terça-feira, 22 de março de 2016

Ao Pedro b, o meu primeiro seguidor (que entretanto desertou, infelizmente) #2


Desculpa.

Se me conhecesses um tico melhor, se me conhecesses para além do pouco que foste descobrindo enquanto por aqui passaste, saberias que não sou muito dada a pedidos de desculpa. Não que me custe assumir que estive mal em qualquer situação e perante qualquer pessoa que seja. Simplesmente porque muito raramente estou mal. Só mesmo por isso.

Desculpa. Por não ter confiado no teu bom gosto em matéria de séries. Mas, também, tenta lá - nem que seja por breves instantes - pôr-te no meu lugar. Como poderia eu confiar no bom gosto de alguém que teimava em afirmar que não havia nada de errado no meu nariz? Não podia, lá está.

Desculpa. Por ter subestimado a tua sugestão, aquela que, simpaticamente, me deste AQUI, há três anos atrás. Eu ainda copiei e colei, na altura, aquelas duas palavras no motor de busca (é assim que se diz?) do Google. Juro. Ainda me dei ao trabalho de ler algumas informações sobre o dito animé. Mas, tal e qual como a evidência de que um mais um é igual a dois, rapidamente percebi que aquilo era japonês, baseado num manga qualquer, entre outras coisas maradas e, assim sendo, deduzi, ainda mais rapidamente, que não era uma cena para mim.

Desculpa. Por ter sido uma burra preconceituosa. E olha que muito raramente o sou.
Burra? Acho que só o fui mesmo nesta situação. Acredita, acredita.
Preconceituosa? Talvez o tenha sido mais uma outra vez. No jardim de infância. Quando não quis dar a mão ao Antoine. Aquele puto que costumava comer os macacos que, agilmente, tirava do nariz. Só isso.

O certo é que remediei o meu erro. Não interessa o motivo que, três anos volvidos, me levou a começar a ver (e acabar em poucos dias) o Death Note. Isso é o que menos interessa nesta história com final feliz. O importante é ter percebido, antes que fosse tarde demais, o quão errada estava. O importante é ter tido a oportunidade de ver os trinta e sete episódios deste fantástico animé, antes de me tornar numa velhota senil.
 Só isso importa. Só isso tem, efectivamente, valor.

Mais uma vez, desculpa, pedro b. E muito obrigada. Por isto e não só.



nota: devo-te uns quantos flocos de neve, eu sei. também ainda não provei aquele sundae que me recomendaste (mas olha que a culpa é tua. não há a opção nozes, volto a dizer). mas, como podes ver, não me esqueço. nem de uma coisa nem de outra. muito menos de ti.
dez dias certinhos. eu nunca falho. ah pois.

8 comentários:

  1. Respostas
    1. Grande? Eu? Mas porquê, Jorge? Não me digas que tens menos de um metro e sessenta e três.

      ;p

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  2. São lágrimas. São lágrimas

    Estou aqui em emoção. Que estória tão vunita pah.

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    1. E se se fosse emocionar para outra freguesia, ó pseudo cómico? Diga lá que sim. Oh, diga.

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  3. nao é caso para pedir desculpa. Ainda bem que gostaste!

    e eu nao desertei. So vim para o outro lado do mundo. Coisa normal...

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    1. Seja muito bem aparecido! :)

      Ai tu ainda andas por lá?
      E não há internet nesse outro lado do mundo, queres ver. Desertaste sim, deste meu casebre e do teu blogue. Não há como negar, ora...

      (mas, afinal, ainda vais por aqui passando de vez em quando ou foi alguém que te avisou deste magnífico texto que te dediquei?)








      Ah! Só para concluir. Coisa normal e pedro b não combinam. Ponto. ;p

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  4. Dia 22 de Março deve ter sido o dia internacional da palavra "Desculpa".
    Bocejo.

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    1. A mim, parece-me mais que foi o dia da ciumite aguda.
      Calma, sim?

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