sexta-feira, 21 de junho de 2019

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Considerações avulsas #1

Se eu não gostar de mim, quem gostará?

Não sei quem gostará de quem. Nem quero saber. O certo é que, eu, não gosto desta máxima.
Sempre que a ouço, dá-me vontade de morder alguém. Sim, tenho esta panca. Não liguem.

É que, mesmo parecendo partir de um bom sentimento, como sendo algo positivo e do bem e do peace e até do love, não é tanto assim. Pelo menos não o é para mim que gosta sempre de analisar um tico as coisas, em vez de ir, feita ovelha (ou barca, neste caso), ao sabor da maré. É tipo aquela cena do papar, calar e ainda agradecer, sem se saber muito bem o que se comeu. Estão a ver? Para mim, não dá. Não consigo. Ler o rótulo é o segredo. Vão por mim.
Resumindo de forma breve. Não sou moça de dizer ou de concordar com algo só porque me é impingido como sendo fixe, bom, da moda, positivo, good mood, et cetera e tal. Nem mesmo sendo apresentado como o santo graal.
Rebanhos? Não, muito obrigada.

Ora voltamos à frase em questão que é para isso que aqui vim hoje.
Pois bem. Quanto a mim, essa interrogaçãozeca, supostamente inocente e muito sábia, pressupõe que o gostarmos de nós é um meio. Um meio para atingir um fim maior. Sermos gostados.
Ora, na minha humilde e singela opinião, o mais importante é gostarmos de nós. Ponto. Porque sim. Ponto. Como um fim. Ponto. Só por si. Ponto. Não para conseguirmos que outrem goste de nós. Ponto final.

A máxima correcta deveria ser:
Se eu não gostar de mim, sou uma grandessíssima tonta. *
(o 'tonta' é suavezito demais, atenção. admito, sem hesitar, que o é. muito. mas é só para não colocar aqui um adjectivo mais forte que poderia abespinhar as almitas mais sensíveis.)



Pronto. Era só isso mesmo. 
Quem quiser também perder dois minutitos para pensar no assunto, pois que o faça.
E se achar, depois dessa reflexão profunda, que, de livre e espontânea vontade, deixará de usar tal máxima, melhor ainda.

E está feito.
Siga.






nota: não estou aqui a levantar, de maneira alguma, a bandeira do - agora também muito na modinha - self love club. seria tema para outro post. não sei, no entanto, se terei paciência para o escrever. para resumir, não sou de modas. e acho que, sendo assim, está tudo dito.


* Se eu não gostar de mim, é pregar-me dois estalos.
(esta está melhorzita, não?)

quinta-feira, 6 de junho de 2019

O pai da minha filha

Diz que não é meu amigo,
que não o quer ser;
que nunca o será.

Mas, no fundo, sei que é meu amigo.
Quero que continue a sê-lo.
Acredito que sempre o será.



 [Parabéns Tiago.]