Quase noutra vida*, um blogger que gostaria de ser pai mas que, desencantado com as relações amorosas, sentia que nunca o viria a ser, fez-me, numa troca de emails, a seguinte pergunta:
Podes contar-me como/porquê é que
decidiste tornar-te mãe?
E, eu, na altura, respondi:
Bem. Boa pergunta. Penso que, como a maioria das mulheres, chegou um
momento em que senti essa vontade de ser mãe. Nunca fui de sonhar em casar e
ter filhos desde pequena, contrariamente à minha irmã por exemplo que, desde muito cedo,
tinha esses sonhos bem presentes. Mas, depois dos trinta, comecei a ter essa
vontade. Não posso explicar o porquê. Lá está, é algo que se sente dentro de
nós. Uma vontade de ter alguém que se ame incondicionalmente. Uma percepção
mais ou menos nítida de que temos capacidades para criar/educar um pequeno ser
que se irá transformar num homem ou numa mulher com valores que também são os
nossos. Uma vontade de guiar e acompanhar o crescimento/desenvolvimento de
alguém que, de certo modo, faz parte de nós mesmo não sendo nosso (no sentido
de posse).
E houve um momento em que tive plena noção de que tinha de acontecer.
Percebi que tudo o que tinha passado nos últimos anos tinha um propósito: ter
um/a filho/a.
Pronto. Por hoje, é mesmo só isto.
* é que esse mesmo blogger já encontrou a mulher da sua vida, através da blogosfera, já casaram e já têm um filho. Ou seja, tout est bien qui finit bien, como se diz lá por França.
E Puff!fez.se a Bolachita :)
ResponderEliminarFoi quase quase assim. Por pura magia... ;)
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