segunda-feira, 7 de março de 2016

Sim, sou desse tipo de pessoas, mesmo #14


que não consegue resistir. Por mais que me mentalize e tenha noção da parvoíce que é, não consigo deixar de usar, num determinado contexto, uma expressão que se torna irritante.
Ou seja, sempre que tenho de iniciar uma conversa mais séria - quando teimo em falar de assuntos que talvez fosse preferível calar, tipo guardar só para mim, mas que este feitio ranhoso não deixa - lá me sai o 'Então é assim' ou a versão curta 'É assim'. E repito aquilo umas quantas vezes antes de começar a conversa propriamente dita. O número de vezes que me saem estas palavras da boca é proporcional à dificuldade que tenho em falar aquilo que, na minha cabecita, tem de ser dito. Aquele ritual é como  uma espécie de ajuda para adiar o inadiável. Patético. Eu sei.

Não fosse eu tão gaja-que-não-consegue-calar-o-que-lhe-vai-lá-dentro e não teria de fazer figuras tristes ao repetir estas palavritas da chacha.
Mas sou.
O que se há-de fazer?
Tu, pxiu. Pergunta retórica. Sabes o que é? Por isso mesmo. Calou!

4 comentários:

  1. E depois do "então é assim", não enumeras os factos????
    Ela enumera (depois do "então é assim")!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É claro que enumero os factos. Enfim, não sei se serei assim tão metódica para enumerar. É mais do género meter-os-pés-pelas-mãos-até-conseguir-verbalizar-o-que-pretendo/sinto. :p
      Mas, até conseguir falar o que interessa mesmo, estou ali a engonhar com meias palavras, intercaladas com o famoso: ‘é asssim’. Uma verdadeira paródia. Essencialmente para quem está a ouvir... ;)

      Eliminar
  2. O que se há-de fazer? Eu explico-te como deves fazer:
    -Então é assim...
    Ahhh era retórica? O que é isso? Tens cada uma.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Palermita.
      O mais giro é que julgas ter graça.
      Só que não.
      Definitivamente.

      Eliminar