terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O mail que vira post #3 ou Porque foi neste mês - que está prestes a terminar - que descobri que ia ser mãe

Quase noutra vida*, um blogger que gostaria de ser pai mas que, desencantado com as relações amorosas, sentia que nunca o viria a ser, fez-me, numa troca de emails, a seguinte pergunta:

Podes contar-me como/porquê é que decidiste tornar-te mãe?                  
 

E, eu, na altura, respondi:

Bem. Boa pergunta. Penso que, como a maioria das mulheres, chegou um momento em que senti essa vontade de ser mãe. Nunca fui de sonhar em casar e ter filhos desde pequena, contrariamente à minha irmã por exemplo que, desde muito cedo, tinha esses sonhos bem presentes. Mas, depois dos trinta, comecei a ter essa vontade. Não posso explicar o porquê. Lá está, é algo que se sente dentro de nós. Uma vontade de ter alguém que se ame incondicionalmente. Uma percepção mais ou menos nítida de que temos capacidades para criar/educar um pequeno ser que se irá transformar num homem ou numa mulher com valores que também são os nossos. Uma vontade de guiar e acompanhar o crescimento/desenvolvimento de alguém que, de certo modo, faz parte de nós mesmo não sendo nosso (no sentido de posse).
E houve um momento em que tive plena noção de que tinha de acontecer. Percebi que tudo o que tinha passado nos últimos anos tinha um propósito: ter um/a filho/a.



Pronto. Por hoje, é mesmo só isto.



* é que esse mesmo blogger já encontrou a mulher da sua vida, através da blogosfera, já casaram e já têm um filho. Ou seja, tout est bien qui finit bien, como se diz lá por França.

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