sexta-feira, 23 de setembro de 2016

L'arroseur arrosé*



Apanharam-me a cuscar os vizinhos. É verdade. Não é nada de que me orgulhe. Não é bonito não senhor. Tenho plena consciência disso.

Mas, e em minha defesa, tenho de salientar dois pormenores deste triste episódio que, lamentavelmente, me tem como envergonhada protagonista.
Primeiro. Devo dizer que não eram bem os vizinhos que estavam a despertar o meu interesse. O que eu queria ver mesmo eram os móveis que estavam a ser levados da casa. Sou grande apreciadora de decoração e móveis antigos e tudo e tudo.
Segundo. Tenho de explicar que fui aliciada a ir cuscar. Não cusquei de livre e espontânea vontade. Assim, do nada. Não. Nada disso, minha gente. Foi uma determinada pessoa - que, por acaso, tinha ido cuscar antes de mim (e de livre e espontânea vontade. por iniciativa própria, portanto) - a avisar-me de que estavam a decorrer mudanças na casa ao lado. Mais. Para além de me informar, também me incentivou a ir ver também.

Ora, a pessoa em questão já devia estar a pensar tramar-me. Já lhe tinha passado pela cabeça a 'brilhante' ideia de me apanhar em flagrante delito de cusquice e registar o acontecimento. E foi o que acabou por fazer.
Atitude de gente pequenina. Muito pequenina. Extremamente pequenina. Mesmo. quero lá saber do teu metro e oitenta e seis ou lá quanto é. estou-me a marimbar redondamente para esse pormenor-zeco. fica desde já sabendo.

Mas a força da justiça é muito poderosa. E, afinal, não fui a única a ser apanhada.
A-DO-RO!





* não conheço nenhuma expressão equivalente em português. mas, se alguém conhecer e quiser partilhar, não me importo de ficar um tico mais sábia.

10 comentários:

  1. Minha querida Bolachitamiga

    Cusca minha querida, cusca... Cusca meu amorzinho, cusca... Cusca minha fofinha, cusca!!!!!

    A verdade é como o azeite - vem sempre ao cimo da auga. A pérfida e insidiosa personagem (cujo nome não indico porque não merece que o faça) armou-te uma armadilha - e tu, criança inocente e no caso desinfeliz, caíste nela (nela - na armadilha não na outra que, aliás bem merecia!!!!)

    Muitos beijinhos repenicadinhos para a minha querida Bolachita/fofinha

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    1. Ó Leãozinho,
      não sei se é falta de sono ou descanso a menos. Mas, parece-me, está a alucinar. Eu sei que gosta muito da Bolachita - contrariamente ao que sente por outra pessoa de quem não direi o nome porque não gosto de estar sempre a falar de mim – mas, e desculpa que lhe diga, a menina-dos-meus-olhos não é para aqui chamada. Aliás, não aparece nem é mencionada neste interessantíssimo post.

      Mas eu desculpo-lhe tudo. :)

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  2. Minha querida Bolachitamiga

    Cusca minha querida, cusca... Cusca meu amorzinho, cusca... Cusca minha fofinha, cusca!!!!!

    A verdade é como o azeite - vem sempre ao cimo da auga. A pérfida e insidiosa personagem (cujo nome não indico porque não merece que o faça) armou-te uma armadilha - e tu, criança inocente e no caso desinfeliz, caíste nela (nela - na armadilha não na outra que, aliás bem merecia!!!!)

    Muitos beijinhos repenicadinhos para a minha querida Bolachita/fofinha

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    1. E não se quis ficar por uma única ronda.
      O comentário teve de vir em dose dupla.
      Correcto.
      ;p

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  3. O regador regado :D acho que em português se pode dizer "virou-se o feitiço contra o feiticeiro"... muito bom :)

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    1. Isso! Então não é que conheço a expressão portuguesa, e muito bem? Só que, naquele momento, não me saiu. [Nós pessoas distraídas temos destas coisas a que também se pode chamar de inconveniente, só que eu não concordo. ;)]
      Mas não podes deixar de admitir que a expressão francesa - que, diga-se de passagem, traduziste de forma exímia - é bem mais giras. :D

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  4. Nem o meu avô usava dessas cuecas. E olha que ele é do tempo em que fazer o amor se escrevia com ph.
    Já nem vou falar dos chinelos.

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    1. Ahahahahahahahahahahahahah! Estou rendida ao teu humor bacoco.
      Mesmo.
      Enfim…

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  5. O que mais se aproxima será: pela boca morre o peixe. Não?! Tem a ver, não digas que não :p

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    1. hum… ok... então é assim... gostei do esforço, Miss Certezas.
      Juro que gostei.
      No entanto, não me parece que seja bem isso. ;p





      Já disse que apreciei genuinamente o esforço? Já? Pronto, pronto. :D

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