quinta-feira, 21 de junho de 2012

Não posso... #2

com aquelas vendedoras que são chatas como a potassa.




Já se viu tudo. Já se escolheu o que se quer. Já se está na caixa, prestes a pagar. É precisamente aí que a maldita da vendedora começa com o seu discurso monocórdico. Aquele discurso que já disse n vezes naquele dia e em todos os dias anteriores também. E isto, sempre que uma pessoa quer pagar o que deve e ir à sua vida.

- Então mas a menina não precisa de mais nada?
Pequena pausa para inspirar o máximo de ar possível e poder enumerar, de seguida, todas as bugigangas que tem em cima da banca.
- Um batom? um verniz? uns brincos da Hello Kitty? uma pinça? uma lima? uns rebuçados da  Betty Boop? um rimel? uns elásticos ou ganchos para o cabelo? um perfume da Floribela? umas pulseiras que dão equilíbrio? um colar que brilha de noite?
E, eu, lá vou virando a cabeça, da direita para a esquerda e vice versa, sempre que, durante o belo do discurso, ela vai olhando para mim. Igualzinho aos movimentos dos espectadores de um jogo de ténis, mas com muito menos entusiasmo e interesse. Estão a visualizar a cena?
Então mas não parece mais do que óbvio que não queremos mais nada? Repito, já andámos pela loja. Já vimos tudo e mais alguma coisa. Até já temos nas mão aquilo que, efectivamente, queremos levar. E já SÓ pretendemos mesmo pagar.

E, se eu não me engano, é só naquela loja que acontece. Ou melhor, nas lojas com aquele nome*. É que já fui, no mínimo, a quatro, em centros comerciais diferentes, e é sempre a mesma chatice.
Poderiam perguntar-me: Então, mas, Mam'Zelle, por que carga de água (que bem que soa esta expressão neste inicio de verão molhado...) continuas a ir à dita loja?
E, eu, menina bem mandada responderia: porque, para além de ter tudo o que a pequenada (e não só**) gosta, faz sempre umas promoções bastante jeitosas. E porque, já não é segredo para ninguém, eu sou do povo e aprecio o material  bom e barato.


* Não vou mencionar a loja em causa. Não merece o meu patrocínio grátis. Mas, as pessoas mais atentas e perspicazes chegam lá, olhando, com um pouco de atenção, para a foto acima.

** Confesso, eu própria, gosto de muita coisa que por lá vejo. Por isso é que, quando é para as minhas sobrinhas, trago sempre acessórios com o Edward Cullen (obrigado Sr. Google, por esta informação). Tenho a certeza que elas vão gostar. E, essencialmente, tenho a certeza que não vou ficar tentada a guardar os presentes para mim...

8 comentários:

  1. É um verdadeiro atentado à paciência de qualquer um, mas olha que não é só lá que acontece.

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    1. Pois, acredito que não seja só ali. Mas eu não sou muito de andar em lojas. Com as minhas sobrinhas, lá está, de vez em quando, tenho de gramar esta. E, como tão bem dizes, Karenina, é um verdaderio atentado, sim ;)

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  2. A mim nunca me oferecem essas coisas, Mam'Zelle :)

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    1. A sério, Vic? Que estranho. E eu que tão bem te via com uma daquelas bandolete da Hello Kitty. Rosa choque e com muita purpurina ;p

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  3. Só pela descrição cheguei lá... confirma-se...são uma autêntica pain in the ass!

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    1. Já não há pachorra mesmo, Sue. Aquela tentativa de venda agressiva cansa qualquer pessoa...

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  4. Coitadas, estão a fazer o trabalho delas. É chato, ou deve ser, proque não vou à loja em questão. e eu entro em lojas de phones nos ouvidos (que ando de sempre com eles) para não falarem muito comigo.

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    1. Coitadas uma ova! Acredita que esse tipo de procedimento não vai fazer com que consiga vender mais. Agora chatear uma pessoa, consegue de certeza! Essa dos phones nos ouvidos é uma boa ideia. Vou tentar, da próxima vez :)

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