Tiveram conhecimento daquela cena que está (esteve?) na moda neste mundinho pequenino - mas tão fofinho - da blogosfera? Aquilo partiu de um livro que está (estava?) à venda e que apresenta(va) umas largas centenas de temas a partir dos quais a malta tinha de escrever um texto. Estão a ver? Pois bem. Aqui a Mam'Zelle não aderiu a nada disso, nem gasta dinheiro com livros do género. Até porque temas, nesta cabecita, é o que não falta. Mas a verdade é que uma alminha curiosa propôs-me um tema. E a Mam'Zelle, que não gosta de fazer desfeitas a ninguém, aceitou o desafio.
Ora aqui vai o tema, tal e qual me foi proposto: as centenas de mails que recebes (de machos cagões e cheios de mania).
Não sei onde raio a alminha em questão foi buscar estas ideias. Receber centenas de mails, não é nada por aí além, é certo. Basta ter um blogue com email associado e à vista/disposição de todos. Agora, essa dos machos e seus atributos, não faço a mínima onde foi buscar tal informação. Cá para mim, a malta hoje em dia espalha demasiados espelhos pela casa fora e depois dá nisto. Mas pronto. Isso é o menos.
Segue-se, então, o meu texto. Texto escrito tendo em conta, na medida do possível, o tema que me foi lançado.
Há dias, apercebendo-me do número descomunal de emails que tenho na caixa de correio do blogue, pus-me a analisar melhor as potencialidades que aquilo tem. E, rapidamente, percebi que se podia criar pastas para arquivar os mails por categorias. Deixando, assim, de estar para ali tudo misturado, amontoado, sem qualquer ordem ou critério. A não ser o dia e hora de entrada.
[Sim, é nesta parte que a malta começa a rir à gargalhada por se aperceber que a Mam'Zelle é mesmo básica no que aos mails em particular e às 'novas' tecnologias em geral diz respeito. Já riram tudo? Estão mais satisfeitinhos? Já vos fiz ganhar o dia? Sim? Pronto. Agora podiam, por gentileza, parar de rir? Concentrarem-se um tico no que vou dizer a seguir? Pode ser? Ai ainda não riram tudo? Ok. Então deixem-se estar. Eu vou continuar com a minha conversa que daqui a nada tenho a Bolachita aos berros e depois já não há post para ninguém. Com licença, sim?]
Comecei, então, a criar várias pastas. Inventei um nome para cada uma delas. Confesso que, para a grande maioria, coloquei o nome da pessoa que enviou os mails. Simples. Nada de invenções. Depois, lá tive o trabalho de ir à cata de todos os mails que determinada pessoa me tinha enviado, assim como as minhas respostas, para colocar tudo na pasta correspondente.
Devo dizer que não foi fácil. Aquilo havia ali mails e mais mails e quando julgava que tinha acabado o serviço, aparecia mais um para se juntar à festa. Aviso já que não consegui arrumar tudo direitinho num único dia. Nem em dois. Uma trabalheira, é o que vos digo. Mesmo. Mas teve as suas vantagens. Agora a coisa está muito mais compostinha, organizadinha, bonitinha. E a caixa de entrada mais leve e airosa.
Depois de tudo devidamente arranjadinho, pus-me a olhar para as pastas. E fiquei surpreendida. Pus-me a pensar. Como é que consegui trocar tantos mails com fulano? E com sicrano, então? A sério. Aquilo meteu-me um tico de confusão. Só para vocês terem noção da amplitude da coisa, troquei dois mil setecentos e setenta e seis mails (2776? really*?) com uma pessoa. Uma pessoa que, hoje em dia, nem me vejo a trocar uma palavra sequer. A vida tem destas coisas. Minto. A vida que se vive neste mundinho pequenino - mas tão fofinho - que é a blogosfera tem destas coisas completamente surreais.
A seguir, tive vontade de ler o primeiríssimo mail que uma determinada pessoa me enviou. Pessoa essa com a qual ainda vou trocando mails com alguma regularidade. E aquilo foi tipo feitiço. Depois de ler o primeiro, tive de ir ler o segundo. E o terceiro. E o quarto. E o quinto. E por aí fora. Tipo aqueles livros com capítulos de duas ou três páginas que nos cativam tanto que não conseguimos parar. Estão a ver? Do género, bem, só vou ler mais um que depois tenho de ir fazer o jantar. Ou, vou só ler este que já é tarde e amanhã levanto-me cedo. Mas que, afinal, depois de se ter lido esse capítulo leu-se só mais outro e outro e outro. E por aí fora. Não se conseguiu parar. E, afinal, já nem se jantou. Afinal, quase que nem fomos à cama porque, de facto, tivemos de nos levantar cedo. Mas, o que importa é que o livro ficou todo lido e a nossa alma um tico mais feliz. Pois bem. Foi exactamente o que me aconteceu ao ler aqueles emails. Tive de parar antes do fim, confesso. Mas só porque cuidar ou não de uma Bolachita não se compara a um jantar não comido ou uma noite por dormir. Só por isso.
Não me lembrava de tudo. E olhem que até me considero uma moça com boa memória. Mas a realidade é só uma. Não sou uma máquina. A minha memória também não. Surpreendi-me, de facto, com muitas coisas que li pela segunda vez. Em vários momentos, parecia que era a primeira. E só tenho pena de esta correspondência não ter sido escrita à mão. Em centenas de folhas inicialmente em branco que teríamos ido preenchendo com as nossas maluqueiras. Poder tocar no papel. Saborear as curvas das letras. Sentir o esforço da escrita. Não tenho nada disso.
'Só' tenho uma pasta identificada de Bananita-Casmurro com duzentos e noventa e sete mails lá dentro. E já não é assim tão pouco.
nota: devo informar que essa boa disposição que me ficou na alma se deveu, essencialmente, à leitura dos mails por mim escritos. muito mais interessantes, inteligentes, divertidos e bem elaborados do que os mails do meu correspondente. mas pronto, não se pode exigir grandeza à pequenez de certas mentes. Toma! :p
Não me lembrava de tudo. E olhem que até me considero uma moça com boa memória. Mas a realidade é só uma. Não sou uma máquina. A minha memória também não. Surpreendi-me, de facto, com muitas coisas que li pela segunda vez. Em vários momentos, parecia que era a primeira. E só tenho pena de esta correspondência não ter sido escrita à mão. Em centenas de folhas inicialmente em branco que teríamos ido preenchendo com as nossas maluqueiras. Poder tocar no papel. Saborear as curvas das letras. Sentir o esforço da escrita. Não tenho nada disso.
'Só' tenho uma pasta identificada de Bananita-Casmurro com duzentos e noventa e sete mails lá dentro. E já não é assim tão pouco.
nota: devo informar que essa boa disposição que me ficou na alma se deveu, essencialmente, à leitura dos mails por mim escritos. muito mais interessantes, inteligentes, divertidos e bem elaborados do que os mails do meu correspondente. mas pronto, não se pode exigir grandeza à pequenez de certas mentes. Toma! :p
* para agradar àquela ave rara que me aconselhou a não usar mais palavras /expressões francesas por aqui.
Ena pa... cansei-me a ler-te!!! Espero que não tenhas guardado os meus...
ResponderEliminarCansada? Aquilo que escrevo é assim tão chato? Tens bom remédio, ué. ;p
EliminarGuardei, pois!
Até fui verificar. E, se não errei nas contas, foram cento e dezoito até agora. :)
(fiquei admirada. não me lembro ter trocado tanto mail com a senhora…)
Olha... nem eu... mas devia ser na altura em que conspirávamos contra a ditadura! :P
EliminarAhahahahahahahahahah! É capaz. :p
EliminarMUITA MELHOR!!!!!! :D
ResponderEliminarGOSTASTIIIIIIIIIIIIIIII???? ;D
Eliminaracho que todo o mundo gostou, não fui só eu!!!!!!1
Eliminarlobe you!
Uiiiiii, isso do ‘todo o mundo’ já não sei… parece-me uma apareciação um tico exagerada, se queres que te diga.
EliminarBeurk! ;p
Só uma coisita: "(...) mas tão fofinho (...)"... :)
ResponderEliminarIF
Só uma coisita: e…?
EliminarE que a Mam'Zelle afinal é fofita... só não gosta de admitir, não é? ehehehehe
EliminarIF
Eu, 'fofita' (beurk!)? A confundir-me? Novamente? Pfffffffffffffffff
EliminarO blogomundo é que é ‘fofinho’, pá (ironicamente falando, claro está).
Já agora. Mas por que raio queres tu à força toda convenceres-te de que sou ‘fofa’? hein? É que esta tua insistência só te vai trazer desilusões. É que é mesmo… ;p
EliminarAwwwwwwwww, não digas disparates, tu sabes que és fofita, só não queres admitir!!....
EliminarE já agora, desilusões? A mim? Náááááááá :)
IF
E ela a dar-lhe (e a burra a fugir, como dizia a minha avó)! Se te faz mais feliz, achares isso aqui da Mam’Zelle, que seja. Pronto. Chata, pá... ;p
Eliminaryeaaaaaaah!!!! :P
EliminarIF
Parvita. ;)
EliminarAlways! :D
EliminarIF
;D
EliminarGostava de ter lido, assim não precisava de inventar.
ResponderEliminarQuase que apostava que ninguém te propôs tema algum.
Um homem escrever a uma mulher é o maior dos erros. Se já verbalmente elas não esquecem e usam a informação por décadas então escritas é para a eternidade.
Nunca te mandei mail mas se enviasse o nome para a minha pasta seria: (como tem que ser um fruto/vegetal antes do nome) Courgette-divinal.
Gostavas de ter lido? Mas gostavas de ter lido o quê, afinal? Agora também queres meter o nariz nas minhas correspondências, é?
EliminarTu só nunca me enviaste mail algum porque sabes perfeitamente que não irias obter resposta da minha parte. Essa é que é essa. Quanto às mulheres nunca esquecerem e blablabla… acredito. Pelo menos, falo por mim, se há algo que não me falta é memória.
(courgette? Não me admira. É um legume tão sensaborão. Jasus…)