No fim-de-semana passado, passei-me.
Eu, que tinha tudo devidamente desenhado; desandei.
Eu, que me considerava calma; cambaleei.
Eu, que me sentia segura; serpenteei.
Eu, que me sentia segura; serpenteei.
Eu, certa da minha escolha; escorreguei.
Tinha passado dias a fio, a estudar o código braille.
Dediquei horas preciosas a dispor, com arte e engenho, no word, pontos e mais pontos, em carreirinhos.
Não me valeu de nada.
A minha sorte é não ter esquecido por completo o que me ensinaram nas aulas de língua gestual.
E eu sempre tive bastante jeito com as mãos.
Nunca tinha posto em causa a minha fisionomia. Sempre reivindiquei o ser franzina como um trunfo. [je suis l'as de pique, tiens-toi à carreau.]
Mas, no fim-de-semana, desejei, por instantes, ter um antebraço menos delicado.
Não me valeu de nada.
A minha sorte é ter ombros. Este tipo de ombro peculiar.
E tu sempre tiveste imenso jeito para o elogiar.
Engraçado, foi exactamente a expressão que usei, noutra rede social, para confessar o meu estado, na altura.
ResponderEliminarAos melhores? Isso depende do ponto de vista. Sempre. ;)
[Já agora, é: T’as pété un câble? ;p]