quinta-feira, 19 de março de 2020

Inspirado no homem que vivia numa caixa de correio




Vivo agarrada a um combiné,
dos antigos,
alojado num balão,
de banda desenhada,
a flutuar,
num verde vivaz
que ironiza,
descaradamente,
com a dilacerante
ausência
de qualquer réstia de
esperança;

em mim.

2 comentários:

  1. Já eu, vivo no revirar de olhos rosnado, de Alguém que me enrubesce de esperança no seio deste caos apocalíptico de gente vulgar e abjecta.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Bem, assim descrito, não me parece que esse ‘Alguém’ seja muito atractivo, a não ser que estejas a falar do teu cão. Agora, o importante mesmo é ter-se esperança. E olha que me parece ser um verdadeiro luxo, nos dias que correm. Sortudo. :)

      Eliminar