Onze anos. Dia Onze. Estava no Cartola, a comer um gelado, com um amigo, depois de termos almoçado nas Amarelas.
Lembro-me como se fosse hoje. Estávamos na esplanada, a rir à gargalhada, quando começámos a ouvir um burburinho lá dentro. As pessoas a aproximarem-se todas do ecrã da televisão suspensa, frente ao bar.
Lembro-me como se fosse hoje. Estávamos na esplanada, a rir à gargalhada, quando começámos a ouvir um burburinho lá dentro. As pessoas a aproximarem-se todas do ecrã da televisão suspensa, frente ao bar.
Não nos apeteceu ir atrás dos outros, na altura. A conversa estava a ser boa e, pensámos nós, as notícias podiam esperar. O resto da tarde passou-se, sem preocupações, entre risos e passeios.
Só ao final da tarde, de regresso a casa, é que me apercebi do acontecido. Ou melhor, demorei ainda uns longos minutos a entender tudo aquilo. A assimilar toda aquela informação, todas aquelas imagens, todos aqueles gritos, todo aquele fumo, toda aquela destruição. É difícil perceber o que vai na cabeça de pessoas que cometem tamanho horror. É, num primeiro momento, impossível aceitar que tudo aquilo seja real. Não dormi nada, naquela noite.
Lembro-me como se fosse hoje. E, hoje, é impossível não recordar, não lamentar, não desejar que tudo tivesse sido mentira. Mas não foi. Infelizmente, aconteceu e o mundo nunca mais se irá esquecer desse dia. E é bom que não se esqueça. É imprescindível que nunca se esqueça.
nota: em Setembro de 2010, estive no Ground Zero. Visitar o museu, foi difícil, impressionante e comovente.
Lembro-me como se fosse hoje. E, hoje, é impossível não recordar, não lamentar, não desejar que tudo tivesse sido mentira. Mas não foi. Infelizmente, aconteceu e o mundo nunca mais se irá esquecer desse dia. E é bom que não se esqueça. É imprescindível que nunca se esqueça.
nota: em Setembro de 2010, estive no Ground Zero. Visitar o museu, foi difícil, impressionante e comovente.
Ainda agora estava a pensar se escrevia um post sobre o que estava a fazer no 11 Set, lembro-me que estava a almoçar em casa e a ver a Sic notícias quando veio a notícia do primeiro embate mas sem grande ênfase já que ainda não se sabia a dimensão do que estava planeado, a jornalista que era a Marta Atalaia (são coisas que nunca esquecemos)passado pouco tempo noticiou o segundo embate e aí começou-se a desenhar a dimensão da tragédia , tive de sair, fui beber um café e toda a gente estava com os olhos pregados na tv existente porque tinha chegado a notícia que o Pentágono já tinha sido atingido, nunca me hei-de esquecer.
ResponderEliminarBem acho que hoje já não escrevo nenhum post :)
Podes escrever na mesma, Rainha! :)
EliminarÉ verdade, penso que ninguém se esquece de um acontecimento tão dramático quanto este. Eu, quando percebi a gravidade da situação estava sozinha em casa. Só voltei a falar como pessoas na manhã do dia seguinte. Foi uma noite complicada...
Pois é, Mam. também se dizia a mesma coisa por causa do holocausto e o terror nazi (e repara que nessa altura morrerão milhões de pessoas), e as ditaduras sangrentas repetiram-se.
ResponderEliminarQuando foi do 25 de Abril, a palavra de ordem era "Fascismo, nunca mais". Hoje parece que muita gente já se esqueceu disso, quando nós caminhamos para uma situação de miséria generalizada que vivíamos antes do 25 de Abril.
É verdade, Vic, aquilo que tu dizes. É verdade, triste e revoltante...
EliminarEstava a pensar fazer o mesmo hoje... Contar o que estava a fazer no 11 de Setembro.
ResponderEliminarLembro-me que de manhã fui ter com um grupo de animação medieval, aprendi a lutar com espadas de ferro super pesadas. Convidaram-me a ficar ali para o almoço, estavam a noticiar o embate do primeiro avião e eu peguei logo no telemóvel para telefonar ao meu pai para saber se ele estava a ver o mesmo que eu. Vimos o embate do segundo avião juntos ao telefone!
Esse ano para mim foi o mais marcante da minha vida, pois passado 10 dias o meu pai foi internado em Coimbra com um tumor no cérebro, falecendo passado 2 meses e meio... Entre outros acontecimentos que agora não interessam nada ;P
Bem, esta altura deve ser bastante difícil para ti, Libelinha.
EliminarAprendeste a lutar com espadas de ferro? Eu não disse que tu fazes de tudo um pouco!! :)
É uma altura um cadito complicada mas o tempo acalma a dor, nunca esquecendo a saudade.
EliminarÉ verdade! A lutar com espadas de ferro bem pesadonas com as autenticas da era medieval. E sei fazer muitas coisas mais, hehehe! ;P
Gostava de ser, assim, positiva como tu... Em relação a perdas, não consigo, mesmo.
EliminarÉ lá... Eu não digo!!! :D
Vendo o que vi Mam'Zelle, a partida foi o melhor... E eu acredito que esteja ele onde estiver, estará a olhar para mim. Talvez um dia te conte todo a caminhada da doença que não foi nada agradável. Ver um homem cheio de garra pela vida ficar preso a uma cama e a perder todas as faculdades. Foi duro! Mas ensinou-me muita coisa e é a isso que me agarro e que me faz levar esta vida cheia de optimismo ;)
EliminarUm dia ainda mostro no meu blogue ;P
Acredito que tenha sido muito duro, sim. Mas tu és uma miúda cheia de garra e de vida, e ainda bem! :)
Eliminar(digo-te já que se não fosses assim, estavas feita comigo... ;p)
Só apareces agora?!?... Lol
EliminarEstou há horas à espera que passes no meu cantinho ;P
Hoje, foi o meu primeiro dia de formação...
EliminarE olha que eu tinha-te falado nisso, sue esquecida!! ;p
É verdade que já tinhas falado nisso. Só não sabia quando é que começava ;P
EliminarMas eu disse-te o dia e tudo, miss distraída... ;p
Eliminaro dia em que o mundo mudou... para pior
ResponderEliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Mudou, sem dúvida.
EliminarEu estava em casa a ver tv quando de repente surge a notícia no ecrã. Fiquei em choque. E com as restantes imagens, fiquei devastada. Foi definitivamente o ponto de viragem nas nossas vidas.
ResponderEliminarFoi um dia difícil, sim, Wendy.
EliminarFoi um alerta para o mundo, mostrou-nos o quanto estavamos vulneráveis...
ResponderEliminarEstávamos e continuamos a estar, Lírio. Isso, nunca irá mudar...
Eliminar