Estou triste. Estou tremendamente triste. Digo isto sem a ironia que costumo usar por aqui.
Devem achar estranho este meu desabafo, visto, ainda há pouco, ter publicado um post bem humorado. Um daqueles posts que, para além da informação que transmito, costumo escrever também com o objectivo de fazer sorrir a malta.
O post desta manhã foi escrito no dia 11 de Março. Último dia em que ainda havia esperança. Pouca, é um facto. Mas eu sou assim, neste tipo de situações, não consigo deixar de ter esperança até ao derradeiro minuto. Podem me avisar, vezes sem conta, que não faz sentido, que depois vou sofrer ainda mais, que tenho de me render à realidade dos factos, às ditas evidências. Sou tal e qual os miúdos. Abano a cabeça de cima para baixo, como que a concordar e aceitar o que me é dito, só para não ter de ouvir mais do mesmo. Só para não ter de ouvir o que não quero. Mas na verdade, no fundo, no fundo, lá bem no fundo - no coração, será? - não quero saber. Acredito piamente que as coisas podem mudar. Acredito sempre que enquanto há vida há esperança. E assim foi. Tive esperança até ao momento em que o telefone tocou, dia 12 de Março, ao início da tarde.
Devo confessar que são raros os posts que publico logo após os ter escrito. Pode passar um dia, dois, uma semana, um mês. Alguns deles já estão nos rascunhos há mais de um ano. Esses, acredito, ficarão por lá mesmo, nos rascunhos.
O post desta manhã foi escrito no dia 11 de Março, ao final do dia. Não o publiquei logo. Ficaria para o dia seguinte. Na manhã do dia seguinte, vi um vídeo que me chamou a atenção e decidi publicá-lo logo. Depois, preferi publicar umas fotos com a bolachita. O post desta manhã ficaria para a tarde. Mas já não houve tarde, naquele dia. Tiraram-me a esperança. Levaram-na, assim, de repente, juntamente com a minha mãe. E o post desta manhã, escrito no dia 11 de Março, pensado para o dia 12, só hoje foi publicado. Ainda não me sinto com força suficiente para escrever de novo posts cujo objectivo é tentar fazer sorrir a malta. Por isso, fica o post escrito a 11 de Março. O último post escrito enquanto ainda havia esperança.
Já agora, a dúvida que tinha na altura, matem-se ainda hoje. A quem souber esclarecer-me, muito obrigada.
Mademoiselle que se passou? :(:(
ResponderEliminarComo referi, foi a minha mãe...
Eliminar:( o que dizer nestas situações? Apenas que estou contigo na tua tristeza.
ResponderEliminarMuita força.
Muito obrigada, Anouska.
EliminarUm abraço apertadinho, daqueles que fazem tirar a respiração.
ResponderEliminarIsabel Ferreira
Obrigada, Isabel.
EliminarQue a esperança nunca te abandone no futuro... que a dor se dilua no tempo.
ResponderEliminarMuito obrigada pelas palavras, Maria Carmim.
EliminarUm abraço forte ,muita força minha querida !Tens a tua pequenina,o teu maior balão de oxigénio..com ela aguentas tudo.Beijinhos
ResponderEliminarMuito obrigada, Pipa. Sem dúvida, ter a bolachita é a minha maior força neste momento.
EliminarBeijinhos e bem-vinda.