Surreal.
Sinto-o absurdamente surreal, este tempo todo que passou,
vazio,
sensaborão.
Dois mil e vinte está a ser um ano estranho,
um tanto ou quanto desarmante,
pouco estimulante,
displicente.
Apanhou-nos desprevenidos.
Abraçou-nos, traiçoeiramente.
Passa, sem darmos por ele. No entanto, está, efectivamente, a passar. E não voltará atrás. Por mais que não esqueçamos o que se viveu antes de ele nos trocar as voltas. Por mais que o que existiu, há seis meses, se mantenha mais vivo na nossa mente do que o pouco que aconteceu desde o início deste ano extremamente desafiante. O tempo passa,
sem sentido,
sem rumo,
sem brilho,
sem motivação,
oco,
vão.
A verdade é que o ano vai quase a meio e não sinto que [eu] vá a lado algum.
dez de Junho de dois mil e vinte
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