(a bela da construção frásica usada neste post é propositada. Está a fazer pandã com o meu estado emocional.)
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Mesmo já sendo Agosto, outra vez
Para mim, não haverá mais verões.
Podem voltar os dias inundados de sol, o calor abrasador, as sardinhas assadas com pimentos e broa de milho, os corpos definidos dos nadadores salvadores, as bolas de berlim polvilhadas de areia, as peles morenas com cheiro a protector solar, a agitação das festas e romarias, os caracóis acompanhados de torradas com manteiga, as talhadas sumarentas de melão fresco, os vestidos leves e coloridos, o cantar hipnótico dos grilos, as noites estreladas. Pode voltar isso tudo e muito mais. Mas, para mim, o verão não volta mais.
No ano passado, como cheguei a confessar (aqui), o meu mês de Agosto deixou de ser o que sempre tinha sido até então. Já não houve verão. Mas a esperança era muita. Tanta. Inabalável.
Tinha a certeza, porque não poderia ser de outra maneira, que aquele ano seria uma excepção. Tinha a certeza, porque pensar de outra forma seria doloroso demais, que o Verão iria voltar com este mês de Agosto que hoje começa. Tinha a certeza, porque seria tremendamente injusto de outro modo, que já teria a minha mãe à minha beira de novo, por esta altura.
A esperança pode ser lixada. A perda, essa, é lixada demais.