segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Quem me manda dar ouvidos a certa gente?


Há dias, uma certa pessoa lembrou-se de me confidenciar que costuma fazer uns docinhos muito bons com chocolate. Prefiro transcrever a coisa, não me vá esquecer de uma parte importante.

"Costumo é cortá-lo juntamente com aveia, ovos, manteiga e mel, é a receita base para bolachas, só que meto tudo junto (não tenho paciência para fazer bolachas), e faço uma bolacha gigante, depois vou partindo e comento* aos poucos. Nisso, o chocolate é óptimo. Acredita."

Naquele momento, não liguei muito. Mas, os dias foram passando, e eu fui-me lembrando daquelas palavras. Abria um armário da cozinha e via ali a aveia a sorrir para mim. Abria uma gaveta da sala e via uma tablete de chocolate a chamar por mim. Pronto, confesso, apeteceu-me provar a dita iguaria. Vai daí, aventurei-me na cozinha e pus estas mãozinhas de fada a trabalhar.



Como podem comprovar, no texto transcrito, a pessoa não deu grandes informações. Só indicou os ingredientes. Nada de quantidades. Nada de passos que têm de ser feitos com os tais ingredientes. Nada de nada.
Pois que tive de improvisar, que remédio. 
Fiz assim:


E pronto. 
Aquilo não ficou mal de todo. Até porque papei tudo sem cerimónia. Mas faltava-lhe ali qualquer coisa. Quanto a mim, faltou a farinha. Mal pus os ingredientes na bancada, senti logo que a farinha estava em falta. Estive mesmo com a mão no pacote de Branca de Neve. Mas, depois, pensei melhor. Lembrei-me daquelas pessoas que me acusam de ser desconfiada. Que criticam o facto de eu não acreditar nelas. E, verdade seja dita, apeteceu-me contrariar esses boatos. Por isso, voltei a arrumar a farinha no seu devido lugar e aventurei-me. Sem medo.




Ai a malta queria ver o resultado final? Vocês não perdem uma oportunidade de gozar com quem se esforça, não por gulodice, atenção, mas sim por amor a todo e qualquer tipo de enriquecimento pessoal.
Ei, calma. O mundo não acaba hoje. 
Prometo que mostro. Mas só amanhã.




* acredito que a pessoa queria dizer 'comendo'. gerúndio do verbo 'comer e não 1ª pessoa do singular - presente do indicativo do verbo 'comentar'.

14 comentários:

  1. E quase que aposto que não vais dar um bocadinho a provar e vou ter de copiar e fazer igual e também não dar a provar e... e... e...
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    1. Uiiiii, aquilo já foi tudo. Mas, não perdes grande coisa. Como já disse, faltava ali qualquer coisa. Se tentares, acrescenta um tico de farinha. E depois conta. :)

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    2. Sim senhoras, assim que houver disposição para a cena, looool
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  2. Mamazelle está uma cozinheira de mão cheia (como se diz na minha terra)*
    Bolachita comeu essa mistela?

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    1. Tem graça, usei justamente essa expressão no título do post que fica para amanhã. A minha avó também usava muito essa expressão. ;)
      Nope. Fiquei com receio de lhe fazer mal. Aquilo é um concentrado jeitoso de chocolate negro.

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  3. Bem... isso não é uma bolacha... é um master moustache!!!

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    1. E ainda não viste nada. Amanhã é que vais mesmo ter noção da dimensão da coisa… ;)

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  4. Podias ter desfeito a aveia em vez de usares inteira e assim tens farinha de aveia... ficaria + tipo bolacha... eu faço umas boas e tenho a receita no blog... mas é semelhante a essa receita ;)

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    1. Mas eu não tenho nada para desfazer aveia… :(
      Agora, tens toda a razão, teria ficado melhor, com toda a certeza. :)

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  5. Aqui está a razão pela qual o teu pai gosta de ir comer fora.

    :)

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    1. O meu pai está-se a marimbar para doces. Mesmo assim, boa tentativa (mesmo que falhada) de rebaixar mais um tico aqui a Mam’Zelle.

      Estúpido.

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  6. As tuas peripécias na culinária são tão tristes que até chega a ter piada.

    Tenho que te ensinar a fazer bolachas.

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    1. Tu? Ensinar-me a fazer bolachas?
      Isso sim, seria uma tremenda de uma piada, não fosses tu um ‘tristes’.

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