quarta-feira, 31 de outubro de 2012




Ahahahahhahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah!

(quem não achou piada é um/a grande macambúzio/a. E ser-se macambúzio não diz com nada, digo eu.
 
 
Prometo, foi mesmo o último post de hoje. Não chateio mais ninguém. Podem ir festejar o vosso Halloween à vontade que eu deixo, vá.

Ainda não desejei um Happy Halloween, como deve de ser, à malta, pois não?


Aqui vai!




Será que vou fazer furor com este meu disfarce, logo à noite?
E sim, confirmo, nunca perco uma boa oportunidade de pôr a língua de fora...

Happy Halloween p'rá malta!



(sou fã dos Triplés desde que me conheço
 
 
Vou aproveitar o fim-de-semana prolongado para ir passear.
Não sei bem para onde vou, mas diz quem sabe que há internet à borla por lá. Sendo assim, se tiver tempo e vontade, ainda passo por cá.
Caso contrário, e se tudo correr bem, volto segunda-feira.

vinte e cinco mil (se fossem euritos, a cairem-me na conta, também era bem bom...)







Eu sei que há quem tenha 25000 visitas por mês, por semana, quem sabe, por dia. Eu sei que só agora, com quase sete meses de blogue, é que A Miúda com Pêlo na Venta atingiu esse número. Mas, para a Mam'Zelle, é impressionante. É surreal. É estranhamente bom que tanta gente passe por aqui e consiga aturar o seu feitiozinho e as suas loucuras.
Obrigada a todos. Àqueles que passam por aqui todos os dias, eu sei que os há (valentes!). Àqueles que, de vez em quando, se arriscam a fazer-me uma visita (um tico menos valentes, mas valentes na mesma). E àqueles que vêm cá parar, pesquisando coisas tão afastadas do conteúdo deste blogue como, por exemplo, "miúda discute batata"; "a menina que não gosta de homens" ou "miúda mamalhuda" (verdade, estas foram algumas das pérolas da última semana, mas já houve bem melhor - entenda-se pior - ai se houve...). Para estes últimos, espero, sinceramente, que a decepção não tenha sido assim tão grande.

Muito obrigada a todos, sim?!




Agora vou ali comer um croissant aux amandes. Pois claro. Seria uma pena - e uma grande burrice - não aproveitar para comemorar a coisa com o que mais gosto de fazer: comer. E um doce (ou dois, ou três) por dia, só faz bem; dá energia.
 

Calendrier Humain du jour #3


E porque hoje é o último dia do mês, aqui fica o Calendrier Humain de Outubro.




Desta vez, foi, sem dúvida, a detective privada que me deu mais gozo fazer.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Polar Post Crossing 2012


Gosto tanto, mas tanto de receber cartas e postais na minha caixa de correio que nem imaginam. Não estou a falar nem das cartas com as facturas para pagar, nem dos postais do correio para se ir buscar cartas registadas entediantes que teimam em trazer ao de cima o lado mais burocrático e cinzento da vida. Estou a falar de cartas e postais de gente que me quer bem e se lembra de mim. Seja por terem ido passar umas férias a um sítio qualquer e se terem lembrado de me enviar um postal lá do sítio. Seja porque, simplesmente, lhes apeteceu escrever-me uma carta. Estas últimas, como devem calcular são raras. Muito raras. E isso é uma pena. Uma pena mesmo.
No natal (assim como no aniversário) é que a coisa costumava compor-se um tico. Ainda se recebia uma quantidade razoável de postais. Isso, há uns anos atrás. É que, agora, até esses estão em vias de extinção. Substituído que foram pelos postais virtuais, recebidos nas caixas de email.
 
Toda esta lenga lenga para quê?, pergunta a malta e muito bem. Simplesmente porque, este ano, não há razão para não se receber, pelo menos, um postal na nossa caixinha de correio. Verdade! Não é treta, não senhor. Basta participar no já famoso PPC da Pólo Norto. Para mais informações e todos os esclarecimentos e mais algum, basta ir AQUI.
Eu vou mandar um email com os meus dados já hoje. É que, distraída como sou, se não o fizer logo logo ainda me esqueço. E o resto da malta também vai participar?
Já perceberam que, com esta brincadeira, se habilitam a receber um postal aqui da Mam'Zelle, não já? Haverá melhor razão para se concorrer do que esta? Ok, talvez haja. Mas digam lá se já não é uma razão mais do que válida? Uma excelente razão, pois claro.
 
 
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Toi, moi, les autres





Ontem, fui ao TAGV ver mais um filme, no âmbito da Festa do Cinema Francês. Toi, moi, les autres é um musical de Audrey Estrougo. Não fiquei decepcionada, simplesmente porque não ia com grandes expectativas. Fui essencialmente pela actriz principal, Leïla Bekhti, jovem actriz promissora que acho encantadora e porque não perco uma boa oportunidade de ver mais um filme francês. É um daqueles filmes que se deixam ver, a um domingo à tarde. Um Romeu e Julieta dos tempos modernos, com vários clichés à mistura e pouca densidade. Tudo muito branco ou preto, os bons de um lado e os maus do outro, sem grandes nuances. Sem aquela complexidade, aquelas ambiguidades que fazem parte da riqueza e da beleza de um bom filme. Valeu pelas músicas, todas francesas, que fui ouvindo e cantando ao longo do filme. Umas mais recentes, outras mais antigas, todas me fizeram relembrar diferentes momentos da minha vida.
 

Chegou mais cedo...


... e ainda bem.
 
Eu sei que o dia do bolinho é a 1 de Novembro. Também sei que costumam ser as criancinhas a andar, de porta em porta, a pedi-lo à gente grande. Sei isso tudo e muito mais. Mas a culpa não é minha se, ontem, me bateram à porta. E, engraçado, não foi para pedirem nada. Graças a todos os santinhos, também não me recitaram versos para receber a oferenda no saquinho de pano. Abri a porta e comecei logo a receber. Recebi, primeiro, um sorriso enorme, sem qualquer pedido em troca. Depois de fechar os olhos, como me foi sugerido, percebi, num instantinho (aquele cheirinho é inconfundível), que tinha chegado, uns dias mais cedo, o meu bolinho. Ou melhor, recebi logo três. Quem me conhece sabe bem que não me contento com pouco. E são estas pequenas coisas que me ajudam a aguentar o tempo ruim que veio para ficar. É verdade, confesso, ainda não me habituei totalmente a esta estação do ano. Vou-me habituando, aos poucos, adocicando a boca e aquecendo o coração.
 
 
 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Eles lembram-se de mim e eu gosto #7




Elas podem aparecer em todo o lado, as belas das moustaches. Basta um pouco de imaginação e de jeito para a coisa...



Obrigada, Vic :)
(tens de tentar, a ver se consegues fazer igual :p)

Je me suis fait tout petit




Começou, ontem, a Festa do Cinema Francês, aqui em Coimbra. Há treze anos, desde a primeira edição, que não falho. Contrariamente à ideia que ainda se tem do cinema francês neste país, eu gosto muito. E posso dizer que os meus filmes preferidos são franceses.
Ontem, lá fui, ao TAGV, ver Je me suis fait tout petit de Cécilia Ruoaud. Excelente filme, com óptimos actores. Já aqui disse e repito, sou fã da Vanessa Paradis. Não só como actriz, mas também como figura pública. Sempre gostei da sua postura, da sua coragem, da sua força que contrastam, de forma encantadora, com a sua aparência frágil, o seu ar maroto e despistado. Faz-me lembrar alguém...
Neste filme, mais uma vez, tem um papel que, quanto a mim, só poderia ser dela. Excelente escolha. O actor principal, Denis Ménochet, que faz par com ela, ainda não conhecia. Mas fiquei agradavelmente surpreendida pelo seu desempenho. A história é simples, mas muito bem contada. E tem daqueles pormenores deliciosos que eu tanto aprecio. Já não me ria assim, à gargalhada, há algum tempo. Também me emocionei algumas vezes, lá pelo meio. Resumindo, gostei muito. 
 
 
 
Em dias de abertura da festa, há sempre umas coisinhas para a malta comer. E, claro, não resisti à quiche lorraine (um tico salgada demais, para o meu gosto) e a um biscoito redondinho que por lá havia. Fiquei, no entanto, um pouco decepcionada, confesso. O ano passado, tivemos direito aos deliciosos macarons de que tanto gosto.
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Percebemos que andamos a bater (mesmo muito) mal da cabecita...


... quando, no carro, aumentamos o volume mal começamos a ouvir a música More than this *.
 
E eu, que costumo ser faladora e escrever posts com, no mínimo, umas cinco linhas, não consigo acrescentar mais nada. Doloroso demais, perceber onde isto (eu) chegou (cheguei)...
 
 


 
* Prefiro não identificar a banda. Não a conhecia. Tive de pesquisar na net. Putos imberbes com um cabelinho pior do que o do Bieber (sim, é possível) dos quais nunca tinha ouvido falar antes. Menos mal (a parte de nunca ter ouvido falar, óbviamente, e não a parte de serem putos imberbes com um cabelito que não lembra a ninguém).  Desculpem, desde já, o facto de ocultar essa informação. Mas é que não quero, de todo, que venham cá parar as pitas que forem ao Google procurar tudo e mais alguma coisa sobre os seus ídolos...

In the Mood for... Laugh #6


porque, diz quem sabe, rir ainda é o melhor remédio.


É aquilo a que eu costumo chamar ter um azar do caraças.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vício da semana #5




Começou no fim-de-semana. Desde então, ainda não parei. Ele é com torradas, ao pequeno almoço. Ele é com croissants quentinhos, ao lanche. Ele é com crepes e gelado, à sobremesa. Ele é com madalenas e bolachas sempre que se arranja uma desculpa qualquer para fazer mais um chá ou chocolate quente.


(desculpa, Roque... ;p)

Palminhas para mim!


A malta já sabe que gosto de Carambar. Hoje, confesso que é mais pelas recordações que me traz, do que pelo bombom em si. Sou mais de bolos, gelados e outros doces. Resumindo, sou mais de sobremesas à séria.
Gosto dos Carambar porque me fazem lembrar a minha infância. Gosto de Carambar porque, naquela altura em que era mesmo doida por eles, ainda tinha a minha avó, à minha beira, a dizer-me para não abusar que ainda ficava sem dentes. Gosto dos Carambar porque me lembro da forma descarada como mentia à dentista, no tempo em que usava aparelho. Não podes mascar pastilhas, muito menos comer Carambar e outros caramelos, dizia ela. Oui Madame, respondia eu, cruzando os dedos por baixo da mesa. Gosto dos Carambar porque, ainda hoje, sempre que a minha mãe vem a Portugal, não se esquece de me trazer duas ou três embalagens deles. Gosto de Carambar porque me trazem dias felizes à memória. Dias repletos daquela inocente e genuína felicidade tão característica na infância.
Mas também gosto de Carambar por uma outra razão. Gosto deles porque trazem sempre qualquer coisa escrita lá por dentro do papel. Quando era pequena, só trazia anedotas. Modernizou-se. Agora traz anedotas, adivinhas e também desafios. É o que eu mais gosto, dos desafios.
 
A semana passada, calhou-me este:
 
 
 
Tive de pôr logo mãos à obra:
 
 

E como gostei da coisa, apeteceu-me repetir, com maior grau de dificuldade*:

* e homenageando uma menina que anda por aqui, de vez em quando...


Então? Ganhei ou não ganhei? Eu acho que até mereço palminhas.


Como se costuma dizer em França e bem: après l'effort, le réconfort!



Miam, miaaaaam!
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Hell yeah!! #4







nota: Decidi, nesta foto, baixar um pouco o campo de visão. Para aquela malta que, apesar dos meus esclarecimentos, ainda não estava convencida de que uso cai-cai, aqui fica a prova. 

...


Cinco anos e sete meses depois, mais dia menos dia, voltou a fazê-lo. A janela é outra. Passei do quinto andar, de um prédio com sete, para o segundo andar, de um prédio que só esses dois tem. A rua é mais tranquila, o ar menos poluído. Voltou a fazer exactamente o mesmo. Ligou-me, pouco antes da hora de jantar. Há cinco anos, atendi logo. Ontem, rejeitei duas vezes a chamada, antes de me decidir a atender. Continua a ser o mesmo teimoso, com aquela capacidade excessiva de insistir. Voltou a pedir-me para ir à janela. Há cinco anos, fui até à da cozinha, curiosa. Ontem, fui à do "quarto do fundo", receosa. Perguntou-me, como há cinco anos atrás, se o estava a ouvir bem. Não foi preciso falar tão alto, desta vez. Começou aquilo que percebi ser a sua serenata. Tal e qual como da outra vez. A música escolhida foi outra. O empenho e aquela vontade de fazer bem feito, directamente proporcional à falta de jeito, isso estava lá tudo, como há cinco anos atrás.
Ri-me muito, há cinco anos atrás. Conhecia-o há menos de dois meses. No final, fez-me aquela pergunta, tentando pôr um ar sério naquele seu rosto que é todo ele sorriso e boa disposição, com cinco andares a separar-nos. Já o tinha feito, olhos nos olhos, alguns dias antes, durante um passeio no Basófias. Não lhe dei a resposta que pretendia, nem no barco, nem à janela. Mesmo assim, o seu olhar continuou a ser de esperança, aquela esperança boba de quem ama, e nunca deixou de o ser.
Ontem, não perguntou nada, mas o olhar, esse, era o mesmo. Igual àquele de há cinco anos e sete meses atrás. E é difícil perceber que ele ainda não entendeu. É difícil de aceitar. É difícil ficar com a certeza de que isto ainda não está definitivamente resolvido. É difícil sentir que ele ainda espera, quando não há mais pelo que esperar. É difícil.
 

Satisfeitinhos?!

Foram tantos os sítios onde li, no mês passado - estava eu contentinha da silva a desfrutar do verão prolongado - que o calor já enjoava. Para uns, porque o calor é muito quente e faz soar suar* e é incómodo. Para outros, porque estavam com inveja dos manequins das lojas que já envergavam a nova colecção outono-inverno. Os casaquitos de pêlo sintético e as botas acima do joelho são, parece, turn on impressionantes. Eu cá, continuo com as minhas dúvidas. Para outros, ainda, porque só lhes apetecia ficar fechadinhos em casa, com uma mantinha e um chá fumegante, a ver cair a chuva lá fora. A maioria, por causa das razões que acabei de mencionar todas juntas e mais algumas.
Pois que eu, este fim-de-semana, já tive de pôr o aquecimento central a roncar (o que equivale a uns euritos valentes a menos na conta, ao fim do mês). Tive de ir desencantar a botija esquecida há uns oito meses numa daquelas prateleiras quase inacessíveis. Não mais vou largar aquela minha manta quentinha de pura lã até a primavera voltar. Ou seja, e muito pior do que tudo o resto, já não vou poder andar só de cuequita pela casa fora.
Concluindo este assunto, só com uma overdose de chocolate quente e de castanhas assadas poderei conseguir suportar o mau tempo que chegou e veio para ficar. Mesmo assim, tenho algum receio e não garanto nada. E está mal, muito mal. Pois claro.
Será que ainda tenho de dizer que não gosto nem um tico de frio, chuva e do tom avermelhado com que fica o meu nariz mal saio à rua? Ou já deu para entender?
 
 
 
Espero que essa malta de que falei no início deste post esteja satisfeitinha e faça bom proveito dos meses deprimentes que aí vêm. Assim como assim, sou uma miúda forte e lá terei de me aguentar até ganhar o Euromilhões e emigrar para uma ilha paradisíaca. A esperança é, sem dúvida, a última a morrer. Até porque, como já disse, não tento a minha sorte, nem ao jogo dos excêntricos, nem a outro jogo qualquer.
Um óptimo outono para todos e, se possível, um inverno ainda melhor, sim?


* Parabéns Libelinha! :)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Porque eu também sei o que é bom... #14


( ... e faz bem à pele)


(Gael Garcia Bernal)
 
 
Descobri este homem, quando fui ver Amores Perros. Marcou-me o filme e marcou-me o Gael (adoro este nome). Excelente actor com uma aparência atípica que me encanta. Há quem fale dos seus olhos. São uns belos olhos verdes, sem dúvida. Eu, no entanto, e como é meu costume, prefiro deter-me na boca. Aqueles lábios são qualquer coisa.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Não sou eu, quem diz é a Mafaldinha #8 - da normalidade



Assim como assim, até que sou uma menina de sorte. É que ainda não cheguei, julgo eu, a este ponto de normalidade.
Falta-me um ou outro sintoma...

Verdade existencial #2


Isto não vai lá. Nem vestindo a camisola.





E não dá mais para continuar a culpar o tempo lá fora. O tempo cá dentro é que anda todo lixado. Tenho noção disso. E aqui reside o problema em questão: ter consciência da coisa é que é tramado.



nota: para quem queria ver o novo corte, aquele que me proporciona três dias de loucura (não me canso de o relembrar), aqui está ele.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Pára tudo!


Estou perplexa. Estou espantada. Estou estupefacta. Estou estarrecida. Estou pasma.* Estou que nem posso. Devo estar a ficar louca (e nada tem a ver com aquela loucura a que tenho direito - e que é bem boa - por ter cortado o cabelo).
Alguém acredita que até o David Carreira - sim, ouviram bem. Esse mesmo. O filho do outro - passa na mcm top?! Eu não queria acreditar. Não mesmo. Mas, neste caso, não há dúvida possível que resista à verdade dos factos. É mesmo ele.
Vou ter de deixar de ligar a televisão naquele canal. É que vai de mal a pior. Já não se aguenta...
 
E eu que dizia que o mundo estava perdido (lembram-se?) por causa deste tipo de coisas... O mundo afundou por completo, isso sim. O mundo? Qual mundo?
 
 
* até pareço um daqueles dicionários de sinónimos, que giro...

nota: eu sei que há coisas bem piores do que esta, no mundo em geral e no nosso jardim à beira-mar plantado em particular, neste momento. Sim, as duas últimas derrotas da Selecção são um bom exemplo disso. (Não me venham para aqui chamar de insensível ou fútil que eu mordo!) Mas não podemos estar sempre a falar de coisas sérias que faz mal aos nérvos, certo?

Cortei o cabelo


Não. Descansem. Não vou falar da minha cabeleireira. Não vou falar das fofocas que por lá se ouvem. Nem dos penteados pavorosos que de lá saem.
 
Não vou dizer, como é costume por aí, que estava em pânico antes de ir. É porque não sabe ainda se vai pedir com ou sem franja; escadeado ou direitinho. É porque tem medo que a cabeleireira corte mais do que o que deve. É porque é bom escrever um post, antes de ir à cabeleireira, a explicar o que pretende fazer e a pedir conselhos, mesmo sabendo, na maioria das vezes, que quem lê o blogue não faz a mínima ideia do rosto da pessoa.
 
Não vou dizer, como é hábito por aí, que fiquei tristíssima e desiludidérrima quando saí de lá. É porque afinal estava mais gira antes de cortar. É porque o novo visual está uma miséria. É porque vai demorar uma data de meses para voltar a sentir-se bem com a sua aparência. É porque depois de cortar é sempre bom partilhar a decepção. É porque já corta o cabelo há uma carrada de anos, mas, mesmo assim, cai sempre na lengalenga da especialista e sai do salão sem se reconhecer a si mesma. É, basicamente, porque um simples corte de cabelo deixa deprimida qualquer uma.
 
 
 
 
Não abordei o assunto por nada disso, não senhora. Não partilho convosco este episódio importantíssimo da minha vida por qualquer um desses motivos. Até porque, a mim, não me assistem. Peço, desde já, desculpa pela desilusão. Acredito que estavam à espera que falasse dessas tretas coisas toda. O que eu quero relembrar - e que efectivamente me interessa - é que, como me dizia a minha avó, tenho direito a três dias inteirinhos de loucura. Sem ninguém poder levar a mal. Isso sim é que tem piada. Gosto tanto tanto tanto destes três dias!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Eles lembram-se de mim e eu gosto #6




 
E eu que nem gosto de gatos (sim, eu sei e não me esqueço que há duas excepções à minha regra), achei imensa graça a este. Não me perguntem porquê...
 
 
 

 
Excelente, esta foto. Apanhada no momento certo. E que bela moustache tem o senhor. Grande, espessa e arrebitada, tal e qual eu gosto.
Fiquei rendida.
 
 
Obrigada, hsb :)

Com a ajuda da malta...


... consegui "ganhar" não um mas dois espelhos moustache. Para quem não se lembra, tudo começou com isto. E o resultado foi este:


 * Hot Moustache mirror *

 
 
* Pic Pic Moustache mirror *

É verdade, sem a ajuda da malta, ainda hoje, estaria a cobiçar aquele espelho todo giraço, tristíssima da vida por ser uma miúda sem sorte a qualquer tipo de jogo/sorteio. Obrigada a todos aqueles que me vieram dar apoio moral e até me incentivaram a concorrer. Não posso, no entanto, deixar de destacar as ajudas mais concretas e muitíssimo preciosas para a elaboração dos espelhos. Foram elas as ajudas de:
 
  • sónia - por ter sido a primeira a lembrar-se de que poderia fazer o meu próprio espelho, dando assim uma bela lição à sorte que nunca quis nada comigo.
  • Libelinha - por se ter prontamente oferecido para me enviar o papel autocolante laranja que me serviu para fazer a hot moustache.
  • pedro b - por se ter disponibilizado para me enviar o papel autocolante tipo toalha de pic pic. E por ter tido a gentileza de desenhar as moustaches no padrão, facilitando-me o trabalho. Foi só preciso recortar.
  • Lírio Selvagem - pelo apoio psicológico constante, enquanto combinávamos a elaboração dos espelhos. E por me ter inspirado para o Hot Moustache mirror.
 
Foi linda esta corrente de solidariedade para com a Mam'Zelle. Gostei de ver. Nunca me irei esquecer desta pequena grande prova de simpatia, generosidade, companheirismo e outras coisas boas que, de momento, me estão a escapar (deve ser da emoção).

OBRIGADA MALTA!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A malta quer saber...


... e, como já bem sabem,  o que eu gosto mesmo, mesmo é de ver a malta satisfeita (não me canso de dizer isto). Por isso, aqui vai a última da senhora formadora.
 
Na quinta-feira, apeteceu-lhe passar-nos um excerto do filme Memento*. Imaginem aquela penumbra resultante dos estores corridos para, segundo a senhora formadora, se ver melhor a tela. Estávamos todos sentados, virados para o ecrã. A senhora formadora sai da sua secretária e vem sentar-se no canto de uma mesa, encostadinha à minha cadeira. Ou seja, numa posição um pouco mais alta do que a minha. Havia muito mais sítio onde poderia ter ido sentar-se. Havia várias cadeiras vazias, bem mais confortáveis para a senhora formadora pousar o bumbum do que o canto de uma mesa. Mas, na altura, não achei estranho por aí além. O estranho veio a seguir. Diria até, o drama, o horror, a tragédia. Conceitos que ilustram bem melhor o modo com vivi a cena, naquele preciso momento. Então não é que, de repente, sinto uma mão? Eram os dedos da senhora formadora a começaram pelo alto da minha cabecita e a deslizarem, entre os longos fios do meu cabelo. Repetiu o movimento umas quantas vezes. Para mim, pareceu uma eternidade. Fiquei completamente petrificada. Escusado será dizer que não prestei a mínima atenção ao filme (ainda bem que o vi, há uns dez anos atrás, quando estreou). E, como já disse na sexta-feira, só pensava para comigo: Se contar isto, ninguém acredita. Madre mia, será isto pura alucinação?!
Não foi, não senhora. Antes fosse. Mais vale maluca do que a levar com qualquer demonstração de carinho da senhora formadora. Infelizmente, foi tudo verdade, verdadinha, para grande estupefacção minha. Depois das festinhas no cabelo, lembrou-se de brincar com as pontas. E eu, ali, sem qualquer reacção, não querendo acreditar no que me estava a acontecer. Ainda bem que a senhora formadora só passou um excerto de cinco minutos do dito filme. É que não sei se aguentaria mais um minutinho que fosse.



 
Logo à tarde, há mais formação. E eu estou que nem posso. Cheiinha de cagufa, como costumava dizer a minha avó. Pudera!
 
 
* Já agora. A senhora formadora fala-nos deste filme, com grande entusiasmo, desde a primeira sessão. Na quinta-feira, perguntaram-lhe o que queria dizer a palavra "memento". A senhora formadora respondeu: Não faço a mínima ideia. Nem sei se terá algo a ver com o filme.
E eu fiquei pasma! Pasma por a senhora formadora não saber o significado da palavra. Pasma por, não sabendo o significado, não ter tido a curiosidade/bom senso de procurar no dicionário. Pasma por colocar a hipótese de o título do filme nada ter a ver com a história do mesmo.
Dei logo o meu contributo, explicando o significado da palavra e esclarecendo que tinha tudo a ver com o filme. Uma formanda (daquelas que se arma sempre em sabichona e que, logo na primeira aula, confessou que não suportava gente ignorante) virou-se para mim e perguntou: onde é que foste ler isso? Respondi-lhe com uma pergunta ainda mais estúpida do que a dela: Sabes qual é o significado da palavra "caneta", não sabes? Onde é que foste ler isso? E acrescentei: Faz parte daquele vocabulário que considero básico. Não sei se a senhora formadora gostou deste meu reparo...
 
Ah! E a senhora formadora diz Obrigado! quando quer agradecer a uma pessoa de sexo masculino...
Alguém me tira deste filme? Pleeeeaaaaaase.

domingo, 14 de outubro de 2012

Relva + manta + pés descalços + céu azul


Ontem, foram estes os ingredientes de uma tarde muito bem passada. Ingredientes que pedem corpos estendidos, olhos postos no céu e sonhos a desfilarem na cabeça, tipo filme antigo. Anedotas pelo meio. Gargalhadas até às lágrimas. O tempo ameno, o cenário agradável e a boa companhia fizeram o resto.
 
 



Foi bom e ainda bem que se aproveitou. Porque, hoje, o céu cinzento, a chuva e o vento já pedem o aconchego do lar e uma caneca de chocolate quente.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Porque, ontem, foi dia...


... de formação. Outra vez. A minha sorte é que, nos últimos tempos, tem sido só uma sessão por semana. Caso contrário, acredito que não aguentaria. Mas o que raio aconteceu desta vez?, perguntam vocês e muito bem. Prefiro nem falar. Se, a cada aula que passa, acredito que não pode piorar; na aula seguinte, aquela senhora formadora consegue surpreender-me ainda mais. E o que me aborrece é nunca ser pela positiva. Ontem, fiquei com medo. A sério. Não estou a exagerar. Naquele preciso momento, quando ela fez aquilo, pensei para comigo, Mas se eu contar, ninguém vai acreditar! (rima, por isso mesmo, e não só, é verdade. É também verdade porque não teria razão alguma para inventar estas coisas surreais e com muito pouca piada para quem as vive)
Ainda não estou completamente em mim. Vou deixar passar o fim-de-semana. Segunda-feira, talvez conte.
 



Mas, já agora, para a malta que anda distraída entender a situação, vou recapitular alguns acontecimentos. Só aqueles directamente relacionados comigo. Aquelas histórias do novo acordo e outras mais, vou deixar de lado, por agora.
1ª aula - a senhora formadora quase que entra em êxtase por não querer acreditar que eu já não tenho vinte anitos;
2ª aula - a senhora formadora apercebe-se que a minha cara não lhe é estranha. Segundo ela, andámos na faculdade juntas. Diz ela que já estava a tirar o 2º ou 3º mestrado (para justificar a nossa diferença de idade que deve ser, no mínimo, de uns quinze anos). Quanto a mim, nunca a vi mais magra. E se há pessoa que nunca se esquece de uma cara, essa pessoa sou eu.
3ª a 8ª aula - a senhora formadora, quando me vê entrar na sala, abre grande aqueles seus olhos que me percorrem de alto a baixo e elogia o meu outfit.
9ª aula - a senhora formadora trata-me, pela primeira vez (e também pela última. Fiz-lhe uma cara de reprovação e de menina chocada que a fez desistir da ideia) de "meu amor".
10ª aula - a senhora formadora confidenciou-me, ao ouvido, que, quando fosse grande, queria ter uma cinturinha como a minha.
11ª aula - foi a aula de ontem... Vão ter de aguardar que eu me recomponha. Pode ser?

Trop belle, la Moustache à Mam'Zelle # 5







Mais uma vez, muito obrigada, Libelinha, pela moustache linda. Vai passar a ser a minha melhor amiga. Vou levá-la para todo o lado comigo :)
 

Faltam CINCO dias...





E eu estou mortinha (esta expressão foi bem escolhida, hein? Digam lá se não tive piada agora?) para que chegue o dia. Já faz tempo que esperava esta terceira temporada. Tipo criancinha que espera pelo dia do aniversário. Encalhada que espera pelo dia de Santo António. Ricardo que espera pelo dia 2 de Outubro para poder parar com aquela palhaçada da Diana. Rita Guerra que espera pelo sol. Venha ela*!
 
 
 
* não a Rita Guerra, mas sim a 3ª temporada de The Walking Dead. Pareceu-me óbvio, mas isso foi a mim.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

É por estas e por outras... #8


... que eu não descanso enquanto não trocar este meu apartamento por uma casa. Daquelas moradias com jardim em toda a volta, impossibilitando a existência de vizinhos num raio de quilómetro e meio. No mínimo dos mínimos. Estão a ver a cena? Não? Então explico à moda da Mam'Zelle. Pode ser?
 
Ó estudantes, que moram na porta ao lado e no andar de baixo, já iam fazer barulho às tantas da matina para o raio que vos parta, não?! Chiça!


Aqueles pormenores que me fascinam #6


As pessoas que gaguejam.
Não estou a falar dos gagos, atenção. Como é óbvio, não tenho nada contra eles. Só não me fascinam. E, verdade seja dita, tentar percebê-los durante uma conversa inteira, por vezes, até cansa. Por mais esforço que faça, a meio, uma pessoa já desligou.
Estou a falar de pessoas - e, no meu caso, essencialmente de homens, pois claro - que, não sendo gagas, começam por gaguejar nos primeiros encontros. Quer para fazer a pergunta mais simples do mundo, quer para dizer algo que possa ser mais constrangedor. Gaguejam, quando, tímidas, não sabem como dizer o que querem ou o que sentem. Basicamente, quando estão mortinhas de vergonha, mas querem tentar disfarçar.
Gosto. Gosto mesmo muito desse pormenor. Revela uma certa fragilidade, um receio, uma vontade de dizer bem dito, de causar boa impressão. Existe ali, de certa forma, um esforço para agradar, sem que isso se note. Mas nota-se, e muito. E aí reside uma parte da graça.
No fundo, o que aprecio é um homem que, nos primeiros encontros, gagueja ao dizer as coisas mais simples e mais básicas. É, para mim, delicioso lidar com essa pequena "imperfeição". Esse pequeno detalhe - que, de uma forma tão engraçada e encantadora, denuncia timidez, fragilidade, insegurança, e, por vezes, interesse - fascina-me, sem dúvida.
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ai a brincadeira...


Então não é que, ontem, ao sair do meu hotmail, a conversa já era outra? Então não é que me apareceu outra notícia completamente diferente? Já não são aquelas outras quinze as mais sexy. Era tudo a brincar, pelos vistos. Palpites lançados para o ar. Só porque sim. Só para se encher chouriço, mas com classe. Afinal é a Mila Kunis a mais sexy. Só porque a revista Enquire assim o disse.
Ai esta agora... Querem ver que andam a brincar com uma pessoa? E eu, feita parva, até deixo. Eu que até não ligo nada a essas coisas. Que nem na fila do supermercado agarro numa revista cor-de-rosa para passar o tempo e ler cusquices à borla. A culpa é toda do hotmail. Quando saio do meu sapo ou do meu gmail não me aparecem tretas destas.
Não gosto de ti, hotmail, nem um tico. Toma lá que é para aprenderes!
Quanto à Mila, nada a dizer. Ainda me aparece outra diferente amanhã e vou ter de vir para aqui justificar-me, não? Agora era todo o santo dia a falar de mulheres sexy, não? Não queriam mais nada, não? Era o que mais faltava! Isto aqui não é o Fama Show. Ouviram bem?!
 

Y'a pas photo (só para adultos) #2

 

 
 
A l'automne
les arbres font
des stripteases
pour faire pousser
les champignons.
 
                                             Patrick Sébastien
 
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Porque eu também sei apreciar mulheres...


Ontem, ao sair do hotmail, apareceu-me a lista das quinze actrizes mais sensuais. Fiquei curiosa e quis ver a coisa com mais pormenor. Contrariamente aos homens (conhecia menos de metade, lembram-se?), só quatro nomes me eram desconhecidos. E, ao ver os rostos, só dois não me disseram absolutamente nada.
 
Aqui fica a lista:
 
1.       Kate Winslet
2.       Monica Bellucci
3.       Eva Mendes
4.       Charlize Theron
5.       Scarlett Johansson
6.       Shannon Elisabeth
7.       Olivia Wilde
8.       Kristen Stewart
9.       Amanda Seyfried
10.   Emma Stone
11.   Sofia Vergara
12.   Salma Hayek
13.   Keira Knightley
14.   Kate Beckinsale
15.   Amber Heard
 
Bem, eu não colocaria a Kate em primeiro lugar. Prefiro, sem dúvida, as duas Martini Girls (para quem não se lembra, ver AQUI e AQUI). Depois, há uma ou outra que, para mim, não tem grande piada. São elas:
 
Kristen Stewart: não consigo encontrar um pingo de sensualidade a esta carita deslavada. Parece a típica menina-mimada-sempre-enjoada-sonsinha-sem-saborona. Eu sei, eu sei... Vão-me dizer que afinal é das frescas porque até traiu o namorado. Nada que abone a seu favor ou que lhe retire o aspecto de moça desinteressante.
 
- Scarlett Johansson: desculpem-me, mas nunca achei a menina Scarlett bonita, nem interessante, nem sensula, nem nada que se pareça. Há ali qualquer coisa que me desagrada. Pelos vistos, os homens não pensam assim. E ainda bem para ela.
 
- Kate Beckinsale: não sei se foi pela sua personagem no filme Pearl Harbour, que me irritou profundamente, mas não vou com a cara da moça. Não me convence. Só isso, nada a acrescentar.
 
E, agora, aquela que todos, homens e mulheres, adoram. Até já estou com medo de ser apedrejada em praça pública pelo meu atrevimento. Não há problema, sou uma menina corajosa. É verdade, virou moda gostar da actriz que se segue. Então, pela blogosfera, é impressionante! Porque é lindíssima (dizem), porque tem um corpo de sonho (aqui, tenho de admitir que tem o tipo de corpo que agrada a muita gente e até consigo entender porquê). Porque tem muita graça (não é por ter ficado conhecida interpretando uma personagem engraçada que tem obrigatoriamente graça, na vida real, digo eu).
Tcharan...
 
- Sofia Vergara: não acho piadinha nenhuma à mulher. Peço desde já desculpa por isso. Não é preciso tratarem-me mal. Ok, até podem dizer que é tudo inveja. Estejam à vontade que eu aguento. Acho a senhora um pouco rude, vulgar. Por que não dizê-lo, abrejeirada, não no melhor dos sentidos. Estão a ver a coisa? O que é que querem, não podemos todos apreciar o mesmo, certo? Não gosto, pronto.
Quanto ao rosto em si, serei só eu a achar que a Sofia tem uma cara um pouco estranha? Diria até artificial? Chirurgicada e botoxada ao máximo?
 
 
 
As minhas preferidas da lista são, como já disse, a Charlize e a Monica. Acrescento a Eva Mendes, a Selma Hayek e a Olivia Wilde que também são mulheres super sensuais.
 
Faltam aqui outras, claro. Assim, que me lembre, de repente, acrescentaria, sem dúvida, a Julia Roberts. Aquela mulher é a sensualidade em pessoa. Quanto a mim, só o sorriso dela vale o corpinho inteiro de muitas outras. Eu sei que ela é intragável, que tem um feitiozinho insuportável. Par mim, nada disso a impede de ser extremamente sensual. Nada mesmo.
 
 

 
E porque falta aqui uma francesa, pois claro, não posso deixar de mencionar a Sophie Marceau. Outra sensualidade pura, a meu ver. Basta olhar. Vejam.
 
 

Querem ver, esta agora...


E lá vou ter de falar, mais uma vez, da senhora formadora. E custa-me, acreditem. Preferia sair de cada formação e esquecer aquilo, pelo menos, até à próxima sessão, mas não dá. Não dá mesmo. Para além das pérolas do novo acordo ortográfico e do sorriso pepsodent permanente, também vos falei daquela cena do "meu amor", certo? Bem, não gostei, como também já sabem, mas percebi que tinha a ver com aquele jeito da senhora formadora de querer agradar. Aquele seu jeito hipócrito-enjoativo que me irrita profundamente mas que lá terei de aguentar até ao final da formação. Já me vou mentalizando para isso.



 

 
Mas a coisa piorou. Piorou e muito. Sim, é possível. Admito, também não acreditava que poderia ser possível. Mas é. Ai se é...
Então, vamos lá ver. É verdade que, em todas as aulas, sempre que chego, a senhora formadora olha para mim, de alto a baixo, com os olhos arregalados, o seu já famoso sorriso crispado e diz qualquer coisa do género: "está tão elegante (o "tão gira" costuma ser a variante), hoje, Mam'Zelle". Um dia, até me gabou, por diversas vezes, as calças que levava vestidas. Já só estava mesmo à espera do momento em que a senhora formadora me iria pedir para as despir, que as queria levar para casa. Faz parte da sua táctica para agradar, pensei eu. O que se há-de fazer. Nada, pois. 
Mas, desta última vez, foi diferente. Estávamos todos a fazer, individualmente, um teste sobre Inteligência Emocional (diz o teste que tenho muito pouca. Mas, pelos vistos, os psicopatas e os depressivos têm muita. Por isso, até fiquei bem satisfeita), quando a senhora formadora, passando pelas mesas, pára na minha, baixa-se e diz-me ao ouvido, num tom excessivamente meloso: "Quando for grande, quero ter a cinturinha da menina". Eu, embrenhada que estava no teste, fiquei petrificada. Ainda consegui abrir um pouco mais os olhos, a boca também, se não me engano. Olhei de lado para a senhora formadora e tentei sorrir. Mas a senhora formadora, já tinha virado costas, tipo criancinha que acaba de revelar um segredo e depois fica toda envergonhada.
Estão a visualizar a cena? Também vos parece estranho e muito pouco normal ou sou só eu que ando com falta de tolerância e sem pachorra para a senhora formadora? Estou deveras preocupada. Agora só não sei muito bem se a preocupação é comigo ou se é com ela, a senhora formadora.