Pela primeira vez, foi o meu pai que me perguntou ao telefone:
- Queres que te leve alguma coisa?*
E a minha resposta foi a mesma que dei, vezes sem conta, à minha mãe, desde que estou em Portugal:
- Não, não quero nada. Obrigada.
- Nem um
quatre-quart?, insistiu ele.
- Não. Se for para trazer alguma coisa, prefiro que traga uma
brioche.
Trouxe-me as duas coisas.
Mas eu fiz-me logo à
brioche. Adoro.
O
quatre-quart pode esperar.
*
a minha mãe perguntava: Queres que te leve o quê?, pequeno pormenor que faz toda a diferença.
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